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Segurança Do Trabalho

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Por:   •  25/8/2014  •  7.588 Palavras (31 Páginas)  •  365 Visualizações

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Curso segurança trabalho

Um acidente pode ser definido como um acontecimento imprevisto, casual ou não, que resulta em ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína etc. Nesse sentido, é muito importante observar que um acidente não é simples obra do acaso e pode trazer conseqüências indesejáveis. Em outras palavras: acidentes podem ser previstos. E, se podem ser previstos, podem ser evitados!

Não. De acordo com a Lei 8213/91, Art. 19 da Legislação de Direito Previdenciário e com o Decreto nº 611/92 de 21 de julho de 1992, do Ministério da Previdência e Assistência Social; acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte do trabalhador, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (invalidez).

Existem diversos tipos de acidente de trabalho, conforme segue abaixo:

• Com lesão: deixa marcas nas vítimas provocadas pelos ferimentos;

• Sem lesão: não promove nenhum tipo de lesão na vítima;

• Incapacidade permanente total: a vítima fica totalmente inválida para o trabalho;

• Incapacidade permanente parcial: a vítima tem uma perda parcial da capacidade para o trabalho. Ex.: A perda de um dedo ou de uma vista;

• Acidente com morte: falecimento em função do acidente de trabalho;

• Acidente típico: aquele decorrente da característica da atividade profissional desempenhada pelo acidentado;

• De trajeto: ocorrem durante o deslocamento da vítima de casa para o trabalho ou vice-versa;

• Acidente fora do local e da hora do trabalho: na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

• Com perda de materiais: todo acidente que envolve uma perda material não envolve pessoas. Ex.: Queda de uma esmerilhadeira de um andaime sobre o piso de concreto

Causas e conseqüências

Diversos fatores podem provocar acidentes de trabalho como falta de manutenção do maquinário, não utilização de equipamentos de segurança e até mesmo falta de organização. No entanto, as causas desses tipos de acidentes podem ser classificadas em três grupos principais: ato abaixo do padrão, condição abaixo do padrão e fator pessoal de insegurança. Vamos conhecer melhor cada um deles?

• Ato inseguro (ato abaixo do padrão): são aqueles que dependem das ações dos homens como fontes causadoras de acidentes. Ex: deixar de usar equipamento de proteção individual, entrar em áreas não permitidas e operar máquinas sem estar habilitado.

• Condição insegura (condição abaixo do padrão): são as condições físicas no ambiente de trabalho que podem gerar acidentes. Ex: piso escorregadio, ferramentas em mau estado de conservação e iluminação e ventilação inadequadas.

• Fator pessoal de insegurança: As pessoas cometem atos inseguros ou criam condições inseguras ou colaboram para que elas continuem existindo, pelo seu modo de agir. Ex: desconhecimento dos riscos de acidentes, treinamento inadequado, excesso de confiança, etc.

A ocorrência dos acidentes de trabalho, independente do tipo que ele seja, pode gerar conseqüências para a empresa, o trabalhador e a sociedade. Para o trabalhador, por exemplo, pode causar sofrimento físico, desamparo à família e incapacidade para o trabalho. Já a empresa pode sofrer com a perda de faturamento, gasto com serviços médicos e perda de tempo e produtos. Quanto à sociedade, podem existir impactos como: aumento de impostos e do custo de vida e perda de elementos produtivos.

Doença ocupacional

A doença ocupacional está diretamente ligada à modificação na saúde do trabalhador por causa da atividade desempenhada por ele ou da condição de trabalho às quais ele está submetido. Dessa forma, ela pode ser classificada como Doença Profissional ou Doença do Trabalho.

A Doença Profissional é a modificação na saúde do trabalhador, desencadeada pelo exercício da sua atividade profissional. Por exemplo, um motorista de caçamba que fica com um problema de coluna por causa de problemas de postura ao conduzir o veículo

A Doença do Trabalho é a modificação na saúde do trabalhador, desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente. Por exemplo, um motorista de caminhão que adquire um problema respiratório, porque trabalha em uma mineradora e acaba respirando muita poeira.

Gerenciamento de Risco

Para controlar a ocorrência de acidentes de trabalho e, dessa forma, preservar a saúde dos funcionários e, conseqüentemente, a produtividade da empresa; é necessário fazer o gerenciamento de risco. Esse tipo de gerenciamento visa à identificação e avaliação de todos os perigos atuais e futuros ocorridos no ambiente de trabalho.

Atualmente, diversas técnicas de identificação de perigos e avaliações de riscos são utilizadas em todo o mundo. As mais conhecidas são:

• Análise preliminar de riscos (APR);

• Hazard and Operability Studies (HAZOP);

• Análise de Árvore de Falhas (AAF).

Essas metodologias vão auxiliar a descobrir que tipo de riscos o funcionário da empresa corre no ambiente de trabalho, bem como o que fazer para eliminar esses riscos e diminuir as possíveis situações de perigo.

A identificação de perigo e a avaliação de riscos são de fundamental importância para a empresa, pois, se mal feitas, todas as ações decorrentes serão realizadas de forma inadequada ou incompleta. E isso pode significar perdas materiais e/ou pessoais.

Riscos ambientais

De acordo com o minidicionário Houaiss, o termo risco significa probabilidade de perigo ou probabilidade de insucesso. Aqui, você vai aprender um pouco mais sobre os riscos ambientais existentes nos locais de trabalho.

