Segurança No Trabalho
Monografias: Segurança No Trabalho. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: biamel • 8/9/2013 • 2.093 Palavras (9 Páginas) • 250 Visualizações
1. Introdução
A Indústria da Construção Civil
(ICC) é uma das que apresenta as piores
condições de segurança, em nível mun-
dial. No Brasil, em 1995, ocorreram, no
setor, 3381 Acidentes de Trabalho (AT)
com 437 óbitos; em 2000, houve 3.094
AT, sendo 10,5% na ICC (Brasil, 2001);
em julho de 2001, registraram-se 12,5 afas-
tamentos por mil empregados. Como se
vê, a Indústria da Construção Civil (ICC)
perdeu apenas para a indústria pesada,
com a marca de 13,4 (Brasil, 2002).
A ICC apresenta, então, um dos
maiores índices de ocorrência de AT.
Como essa situação encarece os cofres
públicos, considerando-se que o paga-
mento da indenização ou benefício ao
trabalhador é feito pela Previdência So-
cial, houve empenho governamental de
revisar as normas de segurança relacio-
nadas à construção civil(CADERNO...,
1995; 1997). Os custos para implantação
de sistemas de saúde e segurança nos
canteiros de obras estão estimados em
1,5 a 2,5 % sobre o seu valor total(Catep,
2003). Os empregados da ICC apresen-
tam instabilidade empregatícia; em épo-
cas de crescimento do setor, são recru-
tados da zona rural ou de estados mais
pobres sem nenhum treinamento especí-
fico e, portanto, sem qualificação profis-
sional (Barros Júnior et al., 1990). A baixa
qualificação, a elevada rotatividade e o
reduzido investimento por parte das em-
presas em treinamento e desenvolvimen-
to costumam ser algo característico des-
sa indústria(Andrade e Bastos, 1999).
A modernização da ICC, com ênfa-
se na gestão da produção, levou a exi-
gência de maior produtividade e quali-
dade do produto, fazendo as empresas
passarem a se preocupar com os operá-
rios, no sentido de treiná-los, capacitá-
los e fazê-los criar vínculos de fidelidade
com as mesmas (Cordeiro & Machado,
2002). Os índices vêm diminuindo com
as contribuições da Norma Regulamen-
tadora (NR) nº18 e das ações desenvol-
vidas pelos Comitês Permanentes Regi-
onais sobre Condições e Meio Ambien-
te do Trabalho na Indústria da Constru-
ção (CADERNO..., 2003).
A legislação e a tramitação do pro-
cesso acidentário são morosas, o que
prejudica as conquistas dos direitos do
trabalhador (Blanes, 1992). Ainda encon-
tra-se grande parte dos canteiros de obra
com ordem e limpeza deficientes, diante
do acúmulo de materiais pontiagudos,
escombros e outros, além da falta de dis-
positivos de proteção ao acesso da obra,
rampas e passarelas. O transporte do
pessoal, muitas vezes, ainda não atende
as normas de segurança e também é uti-
lizado para o transporte de materiais. Os
Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) mais usados são os capacetes e
luvas, ficando esquecidos os protetores
auriculares e faciais, os cintos de segu-
rança e os sapatos especiais. Na fase
mais demorada da construção (trabalho
em concreto armado), freqüentemente há
quedas nas beiras de lajes, choques elé-
tricos causados por vibradores e até por
fios de alta tensão, além de queda de
materiais nas áreas junto às fachadas
(CADERNO...,1993).
Estudo realizado em Ribeirão Pre-
to, São Paulo, objetivou pesquisar o nú-
mero de AT na Construção Civil durante
o período de doze meses. Foram encon-
trados 1.411 acidentes, sendo 171 pro-
porcionados pelas Empresas de Apoio à
Construção Civil, 980 pelas Construto-
ras, 153 pelas Empresas de Terraplena-
gem e Infra-Estrutura e 107 pelas Emprei-
teiras de Mão-de-Obra. Do total, 98,7%
(1390) constituíram-se em acidentes-tí-
pico (Barros Júnior et al., 1990).
A atividade enzimática de 8043 tra-
balhadores do
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