Segurança No Local De Trabalho

São várias as tarefas realizadas no convés de um navio, desde uma simples pintura até uma grandiosa manobra de lançamento de âncora. Para melhor exposição das ideias, será analisado de um modo geral.

Os trabalhos realizados no convés podem acarretar riscos de acidentes e doenças de trabalho, como exemplo, manuseio de âncora e raspagem de ferrugem, respectivamente.

Existem diversas recomendações existentes, entre elas pode-se citar:

Não correr.

Não passar da linha de segurança de bordo sem coletes salva-vidas.

Manter atenção e concentração.

Uso correto de todos os equipamentos de proteção individual necessário.

Além das recomendações, antes de qualquer trabalho é preenchida a permissão de trabalho (PT) para que seja inspecionados e verificados os locais e materiais. Juntamente com a PT é realizada a reunião de segurança, onde o responsável informa os riscos e procedimentos envolvidos e verifica se todos os envolvidos possuem perícia para realizar o trabalho.

Mesmo com todas as preocupações, informações e procedimentos que são adequados, tanto da empresa contratante como da empresa da embarcação, não é difícil receber infomativos de acidentes causados por falta de atenção, procedimentos errados e causados por materiais fora dos padrões. A maioria dos casos, após a análise do acidente, é causada por falha humana, exceto de auto-confiança, ou por “achar” que não tem perigo e que não vai acontencer.

Outra atividade de grande risco de acidente é o trabalho em altura, considerando qualquer tarefa realizada em altura superior a 2m. De acordo com o técnico de segurança do trabalho Alexandre Rogério Roque, as principais causas de acidentes são:

Perda de equilíbrio do trabalhador a beira dos espaços.

Contato acidental com condutor ou massa sob tensão elétrica.

Falha de uma instalação ou de um dispositivo de proteção.

Método impróprio de trabalho.

Ainda de acordo com Alexandre, existe uma sequência de ações para prevenir as quedas:

1- Redução do tempo de exposiçao ao risco: Transferir o que for possível a fim de que o serviço possa ser executado no solo, eliminando o risco.

2- Impedir a queda: Eliminar o risco através da concepção e organização do trabalho .

3- Limitar a queda: Se a queda for invenitável, deve-se recorrer a proteções que a limitem.

4- Proteção Individual: Se não for possível a adoção de medidas que reduzam o tempo de exposição, impeçam ou limitem a queda de pessoas, deve-se recorrer a equipamentos de proteção individual.

A aluna Joana Filipa Pereira da Universidade de Coimbra, em seu trabalho “Sociedade de Risco e os Acidentes de Trabalho” cita:

“A maioria dos acidententes mortais são provocados pela falta de seguimento das regras de segurança e pela não utilização ou utilização não adequada de dispositivos de segurança.”

De um modo geral pode-se concluir que mesmo com toda a publicidade e propaganda em torno do tema em questão, ainda é grande o número de acidentes de trabalho.

Referências

Joana Filipa Pereira – Profissões de Risco – Sociedade de Risco e os Acidentes de Traballho. Universidade de Coimbra – Facudade de Economia. Dezembro de 2007.

Nicolau Bello/ Jorge C. Martos – Setor Prevenção de Riscos Laborais. 2011.

Técnico de Segurança do Trabalho Alexandre Rogerio Roque – Palestra Prevenção de Acidentes nos Trabalhos em Altura.

Revista Segurança. Revista número 184. Riscos Associados aos Trabalhos em Altura. Por Jorge Lozano. Junho de 2008. Disponível: www.revistasegurança.com

Ministério do Trabalho e Emprego. Trabalhadores de Produção Industrial, Operadores de Máquinas, Condutores de Veículos e Trabalhadores Assemelhados. Nº da CBO: 9-81.20 – Contramestre de embarcação. Disponível: www.mte.gov.br/empregador/cbo/procuracbo/conteudo/tabela3