Os riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos ou biológicos que, a depender de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição, podem comprometer a segurança e a saúde dos funcionários, bem como a produtividade da empresa.

Quando não são controlados ou previamente avaliados, os riscos ambientais afetam o trabalhador a curto, médio e longo prazo, podendo provocar acidentes com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que se podem ser comparadas aos acidentes do trabalho.

Os riscos ambientais são classificados segundo a sua natureza e forma com que atuam no organismo humano. Dessa forma, podem ser físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.

Agentes físicos

Os agentes de riscos físicos podem ser definidos como os diversos tipos de energia aos quais o trabalhador é exposto durante a realização de suas atividades. Por exemplo, uma temperatura muito baixa ou extremamente alta.

Além desse, podem ser considerados agentes físicos:

• Ruído - as máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo provocar graves prejuízos à saúde. Os principais efeitos do ruído excessivo sobre uma pessoa pode ser a surdez total ou parcial, o stress e/ou a redução do apetite sexual.

• Vibrações mecânicas - na indústria, é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações (movimentos) que podem prejudicar o trabalhador. As vibrações podem ser localizadas ou generalizadas

• Radiações ionizantes - os operadores de aparelhos de Raios X freqüentemente estão expostos a esse tipo de radiação que pode afetar o organismo

• ou se manifestar nos descendentes. Alguns dos efeitos produzidos por este agente são anemia, leucemia, câncer e/ou alterações genéticas.

• Radiações não ionizantes - as radiações infravermelho (presentes em operações de fornos e de solda oxiacetilênica), raios laser e ultravioleta (produzida pela solda elétrica) podem causar ou agravar problemas visuais, além de provocar sobrecarga térmica, queimaduras, câncer de pele e aumento da atividade da tireóide.

Agentes químicos

Os agentes de riscos químicos podem ser definidos como as substâncias ou compostos que possam penetrar no organismo do trabalhador. Esses agentes, quando entram em contato com a pessoa, podem provocar danos à saúde de forma imediata, há médio ou longo prazo.

O contato dos agentes químicos com as pessoas pode ocorrer de três formas:

• Por via respiratória – os agentes penetram pelo nariz e boca, afetando a garganta e chegando aos pulmões. Através da circulação sanguínea, podem seguir para outros órgãos, onde manifestam os seus efeitos tóxicos, tais como asma, bronquites, pneumoconiose etc.

• Por via cutânea - os ácidos, álcalis e solventes, ao atingirem a pele, podem ser absorvidos e provocar lesões como alterações na circulação e oxigenação do sangue, nos glóbulos vermelhos e problemas na medula óssea.

• Por via digestiva - a contaminação do organismo ocorre pela ingestão acidental ou não de substâncias nocivas, presentes em alimentos contaminados, deteriorados ou na saliva. Hábitos inadequados como o de alimentar-se ou ingerir líquidos no local de trabalho, umedecer lábios com a língua, usar as mãos para beber água e a falta de higiene contribuem para a ingestão desse tipo de agente. Conforme o tipo de produto ingerido, pode ocorrer queimadura na boca, queimadura do esôfago e estômago etc.

Agentes biológicos

Os agentes de riscos biológicos surgem do contato do homem com certos micróbios e animais no ambiente de trabalho. Algumas atividades facilitam o contato dos trabalhadores com esse tipo de agentes como atividades em hospitais, a coleta do lixo, as indústrias de alimentação, laboratórios, dentre outros. Esses agentes podem causar doenças como tuberculose, intoxicação alimentar, brucelose, malária, febre amarela etc.

As medidas preventivas mais comuns para esse tipo de agentes são o controle médico permanente, o uso de equipamentos de proteção individual, a higiene rigorosa nos locais de trabalho, os hábitos de higiene pessoal, o uso de roupas adequadas, a vacinação e o treinamento.

Riscos ergonômicos

Os riscos ergonômicos estão relacionados às condições de trabalho dos funcionários como cadeiras e mesas adequadas, maquinário moderno, conscientização dos trabalhadores etc. Esses agentes podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos como fadiga, dores musculares, fraquezas, hipertensão arterial, úlcera duodenal, doenças do sistema nervoso, alterações do ritmo normal de sono e da libido, acidentes, problemas de coluna, taquicardia, angina, infarto, diabetes, asma etc.

Para evitar que essas situações comprometam a atividade, é necessário adequar as condições de trabalho ao homem. Essa adequação pode ser obtida por meio de modernização de máquinas e equipamentos, uso de ferramentas adequadas, alterações no ritmo de tarefas, postura adequada, simplificação e diversificação do trabalho, entre outros.

Riscos mecânicos

Os riscos mecânicos estão relacionados às condições físicas (do ambiente físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em perigo a integridade física do trabalhador. São considerados riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, eletricidade, incêndio ou explosão, animais peçonhentos e armazenamento inadequado.

A principal medida para prevenir os acidentes por riscos mecânicos é realizar um programa de inspeções de segurança. Por meio de exame criterioso de todas as máquinas e instalações, é possível evitar acidentes e reparar as situações de risco potencial. A manutenção preventiva eficiente e sistemática é a melhor, para eliminar os riscos mecânicos de acidente.

Resumo

Os riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos ou biológicos que, a depender de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição, podem comprometer a segurança e a saúde dos funcionários, bem como a produtividade da empresa.

