SOCIOLOGIA APLICADA AO SERVIÇO SOCIAL
Artigo: SOCIOLOGIA APLICADA AO SERVIÇO SOCIAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcelin • 21/11/2013 • 725 Palavras (3 Páginas) • 1.021 Visualizações
1 Durante todo o século XVIII a França foi o maior rival econômico da Grã-Bretanha. Seu comércio externo, que se multiplicou quatro vezes entre 1720 e 1780, causava ansiedade; seu sistema colonial foi em certas áreas (como nas índias Ocidentais) mais dinâmico que o britânico. Mesmo assim a França não era uma potência como a Grã-Bretanha, cuja política externa já era substancialmente determinada pelos interesses da expansão capitalista. Ela era a mais poderosa, e sob vários aspectos a mais típica, das velhas e aristocráticas monarquias absolutas da Europa. Em outras palavras, o conflito entre a estrutura oficial e os interesses estabelecidos do velho regime e as novas forças sociais ascendentes era mais agudo na Franca do que em outras partes. As novas forças sabiam muito precisamente o que queriam.
Turgot, o economista fisiocrata, lutou por uma exploração eficiente da terra, por um comércio e uma empresa livres, por uma administração eficiente e padronizada de um único território nacional homogêneo, pela abolição de todas as restrições e desigualdades sociais que impediam o desenvolvimento dos recursos nacionais e por uma administração e taxação racionais e imparciais. Ainda assim, sua tentativa de aplicação desse programa como primeiro-ministro no período 1774-6 fracassou lamentavelmente, e o fracasso é característico. Reformas desse tipo, em doses modestas, não eram incompatíveis com as monarquias absolutas nem tampouco mal recebidas. Pelo contrário, uma vez que as fortaleciam, tiveram, como já vimos uma ampla difusão nessa época entre os chamados "déspotas esclarecidos". Mas na maioria dos países de "despotismo esclarecido" essas reformas ou eram inaplicáveis, e portanto meros floreios teóricos, ou então improváveis de mudar o caráter geral de suas estruturas político-sociais; ou ainda fracassaram em face da resistência das aristocracias locais e de outros interesses estabelecidos, deixando o país recair em uma versão um pouco mais limpa do seu antigo Estado. Na França elas fracassaram mais rapidamente do que em outras partes, pois a resistência dos interesses estabelecidos era mais efetiva. Mas os resultados deste fracasso foram mais catastróficos para a monarquia; e as forças da mudança burguesa eram fortes demais para cair na inatividade. Elas simplesmente transferiram suas esperanças de uma monarquia esclarecida para o povo ou a "nação".
2 A Revolução começou como uma tentativa de recapturar o Estado. Captura essa empreendida pela aristocracia e pelos parlaments e não fosse pelo desprezo à profunda crise socioeconômica que suas exigências acarretavam e por ter subestimado a força do Terceiro Poder a nobreza poderia ter alcançado seus objetivos. Mas, a Revolução não foi realizada por um grupo organizado ou por um partido e nem chegou a apresentar lideres que conduzissem as massas rumo à revolução. Um grupo foi responsável por dar a unidade efetiva ao movimento revolucionário. A “burguesia”. Suas exigências foram norteadoras da famosa Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789. A característica marcante desse documento é ser contra a sociedade hierárquica e de privilégios da nobreza, mas não um manifesto a favor de uma sociedade democrática e igualitária. O burguês liberal clássico não era democrata, mas sim um devoto do constitucionalismo, de um Estado secular
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