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Surgimento de novas tecnologias móveis

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Por:   •  7/5/2014  •  Artigo  •  1.181 Palavras (5 Páginas)  •  301 Visualizações

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Na prática, estamos vendo o surgimento de novas tecnologias móveis como tablets e smartphones em um mundo cada vez mais conectado. Gradualmente o mundo centralizado no PC, que durante 30 anos foi o ponto central da computação pessoal, está migrando para a computação em nuvem, onde o PC é um dos participantes. Não desaparece, mas perde sua relevância. Assim, nossos documentos, nossas fotos, nossa vida pessoal deixa de ser armazenada em discos rígidos dentro do PC ou laptop e passa a ficar dentro das nuvens. Os aplicativos também começam a migrar do demorado e monótono processo de instalá-los dentro de cada computador para ficarem disponiveis 24 horas em alguma nuvem, localizada não sabemos onde.

Claro que as mudanças de conceitos e mindsets não são instantâneas. O próprio PC passou por momentos dificeis para sua aceitação. Uma pequena recordação histórica cabe aqui. Computadores pessoas já existiam antes do PC, como o TRS-80 da RadioShack e o Apple II. Já existia a planilha Visicalc. Mas eram vistos como brinquedos. A computação pessoal só foi considerada séria quando a IBM, então no clímax do seu poder no mundo corporativo, lançou o PC e criou toda uma indústria. Surgiram centenas de desenvolvedores de software como Lotus, Ashton-Tate, Microsoft e fabricantes de clones como Compaq e Dell.

Com os PCs, a computação mudou radicalmente. Passou de ferramenta disponivel apenas para especialistas à ferramenta para ser usada por qualquer um, em suas casas. Pequenas empresas passaram a ter condições de fazer planejamentos financeiros e administrar seus negócios com mais eficiência.

Cerca de dez anos depois do lançamento do PC a computação pessoal estava inserida no dia a dia de milhões e milhões de pessoas, transformando a vida delas de forma tão profunda quanto a provocada décadas antes pelos telefones e televisores.

Este processo não ocorreu de uma dia para o outro e no início enfrentou muitas críticas. Lembro de muitas discussões quando implementando os primeiros PCs em empresas, quando muitos dos seus gestores de TI, encastelados nos então CPDs (lembram?) os chamavam jocosamente de eletrodomésticos…

O mundo que podemos chamar pós-PC ou mesmo o mundo neoPC (lembrando que PC passa a ser Personal Cloud) é um novo estilo de usarmos computadores. Deixamos de ser dependentes de um único aparelho, o onipresente Personal Computer, para ter acesso aos nossos documentos, fotos e aplicativos a partir de qualquer dispositivo, em qualquer lugar.

É uma viagem sem retorno. Os usuários estão cada vez mais acostumados com as facilidades proporcionadas pela mobilidade e as interfaces touchscreen. A próxima geração digital talvez nem saiba mais usar um mouse e muito menos conseguirá imaginar porque era necessário copiar um arquivo para um pendrive para levá-lo a outra máquina. Smartphones não usam pendrives!

Os computadores móveis, como tablets e smartphones, estão cada vez mais intuitivos e não demandam especialistas para instalá-los e configurá-los. Alguém conhece no mercado um curso de Facebook ou iPhone? Os próprios usuários entram nas App Stores e escolhem, eles mesmos, os aplicativos que querem e trocam idéias e sugestões entre si por meio das mídias sociais. São independentes.

Claro que temos aí um desafio para o setor de TI do mundo corporativo. Os funcionários de uma empresa têm, pessoalmente, acesso a computadores (tablets e smartphones) e aplicativos que querem usar nas empresas e muitas vezes não podem. O CEO e o estagiário têm nas mãos o mesmo smartphone. Não há mais distinções entre quem tem tecnologia e quem não tem. Não é mais uma questão de hierarquia, mas de hábito de uso.

Este mundo do Personal Cloud provoca uma profunda mudança no que deverá ser a TI de uma empresa. Vamos debater alguns exemplos. Primeiro, as velhas ideias de processos de homologação, nos quais se selecionavam os dispositivos que a empresa iria suportar, já não estão mais adequadas à velocidade com que os aparelhos surgem no mercado. Estes processos precisam ser revistos e modernizados. Em poucos meses, o mercado de smartphones e tablets muda significativamente.

Segundo, os usuários hoje escolhem para seus smartphones e tablets os aplicativos que querem, com interfaces intuitivas. Por outro lado, nas empresas, eles têm que lidar com muitas barreiras para acessar sistemas internos e precisam de cursos de treinamento de vários dias para poder usá-los.

Talvez TI tenha que repensar sua arquitetura. Claro que continuarão existindo sistemas

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