Quando não são controlados ou previamente avaliados, os riscos ambientais afetam o trabalhador a curto, médio e longo prazo, podendo provocar acidentes com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que podem ser comparadas aos acidentes do trabalho.

Organização do local de trabalho

Um local de trabalho limpo e organizado, com pessoas conscientes de suas responsabilidades, é fundamental para minimizar os acidentes de trabalho e impactos ao Meio Ambiente. No entanto, por incrível que pareça, essa não é uma tarefa fácil. A pressa, os prazos curtos e o estresse do dia-a-dia, muitas vezes, colaboram para que cada vez mais as pessoas deixem de lado coisas simples, mas que podem colaborar com a limpeza e organização do local de trabalho, como limpar a mesa antes de ir para casa, separar o lixo antes de jogá-lo fora, dentre outras coisas.

Para ajudar nessa difícil tarefa, os orientais desenvolveram um programa que auxilia na melhoria da qualidade, produtividade, segurança e saúde do trabalho em equipe e da satisfação dos funcionários no ambiente de trabalho. É o famoso “5 S” ou Programa dos Cinco Sensos.

Este programa é a porta de entrada para uma boa Gestão Integrada de Segurança, Qualidade e Meio Ambiente, visto que possibilita uma maior motivação para a qualidade e apresenta resultados rápidos e visíveis. A prática contínua do “5 S” permite uma mudança interior que resulta em hábitos de organização e limpeza saudáveis.

Para começar esta mudança, devemos considerar alguns aspectos importantes como iluminação do local de trabalho, transporte, armazenamento e manuseio de materiais, sinalização de segurança, e pisos e escadas. Vamos lá?

Iluminação

Os locais de trabalho devem ter iluminação adequada, natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade. Ou seja, o tipo de iluminação utilizada no ambiente de trabalho deve estar relacionado ao tipo de atividade que é realizada ali. Além de ser distribuída e difusa de maneira uniforme (igual), a iluminação deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.

No ambiente de trabalho, é comum encontrar alguns problemas que precisam ser evitados como:

• Nível insuficiente de iluminação – esse tipo de problema pode causar percepção inadequada dos detalhes, queda de rendimento do trabalhador, além de erros, cansaço etc.;

• Claridade excessiva ou de ofuscamento – gera a fadiga visual;

• Tamanho inadequado de letras e objetos – ocasiona fadiga visual e posturas forçadas, para enxergar melhor;

• Inexistência de bom contraste dos limites do objeto;

• Uso de lâmpadas de baixa reprodutibilidade cromática como lâmpadas de vapor de sódio para atividades em que a percepção de cores é fundamental.

Transporte e armazenamento de materiais

O procedimento de Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, tanto de forma mecânica quanto manual, e tem o objetivo de prevenir acidentes.

Veja alguns dos requisitos estabelecidos pelo procedimento na lista abaixo:

• Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina).

• Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas.

• O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o piso.

• O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material.

• O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências etc.

Sinalização de segurança

A sinalização de segurança é fundamental para estabelecer a padronização das cores a serem utilizadas para classificar o nível de perigo das áreas e, dessa forma, preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Em função dessa necessidade, através da Norma Regulamentadora NR-26, padronizou-se a aplicação das cores, de modo que o seu significado seja sempre o mesmo na área de segurança do trabalho, permitindo, assim, uma identificação imediata do risco existente.

Vermelho

O vermelho é usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta). É empregado para identificar, por exemplo, caixa de alarme de incêndio; hidrantes; bombas de incêndios entre outros.

Amarelo

O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando, por exemplo, partes baixas de escadas portáteis, corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco, entre outros.

Branco

O branco será empregado em passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura); direção e circulação, por meio de sinais - localização e coletores de resíduos; zonas de segurança etc.

Verde

O verde é a cor que caracteriza "segurança". Serve para identificar canalizações de água; caixas de equipamento de socorro de urgência; caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros de segurança; macas; entre outros.

O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. Além disso, o uso de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.

OBS: Além destas cores citadas, existem também outras cores como: azul, lilás, púrpura, preto, laranja, cinza, alumínio e marrom.

Pisos e escadas

Quando se fala em organização e segurança do ambiente de trabalho, é preciso ter uma atenção especial no que diz respeito ao piso e às escadas. Muitos acidentes, nos locais de trabalho, são causados por causa de algumas falhas nesses dois itens do ambiente.

Vamos saber que tipo de precauções, com esses dois fatores de risco, podemos ter?

Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais. As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou objetos. Os pisos devem oferecer resistência suficiente para suportar as cargas móveis e fixas para as quais a edificação se destina.

As escadas devem ser construídas de acordo com as normas técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação.

As escadas provisórias de uso coletivo devem ser dimensionadas em função do fluxo de trabalhadores, respeitando-se a largura mínima de 0,80 cm (oitenta centímetros), devendo ter pelo menos a cada 2,90m (dois metros e noventa centímetros) de altura um patamar intermediário.

Os patamares intermediários devem ter largura e comprimento, no mínimo, iguais à largura da escada.

A escada de mão deve ter seu uso restrito para acessos provisórios e serviços de pequeno porte. É proibido o uso de escada de mão junto a redes e equipamentos elétricos desprotegidos.

