Segurança Do Trabalho
Dissertações: Segurança Do Trabalho. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 27/3/2014 • 1.113 Palavras (5 Páginas) • 336 Visualizações
A localização geográfica é importante para o reconhecimento dos riscos biológicos porque certos agentes podem estar restritos a determinadas regiões, enquanto que outros são de distribuição mais ampla. Dessa forma, um agente biológico que seja mais freqüente em determinada região deve ser considerado no reconhecimento de riscos dos serviços de saúde localizados naquela região.
As características do serviço de saúde envolvem as atividades desenvolvidas no serviço e o perfil da população atendida. Em relação à atividade do serviço, os agentes biológicos presentes na pediatria podem ser bem diferentes daqueles que ocorrem em um serviço de atendimento de adultos.
Considerando o perfil sócio-econômico da população atendida, também podem existir diferenças na ocorrência de agentes biológicos.
Identificação dos Riscos Biológicos mais prováveis, conforme análise das atividades e entrevista aos colaboradores da Empresa E.M.P. SILVA ME (TRI FARMA): Hepatite “B”.
Risco Biológico Fontes de Exposição e Reservatórios Vias de Transmissão e de Entrada Transmissibilidade
Patogenicidade e Virulência do Agente Persistência do Agente Biológico no Ambiente Estudos Epidemiológi-cos ou Dados Estatísticos Outras Informações Científicas
Vírus HBV Objetos perfuro-cortantes sujos com sangue ou secreções, contendo sangue de pacientes. Contato Indireto: mucosas/secreções/respingos. Pele não íntegra: respingos/perfuração/corte. Baixo índice de fatalidades de curto prazo em pacientes hospitalizados.
O índice de fatalidades de longo prazo é de 2 a 3%, sendo devido a câncer ou cirrose hepática.
95% das infecções em adultos são auto-limitadas. No caso de exposição ocupacional ao vírus da hepatite B (HVB), o risco de infecção vaira de 6 a 30%, podendo chegar até a 60%, dependendo do estado do paciente-fonte, entre outros fatores. Sobrevive por semanas em sangue seco; estável em superfícies no ambiente por pelo menos 7 dias, à 25ºC. Presente em todo o mundo
Endêmico, com pequenas variações sazonais.
No Brasil, temos alta endemicidade nas Regiões Amazônica, Espírito Santo e Oeste de Santa Catarina, endemicidade intermediária nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. Baixa endemicidade na Região Sul.
É comum em grupos de alto risco, como usuários de drogas, indivíduos promíscuos, pacientes submetidos a hemodiálise, ou trabalhadores da saúde em contato com sangue ou fluídos serosos. Estima-se que o HVB seja responsável por 1 milhão de mortes ao ano e existam 350 milhões de portadores crônicos no mundo.
Agente etiológico: é um vírus DNA, da família Hepadnaviri-dae.
A estabilidade do vírus, variedades nas formas de transmissão e a existência de portadores crônicos permite a sobrevida e persistência do HBV na população.
Risco Biológico Fontes de Exposição e Reservatórios Vias de Transmissão e de Entrada Transmissibilidade
Patogenicidade e Virulência do Agente Persistência do Agente Biológico no Ambiente Estudos epidemiológicos ou Dados Estatísticos Outras Informações Científicas
Vírus HIV
Objetos perfuro-cortantes sujos com sangue e/ou excreções contendo sangue de pacientes. Contato indireto: fluidos (sangue e excreções) e/ ou tecidos corporais contaminados. A transmissibilidade do HIV através do sangue, como em hemo-transfusão ou uso de drogas injetáveis, aumenta com a evolução da infecção, ou seja, com o aumento da carga viral no sangue bem como na infecção aguda.
O risco de um profissional de saúde infectar-se com HIV após acidente percutâneo é estimado em aproximadamente 0,3%, sendo essa taxa passível de sofrer influências de vários fatores.
