Sistemas Produtivo- Planejamento Das Capacidade
Pesquisas Acadêmicas: Sistemas Produtivo- Planejamento Das Capacidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: carla090103 • 16/9/2014 • 3.010 Palavras (13 Páginas) • 927 Visualizações
– Sistemas Produtivos – Planejamento da Capacidade
Estoques x Produção
Uma das principais atividades que movimentam os estoques é a industrialização. Por isso, a grande área de produção dentro das empresas deve ser compreendida para evitar problemas com a falta de matéria-prima e insumos de produção, a demora na fabricação gerada por problemas logísticos, a falta de métodos e locais propícios para armazenamento de produtos semiacabados e acabados, ou ainda problemas advindos da falta de uma previsão de demanda ou da utilização de um método inadequado para tal projeção. O estoque movimenta a produção e vice-versa, não há como tratar os dois conceitos separadamente.
Desta forma, o primeiro conceito a ser tratado em produção é a capacidade que esta tem de produzir uma determinada quantidade em um dado período, por exemplo, a fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais, no Estado do Paraná, conforme a Revista Exame, tem atualmente a capacidade de produzir 840 (oitocentos e quarenta) unidades de veículos por dia, estimando que com os últimos investimentos, esta capacidade salte para 1000 (mil) unidades diárias (DELLA COLETTA; MOURA, 2013).
A afirmação que uma indústria possui capacidade de produção de mil unidades por dia entretanto, não significa necessariamente que esta capacidade está sendo utilizada. É possível projetar uma empresa para que ela produza uma quantidade diariamente, mas que em virtude de outros fatores, esta capacidade seja gradativamente diminuída.
Estudo das Capacidades
Capacidade de Produção
Determina-se capacidade de produção, o volume de saída do processo de fabricação, normalmente definido como sendo unidades de saída por unidade de tempo (DAVIS; AQUILANO; CHASE, 2001).
A capacidade demonstra um limite de quantidades produzidas, ao qual a empresa é capaz de chegar num período de tempo. Em qualquer processo é necessário conhecer a capacidade de produção visando atender à demanda de um produto e com isso planejar a necessidade de requisitos, entre os quais estão as matérias-primas e os insumos de produção, os quais serão consumidos pelo processo de produção e operações.
Capacidade Instalada
A primeira capacidade conhecida é aquela para a qual a empresa e todo o sistema, incluindo-se os funcionários, maquinários e equipamentos, foram projetados, ou seja, os recursos que foram planejados de forma sistêmica, sem prever qualquer tipo de perda. A capacidade instalada consiste na média programada de fabricação de produtos padronizados em condições normais de operação (MONKS, 1998).
Na literatura é comum encontrar vários nomes que designam a capacidade instalada, trata-se para alguns autores, da: capacidade programada; capacidade projetada ou simplesmente capacidade do projeto. É importante salientar que no projeto, não há planejamento de perdas. Um engenheiro não projeta uma casa de três quartos, pensando que um não será utilizado como tal, já que ali poderá ser colocado um escritório. No projeto original, a casa continua tendo três quartos, mesmo que efetivamente um deles seja utilizado para outra finalidade. Dessa forma, é verdade que também nas empresas e particularmente na produção, acontecem fatos que fazem com que a capacidade projetada não seja totalmente utilizada. Alguns desse fatos podem ser planejados pelo supervisor de programação, planejamento e controle de produção – PPCP; outros, podem se episódios isolados, sobre os quais as pessoas envolvidas no processo sequer teriam como imaginá-lo, como um acidente de trabalho por exemplo, ou a quebra sem motivo aparente de uma máquina da produção.
Capacidade Utilizada
Diante de alguns fatores, muitas vezes, as empresas são forçadas a diminuírem a produção, de forma planejada. Isto pode acontecer por variações sazonais na demanda de produtos, pelo sancionamento de leis que interferem na economia e diretamente nas empresas, ou por estratégia de mercado.
Quando a empresa não utiliza o total da capacidade instalada por motivos previamente planejados, dizemos que ela teve uma perda de utilização, e a capacidade operante, passa a ser chamada de capacidade utilizada.
Outro exemplo de perda de capacidade instalada, que pode ser planejada com antecedência, é a programação de máquinas, também chamada de setup. Uma empresa que produz os itens “A” e “B” nas mesmas máquinas, muitas vezes, primeiramente, vai programar as máquinas para a produção de um produto (“Item “A”, por exemplo); e quando encerrar a produção deste, vai reprogramar as máquinas para a produção de outro (Item “B”). Este tempo em que a produção vai parar para a reprogramação de máquinas, consiste num período já conhecido previamente, e que por isso pode ser planejado sem maiores problemas ou fatos inesperados.
Capacidade Efetiva
Quando a capacidade sofre perdas inesperadas, como as ocasionadas de um acidente de trabalho, da falta de matéria-prima em estoque, da quebra de uma máquina, do absenteísmo de funcionários ou paralisações não previstas, a produção sofre perda de eficiência produtiva; isto é, a produção que for gerada após todas as perdas, as planejadas, e as não planejadas, será chamada de produção real ou capacidade efetiva, pois significa aquela que efetivamente foi produzida ao término de um período de tempo.
Alguns autores defendem que se uma perda pode ser planejada, ela deve ser parte do projeto, isto é, para estes autores, a capacidade instalada e a capacidade utilizada, pertencem a um conceito único que consiste na capacidade do projeto. Dessa forma, haveria apenas um tipo de perda, aquela não planejada, que levaria direto ao resultado da capacidade efetiva de produção.
Para o efeito de melhor compreender o estudo das capacidades, convencionamos a existência das três instâncias apresentadas: capacidade instalada; capacidade utilizada e capacidade efetiva (MONKS, 1998).
Indicadores de Desempenho de Produção
Quando a produção sofre perdas por quaisquer motivos, planejados ou não, é indicado mensurar o desempenho obtido em relação ao esperado. Esta mensuração, normalmente consiste num percentual daquilo que foi produzido, em face daquilo que estava planejado anteriormente.
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