Sociologia
Por: juju78 • 16/3/2016 • Exam • 1.367 Palavras (6 Páginas) • 281 Visualizações
Colégio Estadual Wilson Joffre
Camila Lucietto n° 03
Carol Sabadin n° 04
Fabielle Vieira n° 08
Hemanuelle Biittner n° 11
Kawana Coldebela n° 17
Leticia Baldin n° 18
Leticia Caroline n° 19
Thayna Medeiro n° 28
O SUICÍDIO
Emile Durkhein
Trabalho desenvolvido na disciplina
de Sociologia, sob as orientações da
professora Débora Valero. Valor: 20.
Cascavel/PR
2015
Introdução:
Neste trabalho iremos abordar a resenha do livro : O suicídio de Èmile Durkheim.
O suicídio é, segundo Durkheim, “todo o caso de morte que resulta, direta ou indiretamente, de um ato, positivo ou negativo, executado pela própria vítima, e que ela sabia que deveria produzir esse resultado”. Conforme o sociólogo, cada sociedade está predisposta a fornecer um contingente determinado de mortes voluntárias, e o que interessa à sociologia sobre o suicídio é a análise de todo o processo social, dos fatores sociais que agem não sobre os indivíduos isolados, mas sobre o grupo, sobre o conjunto da sociedade. Cada sociedade possui, a cada momento da sua história, uma atitude definida em relação ao suicídio.
Há três tipos de suicídio, segundo a etimologia de Èmile Durkheim; Suicídio Egoísta, Suicídio Altruísta e o Suicídio Anômico.
No livro “O Suicídio”, Durkheim buscou identificar as causas sociais de suicídio e os seus tipos. Para ele o suicídio é um fato social quando se trata de um conjunto de suicídios em certa sociedade. As sociedades têm, uma disposição definida para o suicídio.
Durkheim buscou identificar a relação entre suicídio e religião, buscou a relação entre a taxa de suicídios e as confissões religiosas. Ao comparar alguns países, identificou que nos países católicos a prática do suicídio é menor.
Embora os protestantes e católicos proíbem o suicídio, Durkheim encontrou alguns elementos importantes para entender a diferença nas taxas de suicídios. Para ele, no Catolicismo o sistema hierárquico de autoridades é mais rígido, a doutrina é pronta e inquestionável e é marcada por alta interação, onde há muitas crenças e práticas comuns a todos os fiéis. Já no protestantismo, existiria pouca hierarquia e uma multiplicidade de seitas, sendo o crente mais autor da sua fé, havendo pouca integração, ou seja, menos crenças e práticas comuns entre os protestantes.
No caso específico do papel da religião, o homem se mata, segundo Durkheim, porque a sociedade religiosa de que faz parte perdeu a coesão.
Argumenta Durkheim que a religião exerce uma medida preventiva sobre o suicídio, isso por possuir uma conjunto de crença e práticas tradicionais e obrigatórias, exercendo a função de integração. Quanto menos vínculo a outros indivíduos, mais propício ao suicídio estará o indivíduo.
Durkheim analisa também a relação entre o Judaísmo e o suicídio. Para ele a perseguição contra esse povo foi fonte de fortalecimento da solidariedade, tendo sua identidade fortalecida. O Judaísmo seria uma evidência de que a ciência não destrói a tradição. Os judeus tiveram acesso à ciência e sua tradição continua sólida.
Durkheim buscou destacar que o suicídio é uma doença da época. Para ele a anomia seria a causa principal. A anomia seria um estado marcado pela falta de regulamentação, paixões ilimitadas, horizontes infinitos e tormento, cenário potencializador da prática de suicídio.
Os principais motivos da prática de suicido são : ultrapassagem infinita dos meios que se torna um fim, descontentamento; ligação tênue com a vida; paixão pelo infinito; situação onde nenhuma conquista vale por si mesmo e em vez de placar as necessidades, as estimas, as crises econômicas
Quando a sociedade é perturbada por crises ou mudanças repentinas, a pressão moral perde força, os indivíduos não se ajustam a suas posições, valor das forças sociais permanece indeterminado, sem regulamentação ambições superexcitadas, causando o sofrimento e, consequentemente, crescimento do suicídio. O desenvolvimento da indústria e ampliação indefinida do mercado fortalece o desencadeamento dos desejos e esses da busca desenfreada e, consequentemente, do suicídio.
A Causa do suicídio, estaria, na “ausência da sociedade” na vida do indivíduo. O Suicídio egoísta é marcado pelo efeito da sociedade não estar presente na atividade coletiva, desprovendo-o de objetivo e significado. Suicídio anômico é marcado pelo efeito da falta de regulamentação moral que limite as paixões individuais.
Durkheim aborda o papel do casamento sobre as taxas de suicídios. Para ele, o casamento age em sentido contrário para o homem e a mulher, por meio da estatística que só os homens casados contribuem para a maior taxa de suicídio nas sociedades com divórcios frequentes, onde as mulheres matam-se menos. O divórcio, para o homem teria um impacto muito grande sobre a prática de suicídio, assim como a maior taxa de suicídio estaria entre os homens solteiros.
. Durkheim teria identificado que nada disso atinge a mulher ,não tem acesso . seus desejos naturalmente são mais limitados. Para Durkheim, aos contrário, da visão comum, que acredita que o casamento protege a mulher e sacrifica o homem, o casamento dá, para Durkheim, proteção ao homem e exige sacrifício da mulher, por isso a divórcio teria um impacto maior sobre o homem e, consequentemente, podendo levá-lo a praticar o suicídio.
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