Sabe-se que o risco de infecção pelo HIV é maior se a exposição envolver grande quantidade de sangue indicado por ferimento visivelmente contaminado com sangue do paciente HIV positivo, procedimento que envolva cateter diretamente ligado a veias ou artérias e ferimentos perfurantes profundos.
A exposição percutânea com sangue de doentes em estágios avançados de AIDS ou com infecções agudas pelo HIV, aumenta o risco de contaminação pois nesses dois momentos da infecção a carga viral circulante é muito elevada. O vírus da AIDS é bastante sensível ao meio externo. Estima-se que ele possa viver em torno de uma hora fora do organismo humano. Graças a uma variedade de agentes físicos (calor, por exemplo) e químicos (água sanitária, glutaraldeído, álcool, água oxigenada) pode tornar-se inativo rapidamente. Nos indivíduos com mais de 13 anos a principal forma de transmissão, em números absolutos, continua sendo através do contato sexual de homens que fazem sexo com outros homens. No entanto, observamos um aumento na proporção dos casos em que o uso de drogas é o fator identificado como o modo de transmissão da infecção, que evoluiu de 12% no período de 1980-88 para 22% em 1995 e da transmissão heterossexual, que no mesmo período foi de três para 29%. Outros indícios da importância que a transmissão heterossexual vem assumindo são a redução da razão homem-mulher dos casos da doença, que no início da epidemia era de 30:1 e hoje é de 4:1 e o aumento da transmissão vertical.
HIV ou Human Immunodeficiency Vírus (Vírus da imunodeficiência Humana) é um organismo interessante. Ao contrário de outros microorganismos como bactérias e fungos, os quais matam as células do corpo quando do lado de fora das mesmas, HIV invade as células saudáveis do hospedeiro humano.
HIV, um retrovírus, tem afinidade pelas células do sistema imune, especialmente linfócitos CD4. Células CD4 são responsáveis pela iniciação da resposta imune
Identificação dos Riscos Biológicos mais prováveis, conforme análise das atividades e entrevista aos colaboradores da Empresa E.M.P. SILVA ME (TRI FARMA): Vírus “HIV
Nível de experiência dos profissionais de saúde uso de precauções universais (luvas, óculos de proteção, máscaras, aventais) bem como a freqüência de aplicação dos procedimentos invasivos, podem também influir no risco de transmissão do HIV. A transmissão sanguínea por transfusão vem decrescendo ao longo dos anos, como resultado das políticas de controle da qualidade do sangue e derivados que vêm sendo adotadas no país. A análise pode ser feita sob outro aspecto: o da distribuição geográfica dos casos no território. A epidemia é preponderantemente urbana. Neste sentido o que se vê é um movimento de desconcentração dos casos, identificado pelo aumento de casos em todas as unidades da federação. Nos grandes centros urbanos a epidemia está se difundindo mais intensamente e paralelamente há um progressivo envolvimento dos centros de médio porte. Os deslocamentos de grandes parcelas da população, motivadas pela busca de trabalho, e o fato desta população ser predominantemente jovem e sexualmente ativa seguramente desempenham um papel nesta progressão.
Uma vez dentro de uma célula CD4, o vírus é capaz de replicar seu material genético de forma que quando esta célula entra em divisão o material genético viral que permitirá o vírus reproduzir mais vírus também é dividido. Quando o HIV deixa a célula hospedeira, uma das mais importantes células do mecanismo de defesa do organismo, esta e destruída. O organismo humano ainda é capaz de iniciar uma resposta imune, mas a esta altura os principais combatentes estão sendo destruídos em números alarmantes pelos vírus em multiplicação.
Tem sido reportado que até 200 milhões de vírus podem ser produzidos e ate 2 bilhões de linfócitos podem ser destruídos por dia.
Num determinado ponto, o sistema imuno humano torna-se deficiente e o paciente adquire uma ou várias infecções. Estas infecções são chamadas infecções oportunistas e ultimamente tornam-se a causa da morte de pessoas infectadas com HIV
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