Sistema Informatizado De Informação
Casos: Sistema Informatizado De Informação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafaelaurelio • 17/6/2013 • 3.709 Palavras (15 Páginas) • 542 Visualizações
Sistema Informatizado de identificação
O sistema de identificação vigente prestou grande contribuição para a Polícia quando as cidades eram menores e os criminosos conhecidos, o que possibilitava o confronto das impressões colhidas nos locais de crime com as de um suspeito ou até mesmo podiam ser encontradas nos arquivos monodactilares. Hoje a situação demográfica urbana é outra, as cidades cresceram sendo necessário um processo de identificação criminal mais dinâmico e com maior eficiência, que venha a substituir o método manual de pesquisa.
Com o advento da informática foi possível adquirir uma resposta mais eficiente e satisfatória na elucidação de crimes. Sabe-se que a identificação através das impressões digitais é extremamente eficiente e com o emprego de recursos oferecidos pela informática, sua eficácia torna-se ainda maior.
Nos países mais avançados, a informatização no reconhecimento de impressões digitais é uma realidade. Esta tecnologia é chamada de AFIS (Automated Fingerprint Identification System ) Sistema de Identificação Automatizada de Impressões Digitais).
O AFIS é usado para comparar uma impressão digital com impressões previamente arquivadas no banco de dados do sistema. Esta tecnologia melhorou muito no final do século XX quando os processadores e as memórias dos computadores tornaram-se mais eficientes e acessíveis. Nos países que já possuem este sistema, vários crimes do passado estão sendo solucionados com a identificação das impressões digitais arquivadas por falta de suspeitos com os quais pudessem ser confrontadas.
História do AFIS
A idéia de automação na procura de impressões digitais em grandes bancos de dados data dos anos 60, mas somente nos anos 70 com os esforços realizados pelo F.B.I. (Federal Bureau Investigation) é que começou a aparecer algum resultado. Devido aos dispositivos de informática existentes na época e da tecnologia na exploração óptica, pode-se imaginar o esforço monumental exigido, além de muito dinheiro é claro, para realização deste projeto. Considere-se o preço, a qualidade, o tamanho e o desempenho de uma calculadora daquela, o sistema de memória disponível para armazenar dados que de uma impressão digital. Diversas foram as companhias que empregaram enorme quantidade de pesquisas e dinheiro para este fim.
Em 1969, a fim de partilhar conhecimentos e evitar esforços duplicados, o F.B.I, procurou os países que possuiam projetos de automatização do processo dactiloscópico. Na França, o projeto foi apresentado na Polícia da Prefeitura de Paris, pelo Senhor M. R. Thiebault. No Reino Unido, as pesquisas estavam sendo conduzidas pelo Home Office, do Departamento de Assessoramento Científico. O Home Office estava mais interessado em manter segredo a fim de resguardar uma futura exploração comercial do produto. Por esse motivo praticamente nada se aproveitou dessa visita. O Senhor Thiebault entretanto mostrou o projeto francês em detalhes.
Ao contrário dos Estados Unidos, estes países estavam mais interessados na questão das impressões latentes encontradas em locais de crimes, e os seus projetos eram dirigidos para este fim e suas atenções eram voltadas para as impressões fragmentadas e de baixa qualidade. Entretanto, as dificuldades pareciam ser as mesmas e praticamente todos estavam no mesmo patamar tecnológico, com grandes desafios a enfrentar.
O FBI gastou milhões de dólares no desenvolvimento de um dispositivo de leitura de impressão digital que em 1970 ficou a encargo da CORNELL AERONALTICS LABORATORY, entregue em 1972 com o nome de FINDER ( Fingerprint Reader - Leitor de impressão digital).
Em 1974, a empresa ROCKWELL, foi contratada para fabricar cinco diferentes modelos de leitores FINDER que foram entregues em 1975. Já em 1977, iniciou-se o processo de conversão de cerca de 15 milhões de individuais datiloscópicas do FBI que foi concluído somente no início dos anos 80.
O FBI foi o primeiro a utilizar esta inovadora tecnologia, que hoje é adotada em centenas de instituições públicas de segurança de vários países, como a Polícia Montada, do Canadá e a Scotland Yard, da Inglaterra sendo apontado como o principal responsável pela identificação de milhares de criminosos e solução de inúmeros crimes.
Base de Dados do AFIS
Para funcionar, um AFIS necessita de uma base de dados estabelecida. Esta base de dados consiste nas impressões digitais de todos os criminosos que são presos.
Nos Estados Unidos, na Carolina do Norte por exemplo, todos os departamentos municipais das polícias submetem os cartões de impressões digitais dos criminosos que prendem, ao departamento de investigações do estado. Os cartões da apreensão são chamados cartões ten-print (impressões dos dez dedos - semelhante ao nosso aqui do Brasil). Os cartões ten-print então são digitalizados por dispositivo óptico especifico e arquivados na base de dados do sistema. Quando uma agência de polícia implanta um AFIS, todos os cartões de impressões digitais existentes no arquivo manual da agência devem ser digitalizados e transferidos para o computador. Esta é uma tarefa árdua mas necessária, que pode levar anos para ser concluída. O processo pode envolver milhares ou até mesmo milhões de impressões digitais. Nos arquivos, cada cartão tem dez impressões digitais que devem ser codificadas uma a uma. Uma cópia de cada cartão deve ser remetida ao F.B.I. para ser incorporada ao banco de dados criminal nacional.
A conversão dos sistemas é provavelmente a parte a mais crucial do AFIS. A base de dados contem dois tipos de registros a serem estabelecidos. O primeiro tipo são os milhares de cartões que durante anos foram arquivados no sistema convencional. O segundo tipo são as novas aquisições feitas diariamente. A conversão envolve agrupar todas as impressões digitais em uma única base de dados e uma vez que todas as impressões digitais estão incorporadas na mesma base de dados, duas funções poderão ser executadas.
A primeira função que pode ser executada pelo AFIS é a pesquisa do registro de prisão de uma pessoa. Como exemplo, vamos supor que uma pessoa é presa e se recusa fornecer seu nome ou, o que é mais provável, fornece um nome falso. As impressões digitais dessa pessoa são inseridas no sistema e o AFIS codifica uma cópia e busca entre todas as impressões existentes em seu banco de dados. Estas impressões representam cada pessoa que foi presa no estado, incluindo aquelas de anos atrás que estavam nos arquivos do sistema manual. Em segundos o computador seleciona algumas impressões digitais similares às cópias fornecidas e então o perito poderá determinar qual delas combina
...