Resumo

O Programa dos Cinco Sensos ou “5 S” é a porta de entrada para uma boa Gestão Integrada de Segurança, Qualidade e Meio Ambiente, visto que possibilita uma maior motivação para a qualidade e apresenta resultados rápidos e visíveis. A prática contínua do “5 S” permite uma mudança interior que resulta em hábitos de organização e limpeza saudáveis. Para que essa mudança ocorra, é preciso considerar alguns aspectos importantes como iluminação do local de trabalho; transporte, armazenamento e manuseio de materiais; sinalização de segurança; e pisos e escadas.

Higiene e Saúde

Princípios de Higiene e Saúde Pessoal

Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a falta de uma alimentação balanceada, de exercícios físicos regulares e o tabagismo são os três principais fatores de risco à saúde, mas podem ser evitados com hábitos de vida saudáveis.

Algumas medidas simples podem ser adotadas no dia-a-dia para garantir saúde há longo prazo. Clique em cada uma das palavras abaixo para saber um pouco mais.

• Alimentação;

• Atividade Física;

• Vacinação.

Princípios de Higiene Ambiental

• Higiene Ambiental é a ciência e a arte dedicada à antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de fatores e riscos ambientais originados nos postos de trabalho e que podem causar enfermidades, prejuízos para a saúde ou bem-estar dos trabalhadores, sem perder de vista, claro, o impacto na comunidade e no meio ambiente em geral. Vamos conhecer melhor cada uma das etapas do processo de higiene ambiental.

• A antecipação serve para determinar os riscos potenciais existentes, estudando as modificações das instalações e verificando a introdução de novos processos ou alterações dos já existentes, incluindo medidas para redução ou eliminação dos riscos.

• A avaliação designa os monitoramentos que serão conduzidos no ambiente de trabalho para saber a que tipo de riscos os empregados são expostos durante um período de tempo.

• A terceira etapa é o reconhecimento. Nela, é feita toda análise e observação do ambiente de trabalho, a fim de identificar os agentes existentes, os potenciais de risco a ele associados e qual a prioridade de controle existe no local.

• O controle, por sua vez, está associado à eliminação ou minimização dos potenciais de exposição, antecipados, reconhecidos e avaliados no ambiente de trabalho considerado.

• É importante deixar claro que a Higiene Ambiental de uma empresa, como pôde ser visto por você, está diretamente ligada à administração dos riscos existentes no ambiente de trabalho e, conseqüentemente, à saúde do trabalhador e ao sucesso da empresa. Mas você lembra o que são riscos ambientais?

Riscos ambientais

Como você aprendeu na Unidade 2 deste curso, os riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos e biológicos, que, presentes nos ambientes de trabalho, podem provocar danos à saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição. Para saber como se prevenir de doenças causadas por esses agentes, clique nos textos abaixo:

• Prevenção de Doenças Causadas por Agentes Químicos

• Prevenção de Doenças Causadas por Agentes Físicos

• Prevenção de Doenças Causadas por Agentes Biológicos

Veja também algumas formas de prevenção das doenças relacionadas ao trabalho.

Juntando esse conceito e tudo que você aprendeu sobre reconhecer, prevenir e eliminar riscos, você está pronto para fazer Higiene Ambiental na empresa onde trabalha.

Lembre-se que essas coisas são bastante importantes para garantir a saúde e segurança do trabalhador. Um local de trabalho limpo com pessoas orientadas quanto à preservação da Saúde e do Meio Ambiente é essencial para manter seu conforto físico e o equilíbrio mental. Portanto, fique atento e, se ainda tiver alguma dúvida, volte ao conteúdo sempre que você achar necessário.

Resumo

Os trabalhadores não devem adoecer por conta das atividades que eles exercem em seu local de trabalho. No entanto, situações de risco são comuns no dia-a-dia dos trabalhadores, principalmente daqueles que trabalham na indústria ou qualquer outro lugar que envolva situações ou objetos de trabalho perigosos, quando mal utilizados.

Diante disso, é muito importante ter um ambiente de trabalho sadio. Isso vai contribuir tanto para o funcionamento da empresa quanto para a saúde do trabalhador

Normas Regulamentadoras

As Normas Regulamentadoras (NR), no Brasil, são de cumprimento obrigatório por todas as empresas privadas e públicas que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Diante disso, essas normas se aplicam tanto a empresas públicas quanto privadas de qualquer setor, incluindo aí a oficina onde João trabalha

CIPA

Como você pôde ver, as Normas Regulamentadoras (NR) são de cumprimento obrigatório por todas as empresas privadas e públicas que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Dessa forma, estão inclusas ações de Segurança e Saúde no Trabalho.

Atualmente, existem cerca de 33 NRs previstas para a área de Segurança e Saúde no Trabalho. Dentre elas, é possível destacar como uma das principais a NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.

A NR-05 (CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) estabelece que as empresas organizem e mantenham uma comissão constituída, exclusivamente, por empregados com o objetivo de prevenir acidentes no ambiente de trabalho. Essa comissão é responsável por apresentar sugestões e recomendações ao empregador para que este melhore as condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes e doenças ocupacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 163 a 165 da CLT

Mapa de risco

Depois de formada, uma das primeiras ações da CIPA é elaborar um mapa de risco do local de trabalho. Para isso, a Comissão deve ouvir os trabalhadores da área e receber orientação do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT.

