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Sociologia Capitalista

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Por:   •  5/12/2013  •  1.392 Palavras (6 Páginas)  •  517 Visualizações

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2.1. Concepções da Sociedade Capitalista por Émile Durkheim

O sociólogo Frances Emile Durkheim ao analisar o trabalho nas sociedades, compreende o quanto ele pode despertar entre os indivíduos a solidariedade. Diferente de Karl Marx que dizia que a divisão do trabalho proporciona conflito e mesmo lutas de classes, Durkheim entende que a divisão social do trabalho na sociedade moderna contribui para a solidariedade entre os indivíduos, mesmo estes aparentarem diferenças de funções.

Quanto ao tema trabalho, Durkheim vai dividir as sociedades em dois tipos básicos com suas respectivas solidariedades: a Mecânica e Orgânica. A primeira solidariedade mecânica (ou por semelhança), a integração entre os indivíduos é intensa. Sociedades simples (hordas, Clãs, tribos), marcada por uma divisão do trabalho de forma também simples entre homens e mulheres, dado o pequeno número de pessoas que as compõem, predomina uma coesão social maior entre os indivíduos. Nelas, o conteúdo de consciência coletiva é o culto à própria sociedade, o respeito total e absoluto à suas crenças. Por isso, nas sociedades de solidariedade mecânica, os indivíduos são totalmente envolvidos pela consciência coletiva e quase não existem diferenças entre eles.

O que matem os indivíduos e grupos unidos, nesse tipo de sociedade, é o princípio da semelhança: todos exercem aproximadamente as mesmas atividades. Quando a solidariedade mecânica está na base da sociedade da coesão social, a consciência coletiva envolve completamente a consciência individual. O indivíduo não pertence a si mesmo, pertence à comunidade.

O segundo tipo de sociedade ou solidariedade é a orgânica, diferente da mecânica, pois possui uma grande diferenciação entre os indivíduos. A quantidade de funções entre as pessoas é maior e mesmo a divisão do trabalho é bem mais intensa. O termo é orgânico em decorrência a comparação da sociedade a um organismo, com muitas partes interdependentes mais que estão conectadas uma as outras.

Para Durkheim a solidariedade orgânica é típica da modernidade, o capitalismo com suas diversas atividades proporcionam um número grande de profissionais com funções e posturas diferentes. Ao promover a interdependência das funções profissionais especializadas, a divisão do trabalho social, cuja origem é o aumento da população, gera a solidariedade orgânica.

Na solidariedade orgânica o profissional inevitavelmente dependerá de outro; a divisão do trabalho é maior mais isso não seria um obstáculo para a solidariedade, pelo contrário, a pesar de diferentes cada um necessita do outro para integração. Já que nenhum profissional é autossuficiente, ou seja, a solidariedade é reforçada nesse aspecto, pois cada um ajuda a própria sociedade com a sua especificidade. Durkheim procura mostrar como, nas sociedades modernas as funções sociais da divisão do trabalho é a principal fonte de coesão ou solidariedade social.

Portanto na teoria de Durkheim bem longe do conflito de classe, a sociedade apresenta um grau de solidariedade entre os indivíduos. Na leitura oposta à noção marxista de conflito entre as classes, Durkheim entende que as classes são coordenadoras, cooperativas entre si, e nunca rivais. Elas se complementam mutuamente, proporcionando uma harmonia no funcionamento da sociedade.

2.2. Concepções da Sociedade Capitalista por Max Weber

Para Max Weber, o que funda o capitalismo moderno é como as pessoas encaram o mundo, é uma mentalidade que só surge a partir do século 16. Mentalidade essa que explica o momento de ruptura: quando o homem deixa de guardar seu dinheiro e começa a aplica-lo. Na visão Weberiana o capitalismo existe desde os tempos antigos, como relação de compra e venda de mercadorias, bem como entesouramento dos reis e nobres. Na Inglaterra do século X e XI já existiam mercadores.

O que define o capitalismo moderno não é a busca por lucro, mas sim a acumulação. O ponto de encontro entre Weber e Marx é a acumulação de capital que é capaz de gerar mais capital. Diferente do pré-capitalismo onde o entesouramento só aumenta o capital com mais entesouramento e não com uma aplicação por parte do capital.

Aquele velho esquema: Mercadoria – Dinheiro – Mercadoria. Esquema esse, que hoje orienta o capitalismo e vêm da sua gênese de expropriação e das relações de Vassalo e Suserano, que hoje são patrão e proletário. O trabalhar para arrecadar e produzir para vender.

Max Weber explica que essa mentalidade acumulativa surge da Religião e esse pensamento religioso é protestante e das vertentes mais radicais. Na ética católica, o trabalho é uma maldição, em contrariedade com a protestante, na qual o trabalho é uma forma de glória ao homem, bem como o pensamento liberal que dita até hoje que “o trabalho dignifica o homem”.

O pensamento liberal do inicio da era moderna indica que, caracterizadamente, no começo do capitalismo, alguns homens enriqueceram e outros que NÃO QUISERAM trabalhar, empobreceram. Com dois exemplos básicos é possível entender melhor essa afirmação:

Lenha = Elemento fundamental na vida do Camponês.

Bosque = Fornecedor de lenha, de acesso a todos, mas de direitos diferentes.

O bosque fornecia lenha a todos, todos ficavam aquecidos, porque todos tinham lenha. Ok. Na questão dos direitos diferentes, os nobres podiam caçar nos bosques e usufruir de quaisquer outros elementos

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