Sociedade Civil
Casos: Sociedade Civil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marciclene • 11/7/2014 • 976 Palavras (4 Páginas) • 230 Visualizações
Na relação entre as categorias Estado e sociedade civil no pensamento de Marx significa apreender a profunda inflexão que Marx imprimiu na concepção teórica politica, no entanto utilizando a expressão lukacsiana. Ao relatar que os deveres individuais e particulares não se integram no interesse geral supostamente representado pelo Estado; pelo contrário, são dependentes, subordinados a ele, e, em consequência, tais deveres não configuram a face reversa de direitos correspondentes, como assegura Hegel. Portanto, a pretendida "unidade da finalidade universal" e do interesse particular não se efetua e nem se comprova. O Estado, assim, não integra os que seriam seus membros e se defronta com cada um na posição de um estranho, um outro imposto e distinto que a todos subordina, um universal defeituoso, particularizado, um todo diferente de todos, que se acrescenta como mais um. Essas observações iniciais perpassam toda a argumentação do livro de Marx, e querem desmascarar a "malícia" de Hegel que procura, montado em sua lógica, disfarçar o que sem o querer revela: a irracionalidade política-social moderna o Estado, os interesses privados da sociedade civil, em vez de constituí-Ios numa unidade integrada. A denúncia da contradição no plano conceitual entre particular e universalexistente. Hegel, por sua vez, é o representante da ruptura decisiva para com a corrente contratualista. No pensamento hegeliano não há espaço para a concepção de um eventual contrato, estabelecido de forma voluntária ou compulsória, entre indivíduos que viveriam, hipoteticamente, um estado de natureza, que fosse constantemente ameaçado, como para Hobbes, como para Locke e Rousseau. A essa altura, convém estabelecer a importância das produções contratualistas, uma vez que expressavam o confronto, no plano teórico, das relações entre as classes sociais no interior do regime feudal.
O pensamento de Marx acerca das categorias Estado e sociedade civil vamos resgatar as linhas mestras da filosofia política jusnaturalista. Este resgate visa acompanhar a construção teórica elaborada por Hobbes, Locke e Rousseau. a explanação do núcleo do pensamento dos contratualistas, visando estabelecer a contribuição que eles forneceram para o debate em torno da relação entre Estado e sociedade civil. O pensamento de Marx acerca das categorias Estado e sociedade civil vamos resgatar as linhas mestras da filosofia política jusnaturalista. Este resgate visa acompanhar a construção teórica elaborada por Hobbes, Locke e Rousseau. Do mesmo modo, vamos nos debruçar sobre a guinada operada por Hegel. Em seguida reconstruiremos a análise crítico-revolucionária realizada por Marx. Dando continuidade de nossa exposição requer, como referido, a explanação do núcleo do pensamento dos contratualistas, visando estabelecer a contribuição
que eles forneceram para o debate em torno da relação entre Estado e sociedade civil. Hobbes pensava o estado de natureza, ou seja, a condição social em que era inexistente um Estado político instituído, como uma constante ameaça à vida dos indivíduos. O Estado pensado por Hobbes compromete a propriedade privada dos cidadãos, pois só ao Estado cabe a propriedade final sobre todos os bens. Observado em perspectiva histórica, o núcleo do pensamento hobbesiano não conquistou um desdobramento sociopolítico efetivo. Locke defenderia o direito à propriedade privada como anterior ao surgimento do Estado, o que a tornaria, portanto, inviolável sob quaisquer circunstâncias. Locke ficou conhecido como o teórico do individualismo justamente por atribuir essa primazia sociopolítica aos indivíduos frente ao Estado e à própria sociedade civil. O Estado lockiano tem o dever fundamental de conservar e proteger a propriedade privada,
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