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Surdo

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Por:   •  30/8/2014  •  Seminário  •  828 Palavras (4 Páginas)  •  171 Visualizações

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Sejam bem vindos à disciplina de Língua Brasileira de Sinais II.

A partir de agora, vamos dar continuidade aos estudos em Libras, aprofundando os

conhecimentos com novos conteúdos que irão complementar aqueles estudados anteriormente.

Os temas escolhidos são muitos interessantes e instigantes e irão fazer com que você queira

desvendar cada mistério do mundo dos surdos. Sabemos que você vai explorar cada assunto e,

assim, tornar-se um profissional muito mais qualificado e habilitado quando do término deste

curso, aproveitando para aplicar cada aprendizado em sala de aula com alunos surdos e ouvintes.

Mais uma vez, contamos com sua disponibilidade e interesse para aventurar-se nessa

viagem fantástica que continua agora...

Para melhor organizar o conteúdo programático, a disciplina está estruturada em 4

capítulos que serão estudados ao longo de 60h/aulas. Veja como ficou a organização

programática, o processo metodológico e avaliativo:

LETRAS LIBRAS|12

1 – Conteúdo programático

UNIDADE I – LIBRAS, QUE LÍNGUA É ESSA?

Carga horária: 10h/a

Objetivos: Iniciar os primeiros passos no estudo da Língua Brasileira de Sinais, desmistificando

fatos e ampliando a visão para novos conhecimentos.

Conteúdo programático:

1.1 – Desmistificando a Língua Brasileira de Sinais.

1.2 – Nomenclaturas utilizadas na área da surdez.

1.3 - O alfabeto manual x datilologia

1.4 - Nome e sinal pessoal

1.5 – As saudações e os cumprimentos.

Metas:

· Desmistificar fatos equivocados sobre a Libras.

· Utilizar adequadamente a nomenclatura para a área de surdez.

· Diferenciar alfabeto manual da datilologia.

· Saber dizer seu nome e sinal pessoal em Libras, cumprimentando e saudando as pessoas.

UNIDADE II - ESTRUTURA GRAMATICAL DA LIBRAS 1

Carga horária: 15h/a

Objetivos: Compreender a estrutura gramatical da Libras.

Conteúdo programático:

2.1 – O processo de formação dos sinais

2.2 – Os pronomes

2.3 – Os advérbios

2.4 – Expressões interrogativas

2.5 – Numerais

LETRAS LIBRAS|13

Metas:

· Conhecer o processo de formação dos sinais em Libras.

· Utilizar corretamente os pronomes, advérbios e expressões interrogativas.

· Conhecer os numerais em Libras nos seus diversos usos.

UNIDADE III – ESTRUTURA GRAMATICAL DA LIBRAS 2

Carga horária: 15h/a

Objetivos: Compreender a estrutura gramatical da Libras.

Conteúdo programático:

3.1 – Os adjetivos

3.2 – Os Comparativos

3.3 - A forma condicional SI (SE)

3.4 – MAIS e seus contextos

3.5 – Os tipos de verbos

Metas:

· Compreender os processos de formação dos adjetivos.

· Utilizar adequadamente a forma condicional “SI” e o “MAIS” em contextos diversos.

· Utilizar corretamente os comparativos da língua.

· Conhecer e, posteriormente, utilizar os tipos de verbos em Libras.

CAPÍTULO IV – ESTRUTURAÇÃO FRASAL

Carga horária: 20h/a

Objetivos: Analisar os aspectos relacionados ao estudo da sintaxe das línguas de sinais.

Conteúdo programático:

4.1 – Os tipos de frases

4.2 – As expressões faciais gramaticais e afetivas

4.3 – Sentenças negativas, afirmativas e interrogativas.

4.4 – Construções com aspectos: tópico e foco

LETRAS LIBRAS|14

4.5 - Estrutura da sentença em Libras: SVO como ordem básica, SOV, OSV e VOS como ordens

possíveis.

Metas:

· Compreender os diferentes tipos de frases em contextos diversos.

· Diferenciar expressões faciais afetivas de expressões faciais gramaticais.

· Analisar as combinações dos sinais para a formação de estruturas mais complexas.

· Identificar a ordem básica da sentença, bem como as demais ordenações possíveis das

sentenças na língua brasileira de sinais.

2 – Metodologia

Em cada uma das unidades serão adotados os seguintes procedimentos: exposição de

conteúdos, levantamento de pontos para reflexão e discussão, apresentação de vários exemplos

para ilustrar os conteúdos, apresentação de texto para leitura obrigatória e roteiro de análise.

Esse encaminhamento metodológico será feito através da filmagem das unidades contidas

no material impresso (texto-base da disciplina).

As atividades individuais devem ser realizadas por todos os alunos, conforme as unidades

vão sendo trabalhadas e postadas posteriormente no ambiente virtual.

3 – Avaliação

A avaliação será realizada por meio das atividades realizadas no ambiente virtual (moodle)

e provas presenciais.

Abraços fraternos a todos e bons estudos!

Profº. Bernardo Luís Torres Klimsa

Profª. Severina Batista de Farias Klimsa

Professores autores

LETRAS LIBRAS|15

UNIDADE I

LIBRAS, QUE LÍNGUA É ESSA?

Desmistificando a Língua Brasileira de Sinais

Diversos autores, através de suas pesquisas na área, vêm mostrando claramente que as

Línguas de Sinais podem ser comparadas em termos de complexidade e expressividade a

quaisquer línguas orais, mesmo se pertence a uma modalidade diferente, são visual-espaciais, ou

seja, são estabelecidas pelo canal visual (visão) e utilizam o espaço para estabelecer a

comunicação entre os seus interlocutores.

As pessoas usuárias da Libras, sejam surdas ou ouvintes, podem estabelecer discussões

sobre diferentes temas como: filosofia, política, esportes, literatura e da mesma forma, utilizá-la

com função estética para recitar poesias, fazer teatro, historias, humor entre outras. A diferença

da modalidade das línguas de sinais determina o uso de mecanismos sintáticos específicos

diferentes dos utilizados nas línguas oral-auditivas, por exemplo, na língua portuguesa.

Uma dos mitos mais famosos com relação às línguas de sinais é a de que são Universais,

visto que a universalidade ancora-se na ideia de ser esta língua um código que os surdos utilizam

para se comunicar e, muitas vezes transmitir fatos da língua portuguesa, podendo até comunicarse

em qualquer lugar do mundo. Esse mito não é verídico, visto que do mesmo modo que as

pessoas falam diferentes línguas orais no mundo, também as pessoas surdas em qualquer parte

do mundo falam diferentes línguas de sinais.

O surgimento de uma língua em determinada comunidade envolve aspectos culturais e de

interesses comuns, por isso os surdos brasileiros não podem falar, por exemplo, ASL – língua de

sinais americana, nossa cultura e interesses nos diferenciam. Mesmo o Brasil e Portugal que

possuem a mesma língua oficial oral, no caso dos surdos nascidos

...

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