O mapa de risco é a representação gráfica dos riscos existentes nos locais de trabalho por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores. Esse mapa tem o objetivo de informar e conscientizar dos riscos existentes na empresa para, dessa forma, prevenir acidentes de trabalho.

Veja um exemplo do Mapa de Risco, clicando no diagrama ao lado.

A CLT determina que todas as empresas com CIPA devem ter o mapa de risco. Por essa razão, se uma empresa com CIPA contratar uma empreiteira que não tem CIPA, por exemplo, ela deve fazer um mapa de risco do canteiro de obras onde trabalham os funcionários dessa contratada.

Outras NRs

Embora a CIPA seja uma das normas mais conhecidas, existem outras NR’s que também são muito importantes para a manutenção da Saúde e da Segurança do Trabalhador. Seguem algumas delas:

NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: Estabelece que as empresas organizem e mantenham em funcionamento os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT. Este serviço tem a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT.

NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define as formas de proteção, requisitos de comercialização e responsabilidades em relação ao empregado, empregador, fabricante, importador e MTE. Tem objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos capazes de ameaçar a segurança e a saúde no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 166 e 167 da CLT.

NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece que as empresas elaborem e implementem o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. Esse programa tem o objetivo de promover e preservar a saúde do conjunto dos seus trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 168 e 169 da CLT.

NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece que as empresas elaborem e implementem o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 175 a 178 da CLT.

NR15 - Atividades e Operações Insalubres: Descreve as atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 189 e 192 da CLT.

NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 198 e 199 da CLT.

NR23 - Proteção Contra Incêndios: Estabelece as medidas de proteção contra incêndios, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200, inciso IV, da CLT.

Prevenção e combate a incêndio

Antes de se saber como prevenir e combater um incêndio, é preciso que fique claro qual é o conceito de fogo e qual a sua importância para humanidade.

O fogo é uma reação química de oxidação (utilizando oxigênio) com a liberação de luz e calor, que é chamada de combustão ou queima. Essa reação tem uma importância muito grande para a sobrevivência humana, pois é através dela que preparamos os alimentos, aquecemos alguns ambientes e, em muitos casos, realizamos os processos industriais. Você pode até imaginar a vida do ser humano sem muitos elementos considerados indispensáveis como o celular, o automóvel e, até mesmo, a internet. Mas você consegue pensar como viveríamos sem o fogo? Não dá!

Em todas as situações que falamos acima, mostra-se a utilização do fogo pelo homem, ou seja, o controle do fogo. Quando nos descuidados ou de alguma forma as chamas saem de controle, acontece um incêndio. Dessa forma, o fogo se transforma em incêndio, quando não é controlado, tendendo a se alastrar e causar muita destruição. Vamos aprender um pouco mais!

Princípios básicos

Para compreendermos os princípios em que se baseia a ciência de prevenção e combate a incêndio, é preciso conhecer as condições que determinam a ocorrência ou não do fogo.

A existência do fogo só é possível se houver a combinação de quatro elementos essenciais:

• Fonte de ignição: representa a energia térmica (fagulha, calor, faísca) necessária para ativar a reação química entre um material combustível (papel, madeira) e o comburente (oxigênio).

• Comburente: é qualquer substância que mantém uma combustão (queima). O comburente mais comum é o oxigênio, pois é o mais abundante. O ar é composto de aproximadamente 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases.

• Material Combustível: é toda e qualquer substância sólida, líquida e gasosa que arde com formação de calor e luminosidade, após atingir a temperatura de ignição. Como exemplo: gasolina, álcool, madeira, papel etc.

• Reação em Cadeia: se observarmos o fogo depois de iniciado, o mesmo passa a alimentar a si próprio, ou seja, o fogo se mantém aceso. Durante a combustão a reação em cadeia é formada pela liberação de radicais livres que são os responsáveis pela transferência de energia à molécula ainda intacta, provocando a propagação do fogo. Temos como exemplo uma vela, que ao iniciar sua combustão as chamas liberam calor, consequentemente evapora a cera e essa por sua vez alimenta novamente as chamas, esse ciclo é chamado de reação em cadeia.

Métodos de extinção de incêndios

Como você viu, o fogo só vai existir com a presença de quatro elementos essenciais: fonte de ignição, comburente, material combustível, reação em cadeia. Com a retirada de pelo menos um desses elementos, a combustão não vai acontecer e, dessa forma, o fogo será apagado. Tendo essa informação como base, foram desenvolvidos quatro métodos para a extinção de um incêndio:

1. Resfriamento: é o método da retirada do calor. Significa baixar a temperatura (resfriando) até que não haja mais a combustão. Este é o método de extinção mais usado e a água, o agente extintor mais utilizado no resfriamento. Uma dica importante nesses casos é interromper o fogo, resfriando as áreas que ainda não foram atingidas, isolando e limitando o fogo do incêndio até extingui-lo.

2. Abafamento: é o método de extinção que consiste em reduzir a concentração do oxigênio presente no ar, situado acima da superfície do combustível. Exemplo: abafar com cobertores de tecido especial (anti-chama). Qualquer meio de abafamento que consiga reduzir a quantidade de oxigênio em menos de 13% terá sucesso na extinção.

3. Interferência na Reação em Cadeia: é o método conhecido, também, como extinção química, em que o agente extintor evita a reação das substâncias, impedindo a continuidade da combustão.

