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Sociologia - Materiais abstratos

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Por:   •  3/6/2014  •  Tese  •  7.967 Palavras (32 Páginas)  •  297 Visualizações

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Sociologia – Resumão da matéria

O advento da modernidade foi marcado por uma experiência social que anulou todas as fronteiras geográficas e sociais, de classe e de nacionalidade, de religião e ideologia, conhecidas até então.

Tratou-se de uma experiência marcada por muitas mudanças – grandes descobertas científicas que transformaram a imagem do universo e o lugar do homem nesse mundo. Industrialização, associação tecnologia – indústria, aceleração do ritmo de vida, novas formas de poder corporativo e de luta de classes, explosão demográfica e urbanização, Estados nacionais burocratizados, sistema de comunicação de massa, movimentos sociais de massa, mercado capitalista mundial- que torna o contraste entre passado e presente absoluto.

Enquanto momento historicamente novo e pleno de sentido, a modernidade foi gestada em um longo processo que atravessou três fases, a primeira marca o início da experiência da vida moderna (XVI-XVIII) e está pontuada por: a “descoberta” do novo mundo e o contato com o outro, com a diferença; o Renascimento cultural que promove deslocamento no horizonte intelectual, introduzindo o antropocentrismo; e a Reforma Protestante que estimula a emergência da individualização. A segunda fase (XVII – XIX) é uma era explosiva de convulsão em todos os níveis da vida pessoal e social. Foi uma era revolucionária com o advento do Iluminismo, que trouxe a ruptura com o passado, a universalização da razão, o primado do indivíduo e sua liberdade. Por fim, a terceira fase transforma a modernidade em modernização no século XX, fazendo o moderno fragmentar-se em múltiplos fragmentos.

O pensamento sobre as pessoas e sobre a sociedade surge com a filosofia Socrático-Platônica, que privilegia o pensador Parmenes por valorizar a identidade do ser humano.

Platão escreve Apologia de Sócrates, no qual Sócrates diz: a morte não é um castigo, pois a morte é um sono profundo sem sonhos, e o corpo é o cárcere da alma.

Surge aí o conceito metafísico no qual o homem teorizará sobre a vida, visando a segurança. Na Antiguidade só havia incertezas, logo, na modernidade buscam-se respostas, negando-se as aparências, a ilusão. De acordo com este pensamento então, o corpo, sendo cárcere da alma é algo da natureza, o que, após Sócrates, passa a ser separado da alma.

A Contradição: Dialética do esclarecimento (Theodore Adorno e Max Horckeimer): “ No sentido mais amplo do progresso, do pensamento, o esclarecimento tem perseguido sempre o objetivo de livrar os homens do medo e de investí-los na posição de senhores. Sua meta era dissolver os mitos e substituir a imaginação pelo saber.

Um mito converte-se em esclarecimento e natureza em mera objetividade.” Os homens devem ser senhores de si.

Para Comte, no século XIX, o Estado Positivo era mais evoluído, racional, científico. O Estado Teológico ou Fictício é o menos evoluído. A Europa no século XIX passa por anarquia moral e política, por uma crise. A sociologia, ainda uma jovem ciência, está incorporando todo o conhecimento racional, objetivo e exato para poder lidar com essa crise. É uma fase transitória do metafísico - teológico ao positivo. O sacerdote e o militar ainda existem, entretanto perdem o poder para o industrial e o sociólogo.

Durkheim

Durkheim é quem transforma a sociologia em ciência. Para transformar um conhecimento do senso comum em ciência, deve haver pesquisa e transformação da sociedade em objeto de estudo.

Augusto Comte ficou no discurso, na ideologia da sociedade, enquanto Durkheim quis sair da subjetividade, determinando um objeto de estudo focado em um ponto da sociedade. Seu método de observação é baseado em um não envolvimento, de forma impessoal, como se ele não fizesse parte da sociedade. Os fatos sociais devem ser considerados coisas.

É necessário para esta elevação um método de estudo e, sobretudo, um objeto de estudo. Esse objeto é o fato social, são as Instituições (casamento, Igreja, Estado, política, polícia).

Antes de definirmos o objeto de estudo de Durkheim, definiremos um conceito clássico do mesmo autor:

Anomia: patologia típica da sociedade capitalista industrial.

Com a Revolução Industrial surgem novas expectativas nas pessoas. Surge a tecnologia que motiva a burguesia a querer arrumar o interior de suas casas, deixando marcas. Ocorre que as Instituições não acompanham essas expectativas, bem como a sociedade em si não consegue ampará-las.

Passa a ocorrer então um aniquilamento dos elos que unem os indivíduos na sociedade moderna. Cabe ao direito cercear as vontades dos indivíduos.

Dessa forma, um desdobramento da anomia é o excesso de desejos egoístas da sociedade e o enfraquecimento das Instituições.

Moral: dever e obrigação. Desiderabilidade, que é o bem comum, o desejo. É necessário para que haja o dever, para então haver moral. Entra a questão do altruísmo.

Na época em que Durkheim viveu surge a Lei Naquet, que legaliza o divórcio; bem como o contexto cultural valoriza o indivíduo (novamente a anomia realça a ausência de elos de ligação entre os homens).

Neste mesmo período, as escolas laicas, que introduzem o espírito de disciplina, de obrigação e de autonomia da vontade surgem, tendo o papel de incutir na criança seu papel na sociedade, que lhe é imposto sem que elas saibam o porquê.

Superego: é a autoridade, são as Instituições que nos cerceiam, é o Estado. É a figura da não permissão, do “não pode”.

A autonomia aparece quando já incorporamos os deveres, quando não há a coerção ou obrigação. Nós simplesmente aceitamos o que nos é imposto.

Sociedade patológica é aquela individualista em que cada ser luta contra as obrigações.

Ser Social todos os deveres e obrigações, o papel social do homem na sociedade. Direitos e costumes, imposições. A criança e o adolescente, graças às escolas laicas, serão moralizados e incutidos de deveres, se tornando assim o ser social.

A preocupação de Durkheim é com a moralização da criança. É incutido o espírito de disciplina, no qual a criança se submete ao grupo, deixando de lado vontades individuais, é a abnegação.

Autonomia se dá então quando o adulto não vê a sociedade como coercitiva, ele naturaliza tudo que ocorre.

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