Solidez. MAC
Trabalho Universitário: Solidez. MAC. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: karinoliveira • 5/5/2014 • 1.695 Palavras (7 Páginas) • 478 Visualizações
Introdução.
O presente trabalho foi elaborado com o objetivo de mostrar a solidez do MAC (Museu de Arte Contemporânea) que proporciona conforto, segurança, conhecimento e cultura aos visitantes do museu. Para tal, foram pesquisadas, técnicas, memórias de calculo e conhecimento na obra.
Para a elaboração do assunto, foi preciso conhecer e mergulhar na obra do Arquiteto Oscar Niemeyer. A necessidade desse trabalho foi mostrar o projeto de um arquiteto brilhante que utilizando materiais fortes e com sua estrutura totalmente bruta, abusou de excelência técnica para dar leveza e equilíbrio ao seu projeto.
O trabalho aborda as técnicas e estratégias que o arquiteto juntamente com o engenheiro Bruno Contarini (responsável pelo projeto de calculo estrutural do MAC) utilizou para dar inicio a construção do MAC, em aterro que ele próprio escolheu. Localizado como panorama a Baía de Guanabara, a praia de Icaraí e o relevo do Rio de Janeiro em uma área estreita cercada pelo mar, surgiram então à solução naturalmente, tendo como ponto de vista o apoio central e inevitável. Uma linha que nasce do chão e que sem interrupção cresce e se desdobra sensual ate a cobertura.
O projeto do MAC-Niterói revela a ousadia de um artista experiente, responsável por uma produção que apresenta uma leitura bastante pessoal dos preceitos da arquitetura racionalista de matriz corbusiana.
Para dar subsídios ao desenvolvimento do trabalho, foram estudadas importantes informações como as memórias de calculo: que mostra o comportamento estrutural das vigas; as fundações; os vidros que foram produzidos exclusivamente para o projeto; as curiosidades técnicas: material consumido na obra de concreto, a quantidade de operários e a base cilíndrica onde esta apoiada todo o prédio.
Por fim, foram pesquisadas imagens mostrando a obra, a construção, o interior do MAC, sua rampa de acesso e suas curvas, a elaboração da base cilíndrica e sua arquitetura.
“Como é fácil explicar este projeto! Lembro quando fui ver o local. O mar, as montanhas do Rio, uma paisagem magnífica que eu devia preservar. E subi com o edifício, adotando a forma circular que, a meu ver, o espaço requeria. O estudo estava pronto, e uma rampa levando os visitantes ao museu completou o meu projeto.” - Oscar Niemeyer.
ARQUITETURA MODERNA.
É o reflexo das grandes inovações técnicas que começam a surgir já no fim do século XIX. Com a revolução industrial passa-se a utilizar o ferro de maneira nunca antes vista nas construções. Materiais como o aço e o concreto armado dão aos arquitetos possibilidades inéditas de criação, o que faz com que este estilo se torne completamente diferente de tudo que se viu até então. São engenheiros os pioneiros na utilização das novas técnicas como nos arranha-céus de Chicago ou na famosa Torre Eiffel de Paris.
. O que melhor caracteriza a arquitetura moderna é a utilização de formas simples, geométricas, e desprovida de ornamentação, valoriza-se o emprego dos materiais em sua essência como o concreto aparente, em detrimento do reboco e da pintura. As diferenciações apresentadas nessa arquitetura variam quase de arquiteto para arquiteto, podendo-se notar semelhanças regionais, como é o caso de Frank Lloyd Wright (1867-1959), Walter Gropius, Le Corbusier (1887-1965), Oscar Niemeyer (1907-), Ludwig Mies van der Rohe (1886-1969), Alvar Aalto (1898-1976), que apresentam características claramente distintas e próprias.
A FORMA E SOLIDEZ PRESENTE NO PROJETO DE OSCAR NIEMEYER, O MUSEU DE ARTE CONTEPORANEA DE NITERÓI (MAC).
Solidez nada mais é do que a qualidade daquilo que é sólido, firme, resistente: a solidez de uma construção. Que transmite segurança e firmeza.
O Museu de Arte Contemporânea de Niterói, uma obra onde a técnica moderna dá expressivo suporte à arte.
A arquitetura de Oscar Niemeyer, ao definir-se essencialmente como um grande corpo branco suspenso do terreno, e ocupado principalmente por um grande salão sem pilares, exigia o cálculo de uma estrutura especial, que merece a descrição de seus aspectos mais relevantes.
O grande salão central, com 462m2, completamente livre de pilares e contornado no alto por um amplo espaço destinado a mostras menores, conhecido como mezanino, levou-nos à execução de quadros, com grandes vigas pro tendidas e radiais, sob o teto do Museu. Apoiam-se tais vigas em seis pilares com 50cm de diâmetro.
Os quadros de vigas e pilares formam assim uma espécie de mesa, apoiada por sua vez sobre a estrutura do primeiro pavimento (Administração e setores técnicos). As vigas em que está pendurado o mezanino foram construídas em concreto pro tendido e avançam em balanços de 11m sob o forro do mezanino, integrando-se hoje à articulação plástica daquele espaço museológico.
O peso dessa superestrutura, transmitido pelos pilares ou prismas da mencionada mesa ao primeiro pavimento, é sustentado por um conjunto de vigas radiais realizado em concreto pro tendido; do apoio rígido sobre o pilar central, essas vigas se projetam em balanços de aproximadamente 10m até a periferia circular do bojo externo do Museu.
O comportamento estrutural das vigas exigiu que a armação negativa, na parte superior delas, passasse de um lado ao outro do apoio central, de forma a equilibrar todo o arcabouço até agora descrito. De fato, o apoio central cilíndrico é oco, para permitir o transporte vertical, por elevador ou placa elevatória, de peças abrigadas no subsolo; por isso, os cabos superiores da armação, forçados a desviar-se do poço, formaram uma estrela com a armação principal das vigas em balanço.
É assim que o apoio central recebe e absorve, transmitindo-o ao terreno, todo o peso da edificação em pleno funcionamento.
Quanto às fundações, e uma vez que é cavernoso o terreno do promontório de onde o Museu de Niemeyer parece voar para a paisagem, construiu-se sapata com 16m de diâmetro e 5m de altura.
O solo local é resistente. Ressalte-se que a carga total da construção, mesmo considerando o uso do Museu e o efeito dos ventos, é inferior ao peso da terra que foi retirada para a obra; a estabilidade vem do fato de que não se está acrescentando carga suplementar ao solo.
O museu está localizado no Mirante da Boa Viagem, sobre uma praça com 2.500 m². Estando dentro ou fora deste inusitado edifício, é oferecida ao visitante uma vista panorâmica
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