4. Isolamento (Remoção do Combustível): é a retirada do material ou controle do combustível. É o método de extinção mais simples na sua realização, pois não existem aparelhos especializados. Consiste na retirada, diminuição ou interrupção dos materiais combustíveis que alimentam o fogo e daquele que ainda não foi atingido por este. Tudo isso com bastante segurança.

Classificação dos incêndios

Para facilitar os estudos de prevenção e combate a incêndio, é necessário o entendimento de como o incêndio é classificado. Para isto, considera-se a existência de quatro classes gerais de incêndios: A, B, C, D. Vamos conhecer melhor cada uma delas?

Classe A - São os incêndios que ocorrem em material de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade e que deixam resíduos. Por exemplo: tecido, papel, madeira etc. Para sua extinção, é necessário o resfriamento, isto é, água ou soluções que reduzam a temperatura do material em combustão abaixo do seu ponto de ignição.

Classe B - São os que ocorrem em produtos considerados inflamáveis (gasolina, álcool), que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduo. Para sua extinção, é necessário isolar o material combustível do ar (abafamento) ou fazer uma interferência na reação em cadeia.

Classe C - São os que ocorrem em materiais elétricos energizados, por exemplo, motores, transformadores etc. Pra sua extinção, é necessário usar um agente não condutor de eletricidade como o CO2 e o Pó químico.

Classe D - São os que ocorrem em metais pirofóricos (material que entra em ignição espontaneamente em contato com o ar em condições normais). Por exemplo, zinco, alumínio em pó, magnésio, titânio, potássio etc. Essa classe de incêndio exige, para sua extinção, agentes especiais que se fundem em contato com o metal combustível, formando uma capa que os isola do ar atmosférico, interrompendo a combustão.

Providência em caso de incêndio

Se a prevenção falhar e o fogo estiver fora de controle, existem algumas regras de ações que podem ser tomadas para evitar maiores danos, pondo fim às chamas. A primeira regra no ataque ao fogo é combatê-lo logo no início, evitando a sua propagação.

Tão cedo o fogo se manifeste, deve-se:

• Acionar o sistema de alarme;

• Chamar imediatamente o corpo de bombeiros;

• Desligar as máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento não envolver riscos adicionais;

• Atacá-lo o mais rapidamente possível, pelos meios adequados.

Resumo

O fogo é uma reação química de oxidação (utilizando oxigênio) com a liberação de luz e calor, que é chamada de combustão ou queima. O fogo só vai existir com a presença de quatro elementos essenciais: fonte de ignição, comburente, material combustível, reação em cadeia. Com a retirada de pelo menos um desses elementos, a combustão não vai acontecer e, dessa forma, o fogo será apagado. Tendo essa informação como base, foram desenvolvidos quatro métodos para a extinção de um incêndio: Resfriamento, Abafamento, Interferência na Reação em Cadeia e Isolamento (Remoção do Combustível).

Equipamentos de proteção

Para que os trabalhadores se protejam de forma correta na realização de suas atividades, foram criados equipamentos de proteção, que podem ser coletivos ou individuais. Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são usados com o objetivo de modificar as condições de trabalho em um determinado ambiente, promovendo a proteção de todo o grupo. Já os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são usados por cada trabalhador e se destinam à proteção do funcionário durante a realização do trabalho.

Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são usados com o objetivo de modificar as condições de trabalho em um determinado ambiente, promovendo a proteção de todo o grupo. São exemplos bastante utilizados de EPC’s, os chuveiros e lava olhos de emergência, o isolamento acústico de um equipamento ruidoso, os extintores de incêndio, o guarda corpo, a capela, o lava olhos, o corrimão e os exaustores.

Do ponto de vista de proteção aos trabalhadores, as medidas de proteção coletiva são sempre mais eficientes que os equipamentos de proteção individual. Apesar disso, os EPI’s são mais utilizados, pois, normalmente, há curto prazo, eles são mais baratos do que fazer modificações no ambiente. No entanto, há longo prazo, os custos com a manutenção desses equipamentos podem se tornar mais elevados que as medidas de ordem ambiental e coletiva.

Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são usados por cada trabalhador e se destinam à proteção do funcionário durante a realização do trabalho. Esse tipo de equipamentos deve ser usado para atender situações de emergência e sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis, estiverem em fase de implantação ou não oferecerem completa proteção.

Para atender às necessidades das empresas e garantir, de fato, a segurança dos trabalhadores, os EPI’s devem apresentar inscrição do Cadastro de Registro do Fabricante (CRF) e do Certificado de Aprovação (CA). Além disso, é ideal que eles se ajustem comodamente ao usuário e ofereçam proteção efetiva contra os riscos para os quais foi fabricado.

No entanto, para realmente garantir a segurança do trabalhador, é necessário que os funcionários da empresa sejam treinados para saber como e quando usar o EPI e quais são suas limitações, que modelo e tipo de equipamento escolher a depender da situação, além de como limpá-los e armazená-los.

Existem, também, os EPI’s para proteção respiratória; proteção do tronco; proteção dos membros superiores; proteção dos membros inferiores; proteção do corpo inteiro; proteção contra quedas com diferença de nível, dentre outros.

Controle e conservação dos EPI’s

A recomendação do EPI adequado ao risco existente nas atividades realizadas pela empresa cabe à CIPA ou ao SESMT, quando for o caso. No entanto, cumprida essa etapa, tanto os funcionários quanto os patrões ainda têm tarefas a cumprir. Vamos ver?

