SOBRE O TRABALHO: MÚLTIPLES MULTICULTURALIMO E CULTURAL

TRABALHO SOBRE: MULTICULTURALIMO E PLURALIDADE CULTURAL

INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos abordara temática do Multiculturalismo e da Pluralidade Cultural, fazendo um paralelo entre a Sociedade Moderna e as implicações para a educação escolar.

DISTINÇÕES ENTRE MULTICULTURALISMO E PLURALIDADE CULTURAL

Conforme pesquisas, reflexões e debates, percebemos que Pluralidade Cultural e Multiculturalismo estão intrinsicamente relacionados, sendo a existência de um está plenamente atrelada ao outro. No entanto, vale ressaltar que, apesar de serem fenômenos existentes nas sociedades liberais, os dois possuem características específicas. Antes de abordarmos as definições, relevâncias e importância para a educação, e possíveis conclusões, cabem nos situarmos nas questões que envolvem os dois temas a cima.

Como dizem “ninguém é igual”, mesmo pertencendo à mesma espécie, cada ser humano tem uma forma peculiar de ser, agir e pensar, que o define como individuo. Sendo um ser social, ele depende da sociedade e de seus bens (quer seja material, cultural ou científico), para continuar e afirmar sua existência. A inquietude humana atravessou as barreiras demográficas e promoveu o encontro entre diferentes povos e culturas. Diferentes homens, diferentes formas de pensar e agir causaram (e causam) conflitos que geraram o preconceito, a discriminação, as desigualdades sociais, as injustiças.

O Multiculturalismo, assim se define como as diversidades de indivíduos, e as infinitas possibilidades de organizarem suas vidas. O encontro com as diversas culturas, crenças, etnias, gêneros, classes sociais, opções sexuais, faixas etárias, entre outras. Vivendo em um determinado espaço, quer seja geográfico, ou virtual, coabitam. Uma sociedade constituída pelas divergências do existir humano.

Em uma sociedade marcada pelas diferenças, a escola torna-se um local onde tais indivíduos se encontram, se expressam, se anulam, ou se sobrepõe. Entra então a questão da Pluralidade Cultural, em que o respeito às diferenças, é imprescindível para a convivência harmônica dos mesmos. Para que isso ocorra é necessário conhecer o outro e a forma pela qual ele interage com o mundo, bem como, conhecer - se. Aprender a fazer escolhas, e aceitar as escolhas dos outro (desde que essas não violem os direitos dos outros). Conviver, de forma justa, percebendo que apesar das diferenças somos todos humanos, com pensamentos, necessidades e características, que ora nos unem, ora nos afastam. Saber atuar em sociedade com a consciência de sua diversidade.

DIFERENTES FORMAS DE ABORDAR AS DIFERENÇAS

Todo ser humano tem direito a uma vida digna, que garanta seu individualismo religioso, politico, moral, jurídico e estético, direitos inerentes a qualquer pessoa, independente de sua posição social, raça, origem, entre outras. Todos com suas características e capacidades, devem receber tratamento justo, com igualdade de oportunidades. Cabe ao Estado, como órgão regulador da vida em sociedade, prover essa igualdade, e se necessário, implementar leis que garantam a todos uma existência plena.

Porém, a realidade que vivenciamos, está longe de ser essa. Verificamos que as minorias e as classes desfavorecidas economicamente, sofrem com o descaso daqueles que deveriam tornar mais justa a sociedade em que vivem. Sofrem também com atitudes de indivíduos e/ou grupos que não conseguem conceber outra forma de estruturar a vida, que não seja a sua, tendendo a tratá-los como inferiores. Sofrem com uma humanidade governada por egoístas e hipócritas, que não desenvolveram a empatia pelo outro. Sofrem com uma sociedade que tenta apagar a origem, definir as escolhas e tornar invisível aquilo que não compreende.

Ao nascermos, não temos como definir quem seremos, ou qual direção nossas vidas seguirá. Essas são definições que vão se formulando e reformulando durante a vida, de acordo com nossas origens social e familiar, de acordo com os acontecimentos do momento, de acordo com nosso subjetivo modo de interpretar o mundo. A forma como agimos e pensamos, é influenciada pela família, escola, ou outros grupos sociais. Nossa identidade é mutável, conforme vamos crescendo e participando mais da vida em sociedade. Devemos respeitar a identidade de cada um (incluindo nós mesmos).

A diferença é a forma pela qual conhecemos e definimos nossa identidade. Somos diferentes em pensamentos, etnia, religião. Logo, nos diferenciando, nos constituímos. Entretanto, conforme abordado outra vezes o diferente gera o preconceito, a discriminação, que por sua vez estão presentes nos diversos seguimentos da sociedade, inclusive na escola. Na prática pedagógica em sala de aula, torna-se imprescindível incluir questões como essa, onde os alunos possam conhecer entender e aceitar a diferença, portanto a identidade do outro, assim como a sua.

Essa não é uma tarefa fácil, visto a grande diversidade que encontramos na sociedade, e que, por sua vez, adentra as salas de aulas. Devemos considerar que um indivíduo não pertence a um grupo, mas a vários. Devemos confrontar as relações que os mesmos estabelecem. Portanto ao abordarmos as diversidades em sala de aula, abrimos um leque de grandes possibilidades, que favorecerá a formação de uma sociedade mais justa.

Segue algumas sugestões para estruturar práticas educativas a partir da temática da identidade e diferenças na sala de aula:

• Sensibilizar os alunos a respeito das opressões sofridas por alguns grupos, identificando-os nos diferentes âmbitos sociais, estimulando a tomada de consciência sobre a relação entre categorias sociais e quais delas podem estar implícitas em suas vidas;

• Aprofundar a questão das desigualdades através da transversalidade dos conteúdos, usando recursos variados, no qual o aluno comece a perceber a relevância do tema em sua vida, fundamentando-se para melhor compreendê-lo;

• Construir uma imagem positiva desses grupos, ampliando os conhecimentos a respeito de suas tradições, culturas, produção artística e intelectual, percebendo suas contribuições em nossa sociedade.

• Fornecer dados, que identifiquem os conceitos que originaram, ampliaram as e viabilizaram as desigualdades e a discriminação, fazendo o aluno perceber que os mesmos foram se consolidando historicamente, determinando a condição de vida de muitos indivíduos;

• Descaracterizar,