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Setor Têxtil

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Por:   •  30/6/2014  •  1.586 Palavras (7 Páginas)  •  320 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O número de novos empreendimentos que surgem a cada ano no Brasil é crescente e responde pela geração de novos postos de trabalho, além de contribuir para o desenvolvimento econômico das localidades onde se instalam com repercussão em toda a economia. Embora haja uma quantidade significativa de empresas surgindo, o número de empresas que fecham as portas no primeiro ano é impactante, existe uma preocupação com o tempo de vida dessas, que muitas vezes não sobrevivem ao mercado grande e competitivo.

Assim, este estudo vem abordar os principais fatores econômicos que afetam a sobrevivência de empresas da indústria têxtil, observando e analisando dentre os diversos fatores aqueles que contribuem para o sucesso, interferindo e contribuindo de forma positiva para a preservação das empresas e a sua sobrevivência no mercado em que atuam; ou insucesso influenciando de forma contrária e dificultando a longevidade e permanência das empresas no mercado.

Tema de importante relevância para a sociedade, visto que se considere a significância que essas organizações têm para a economia nacional no que se refere à criação de empregos, crescimento e desenvolvimento econômico do país. Presente em vários setores as empresas da indústria têxtil são representadas por diversas entidades, associações e clubes de lojistas que são responsáveis pela sua relação com as comunidades onde estão inseridas.

A continuidade no mercado em que atuam demonstra ser de suma importância, pois visam à melhoria de renda para a população economicamente ativa e a produção de bens e serviços em seus locais de origem; refletindo essas ações na economia nacional e, por extensão, na economia internacional. Por ser presente na economia as empresas têxteis devem ser objeto de políticas públicas permanentes no que tange a apoio institucional, legislação específica, tratamento tributário diferenciado e capacitação profissional.

2. SETOR TÊXTIL

A indústria têxtil é a mais antiga do Brasil, com cerca de 200 anos de atuação, é considerada como um dos mais importantes setores da economia brasileira sendo caracterizado como Oligopólio, o setor foi um dos precursores do processo de mecanização da produção durante a Revolução Industrial e de componentes microeletrônicos em máquinas e equipamentos.

Por ser um dos maiores produtores têxteis do mundo, seu mercado é competitivo e possui mais de 30 mil empresas distribuídas pela nação, sendo constituído dos segmentos de fiação, tecelagem, beneficiamento, acabamento de fios e tecido. Os insumos em geral são de fácil acesso, fibras naturais (algodão, lã, seda, etc.) são abundantes no país; sendo auto-suficiente na produção da principal matéria-prima o algodão; as químicas (sintéticas e artificiais) também são desenvolvidas no Brasil.

A fiação é a primeira etapa da produção de tecidos, esta etapa divide se em uma fase de preparação da fibra e no processo de fiação propriamente dito. A segunda etapa compreende a tecelagem, que fabrica os tecidos planos ou a malharia, quando se trata da produção de tecidos de malha. O beneficiamento, terceira etapa envolve a fabricação de tecidos mais refinados, que passam por diversas seções durante a produção. Por último, os tecidos passam pelo acabamento para finalmente atingir a confecção, que envolve a produção de artigos de cama, mesa e banho, além dos mais variados tipos de roupa e de acessórios. Tendo a produção têxtil como principal destinatário o ramo da confecção.

De acordo com o Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil, Confecção e Vestuário (Comtextil) um novo tempo começa diante do desafio de fazer diferente e investir na identidade, variedade e na originalidade dos produtos. Assim, esse desenvolvimento diferenciado tornou-se fundamental para a sobrevivência de empresas do ramo, tendo em vista o acirramento da competição global. Pois, a ameaça de produtos substitutos influencia a indústria, na medida em que oferece uma alternativa de preço ou desempenho capaz de afetar o nível de lucratividade das firmas estabelecidas no mercado.

Havendo a necessidade de fazer a diferença, a indústria precisa estar atenta às mudanças observadas no varejo, pois a indústria têxtil brasileira depende basicamente do mercado interno. Entre essas mudanças está a maior força das lojas independentes de roupas, daquelas que ocupam amplos espaços de vendas, onde é ofertado um mix de peças mais qualificado, com destaque para a moda feminina com looks completos, com roupas, acessórios, calçados e até perfume.

As empresas buscam a diversificação, a parceria e importam fios e outras matérias-primas básicas para manterem-se competitivas. Dentre as estratégias que as empresas têm adotado para se manterem competitivas estão à diferenciação de produto, produção verticalizada, parcerias específicas, ganhos de escala, diversificação e especialização em determinada fase da cadeia produtiva. O avanço tecnológico que ocorre com o setor de fibras e máquinas têxteis embora absorvidos pelo segmento, faz a diferenciação do produto entregue ao consumidor passando a ser o ponto chave do setor.

No setor têxtil e vestuário podem ser identificadas quatro estratégias competitivas genéricas: volume, especialização, produtividade, e fragmentação ou moda. Na atualidade algumas empresas vêm apostando na estratégia de moda, que enfatiza a concepção do produto, a qualidade e a comercialização como fatores críticos de sucesso. Com produção de itens não padronizados, de maior valor agregado e em quantidades limitadas, o que permite lucratividade elevada; as empresas que adotam esta estratégia buscam diferenciar ao máximo seus produtos, possuir rapidez de resposta aos sinais do mercado e incentivar a criatividade e inovação de produto.

Como o grau de concentração ou volume no mercado de empresas têxteis é grande, essas sofrem ameaças por parte dos fornecedores que podem influenciar a organização, em virtude de seu poder de negociação para elevação de preços e oferta de insumos, o que pode afetar a rentabilidade do negócio; e por dos compradores, que podem forçar a organização a reduzir os preços finais, ou ainda em relação aos atributos do produto diante da oferta da concorrência.

O grau de rivalidade dos concorrentes existentes no mercado altera a estrutura industrial e exerce pressão nas organizações no sentido de impor a adoção de novos modelos de gestão orientados por estratégias competitivas adequadas; na medida em que buscam uma posição mais privilegiada no mercado, que dependerá do equilíbrio de forças e oportunidades. Nesse contexto,

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