Cabe ao empregador:

• Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;

• Exigir o uso de EPI’s;

• Fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho;

• Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação do EPI;

• Substituir imediatamente o EPI, quando este for danificado ou extraviado;

• Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica dos EPI’s;

• Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada nos EPI’s.

Cabe ao funcionário:

• Usar o EPI, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

• Responsabilizar-se pela guarda e conservação do EPI;

• Comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o EPI impróprio para uso;

• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado dos EPI’s.

Controle de fornecimento de EPI’s

Quando o funcionário é admitido na Empresa, o Departamento de Segurança fornece os EPI’s necessários à sua função, inclusive os requeridos para trânsito nas áreas de risco, e providencia o treinamento para sua utilização. O controle de entrega desses EPI’s é feito através do formulário Ficha Individual - Equipamento de Segurança.

Ocorrendo transferência ou demissão do funcionário, bem como danos aos equipamentos, estes devem ser devolvidos ao Departamento de Segurança, que providenciará os registros necessários na Ficha Individual - Equipamento de Segurança.

O registro da entrega e devolução dos EPI’s é feito para permitir um maior controle por parte da empresa e para atender às Normas Regulamentadoras e a Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.

Limpeza de EPI’s

Cada funcionário é responsável pela limpeza dos equipamentos que estão sob sua responsabilidade e a melhor forma de fazer isso é utilizando água e sabão. No caso das máscaras, a higienização é feita pelo Departamento de Segurança ou empresa especializada.

A Área de Segurança mantém um controle para higienização dos EPI’s, onde consta o tipo de equipamento, sua localização, o nome do funcionário responsável pela sua utilização e a periodicidade para higienização. Para verificar se os funcionários estão fazendo a limpeza dos equipamentos de forma correta, o pessoal responsável pela segurança percorre as áreas fazendo inspeções.

É importante lembrar que o empregador fornece os EPI’s gratuitamente e ainda se responsabiliza pelo treinamento dos funcionários em como utilizá-los. Cabe ao trabalhador usar os equipamentos de maneira correta, para que ele possa ser protegido e corra menos riscos de sofrer algum tipo de acidente de trabalho.

Saiba os procedimentos que você deve seguir para higienizar os seus EPI’s.

Resumo

Para que os trabalhadores se protejam de forma correta na realização de suas atividades, foram criados equipamentos de proteção, que podem ser coletivos ou individuais. Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são usados com o objetivo de modificar as condições de trabalho em um determinado ambiente, promovendo a proteção de todo o grupo. Já os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são usados por cada trabalhador e se destinam à proteção do funcionário durante a realização do trabalho.

Primeiros Socorros

Os Primeiros Socorros são os atendimentos que antecedem a chegada da equipe médica especializada, prestados a uma vítima de acidente ou portador de mal súbito, para mantê-lo com vida. Estes atendimentos, quando aplicados de maneira correta, podem fazer a diferença entre a vida e a morte do acidentado, já que nas duas primeiras horas, depois de ocorrido o acidente, são de fundamental importância para a sobrevivência da vítima.

Conheça alguns procedimentos básicos de Primeiros Socorros que podem ajudar você numa situação de emergência.

Parada respiratória

O ar que respiramos é essencial nos mantermos vivo. A parada respiratória se caracteriza pela interrupção da respiração, ou seja, da entrada e saída de ar dos pulmões. A vítima para de respirar. Pode acontecer, por exemplo, a partir da obstrução da via respiratória com engasgo por alimentos, prótese dentária, vômito etc.

Numa situação de emergência, para verificar se a vítima está respirando é preciso que o socorrista (quem está prestando socorro à vítima) aproxime-se do rosto da vítima e observe se há movimento do tórax, saída de ar do nariz ou boca e sons de respiração. Se nenhum desses aspectos for encontrado e os lábios, línguas e unhas estivem azulados (cianose), o socorrista pode concluir que a vítima sofreu uma parada respiratória.

Sabendo disso, cabe ao socorrista realizar as ações de primeiros socorros como Desobstrução das vias aéreas e Método boca-a-boca (boca - máscara). Clique nos nomes das ações para saber mais sobre cada uma delas

Parada cardíaca

A Parada Cardíaca se caracteriza como a parada dos batimentos do coração. Ela pode provocar , por exemplo, infarto agudo do miocárdio. Os casos de parada cardíaca exigem ação imediata e podem ser constatados pela observação dos seguintes sintomas: inconsciência, ausência de pulso, palidez intensa, extremidades frias e dilatação das pupilas.

Numa situação de emergência, para saber se o coração da vítima está batendo, o socorrista deve verificar o pulso dele, colocando os dedos, indicador e médio, bem no meio do pescoço da vítima e deslizando-os para o lado até encontrar o vão entre a traquéia e o músculo do pescoço. Se a vítima não apresentar pulsação, pode ter acontecido uma parada cardíaca.

Tento verificada a ausência de pulsação, a primeira ação que precisa ser tomada pelo socorrista é a realização da Compressão Cardíaca (massagem cardíaca). Clique no nome da ação para ver uma animação explicando o procedimento

Hemorragias

Hemorragia é a saída de sangue das artérias ou veias, provocados por cortes, esmagamentos, amputações, fraturas, etc.

Chamamos de hemorragia externa, quando ocorre a saída de sangue dos vasos para fora do corpo.Ex: Ferimentos, cortes, esmagamentos, etc. Já a hemorragia interna ocorre a saída do sangue dos vasos, porém o sangue permanece dentro do corpo. Ex: Ferimentos nos órgãos internos do corpo.

Em geral, a gravidade de uma hemorragia é determinada pelos seguintes fatores:

• rapidez e quantidade com que o sangue sai dos vasos;

• se o sangramento é externo ou interno;

• local de origem do sangue;

• quantidade de sangue perdida;

• peso, idade e condição geral da vítima;

• se o sangramento afeta a respiração da vitima (vias aéreas)

Mas você sabe o que fazer para socorrer uma vítima com hemorragia? Como o sangramento pode ser controlado? Vamos ver!

Controlando a hemorragia externa

Existem diversas formas de controlar uma hemorragia externa. Umas são mais simples e oferecem pouco risco à vítima, e outras mais complexas, com sérios riscos e contra-indicações. Algumas requerem muito pouco treinamento ou equipamento, e outras necessitam de material muitas vezes não facilmente disponível. No entanto, cada uma delas está relacionada a uma situação, a um caso específico de sangramento. Vamos conhecer alguns desses procedimentos?

Compressão sobre a lesão é feita de forma simples, coloca-se um pano limpo, gaze ou bandagem sobre o ferimento, comprimindo-o, essa é a forma mais simples e eficaz.

Compressão dos pontos arteriais

Existem artérias que podem ser apalpadas por estarem mais próximas a superfície da pele. Através da compressão nos pontos em que se encontram essas artérias, interrompemos o sangramento do local afetado. Deve-se comprimir a artéria atingida acima do ferimento.

Resfriamento

Consiste em resfriar o local da lesão utilizando saco plástico com gelo. Esse método diminui a dor e edemas(inchaço) quando ocorre lesão com contusão.

Obs: Esse método é utilizado em combinação com uma das técnicas mencionadas.

Elevação do membro lesado

Após ter feito a compressão sobre a lesão, deve-se elevar o membro ferido para que o fluxo sangüíneo diminua naquela região em que houve o ferimento.

Imobilização

A hemorragia pode ocorrer quando o osso perfura a musculatura, tecidos ou pele. Deve-se imobilizar a vítima para reduzir o risco de hemorragia. Portanto não deverá haver movimentação contínua nesse local, pois se isso ocorrer, poderá agravar a hemorragia. Nuca tente colocar o osso de uma fratura exposta para dentro do ferimento.

Queimaduras

As queimaduras são lesões causadas quando a pele entra em contato com temperaturas extremas (fogo ou gelo), produtos químicos (como soda caustica), eletricidade e radiações.

Em casos de queimaduras, o socorrista deve realizar algumas ações imediatas como:

• resfriar o local com soro fisiológico ou com água corrente;

• proteger o local da lesão com gaze, pano limpo ou lenço para aliviar a dor e impedir o contato com o ar;

• retirar relógio, pulseiras, brincos, cintos e adornos em geral, pois, esses objetos armazenam calor;

• em queimaduras elétricas, verificar a possível presença de parada cardiorespiratória;

• encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico especializado.

A depender do agente causador da queimadura, existem ações específicas que devem ser adotadas.

Transporte de acidentados

Ao transportar um acidentado alguns cuidados devem ser tomados para não agravar lesões existentes. No primeiro momento parece ser fácil transportar uma vítima, porém, se não for feito corretamente pode deixar seqüelas no acidentado para o resto de sua vida.

O transporte da vítima só deverá ser feito se for absolutamente necessário, ou seja, se a vítima estiver em local de perigo iminente como o de desabamento, incêndio, explosão, etc. caso contrário, deve-se esperar o atendimento médico no local.

Na existência de várias vítimas no local, o socorrista deve pedir ajuda o mais rápido possível. O transporte de vítimas mais seguro é o que é feito através de maca, porém, não tendo uma maca no local, deve-se improvisar utilizando porta, prancha, tábua, varas e lençóis bem resistentes.

Antes de realizar o transporte, deve-se fazer uma inspeção geral na vítima.

Transporte de acidentados

Existem várias maneiras de se transportar uma vítima. Irá depender de vários fatores como: quantidade de pessoas que possam ajudar no transporte; a situação em que a vítima se encontra; as condições do local, etc.

No entanto, antes de remover uma vítima, é necessário alguns cuidados especiais:

• controlar a hemorragia;

• manter a respiração;

• imobilizar o pontos de suspeitos de fratura, lembrando de que nunca devemos colocar ossos em sua posição normal em caso de fraturas exposta;

• evitar ou controlar o estado de choque;

• Se o ferido estiver em local de perigo, ele deve ser puxado pela direção da cabeça ou pelos pés, nunca pelos lados;

• Se o ferido estiver em local de perigo, ele deve ser puxado pela direção da cabeça ou pelos pés, nunca pelos lados, protegendo sempre a cabeça.

Existem vários métodos de transporte de acidentados, entre eles:

Resumo

Os Primeiros Socorros são os atendimentos que antecedem a chegada da equipe médica especializada, prestados a uma vítima de acidente ou portador de mal súbito, para mantê-lo com vida. Estes atendimentos, quando aplicados de maneira correta, podem fazer a diferença entre a vida e a morte do acidentado, já que nas duas primeiras horas, depois de ocorrido o acidente, são de fundamental importância para a sobrevivência da vítima.

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