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Sustentabilidade Na Engenharia

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Por:   •  6/3/2015  •  1.736 Palavras (7 Páginas)  •  396 Visualizações

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Sustentabilidade na engenharia e a importância da coleta seletiva

Quando falamos em engenharia, logo pensamos em inovação tecnológica. Inovação Tecnológica é elemento gerador de mudanças. Isto representa esperança, novidade, desafio para alguns poucos e medo, risco, insegurança, perigo e instabilidade para a maioria, principalmente, aos conservadores.

De mãos dadas, inovações contribuem as mudanças no ambiente circundante, na maioria dos casos de forma negativa, principalmente se analisamos os pontos críticos da atualidade, que miram a uma preservação do ambiente natural, expressas em termos de “sustentabilidade”.

“A sustentabilidade socioambiental ocorre quando ações sistêmicas são capazes de transformar modelos tecno-econômicos cartesianos em resoluções que promovam real qualidade de vida as atuais e futuras gerações, respeitando nossas diversidades culturais e potencializando nossas características regionais.

Ambiente saudável é um direito de todos, assim como o acesso a renda, saúde, habitação, educação e lazer” (CASAGRANDE, 2001).

Em várias partes do mundo vem crescendo o uso do conceito elaborado por acadêmicos canadenses conhecido como “pegada ecológica” (ecological footprint) que avalia a capacidade ecológica necessária para sustentar o consumo de produtos e estilos de vida. Calcula-se uma pegada ecológica somando fluxos de material e energia requeridos para sustentar qualquer economia ou segmento da economia. Tais fluxos são então convertidos em medidas padrão da produção que se exige das regiões de terra e água. Pegada é a superfície total da terra necessária para sustentar determinada atividade ou um produto.

Assim nasce a necessidade de um novo modelo de sustentabilidade a ser adotado em todos os ramos da engenharia: “um desenvolvimento sustentável”.

A definição oficial de “Desenvolvimento Sustentável”, apresentado pela Comissão Brundtlandcomo “um desenvolvimento que responda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade de resposta das gerações futuras às suas necessidades” (OUR COMMOM FUTURE, 1987), acaba sofrendo críticas quando a Comissão definiu pobreza e deterioração ambiental como um círculo vicioso no qual cada termo é causa e efeito do outro e não como consequência de um processo histórico de produção altamente concentrador e econômica. Os processos de eficiência que podem economizar energia e recursos, diminuir poluição, aumentar produtividade com distribuição equitativa de renda e evitar desperdício de capital, passam pela Educação e

Inovação Tecnológica norteadas pela conservação ambiental. Mudanças em design de produto, a aplicação da tecnologia da informação em controle e medição, a utilização de novos materiais de baixo impacto ambiental, o aproveitamento de materiais reciclados, a agregação de valor a resíduos (emissão zero), o uso de substâncias de base natural e capacitação de trabalhadores conscientes do processo em que estão inseridos, são a plataforma de um desenvolvimento tecnológico ambientalmente saudável que podem diminuir nossa “pegada ecológica”.

A política da sustentabilidade, seja através de implantação metodologias eco inteligentes, da educação ecológica, de incentivos fiscais para produção “verde” e legislação ambiental rigorosa, incentiva a inovação tecnológica e abre novos mercados.

Não há dúvidas que as oportunidades de desenvolver novas tecnologias são grandes em um país que necessita de soluções tecnológicas apropriadas para resolver seus problemas de tratamento de lixo adequado e saneamento básico, inexistentes em mais de 70% de seus municípios, sem contar a necessidade de desenvolvermos novas fontes de energia, que sejam ao mesmo tempo eficientes, menos agressivas ao meio ambiente e renováveis. No Brasil, ainda se faz pouco a favor do potencial da biotecnologia. Maiores incentivos a pesquisas científicas podem transformar elementos da nossa rica biodiversidade em produtos de mercado, em áreas como de medicamentos, alimentos, cosméticos, fertilizantes, pesticidas naturais e solventes.

Questões como estas devem ser revistas dento do nosso modelo de ensino excessivamente cartesiano e passam por capacitação de professores, revisão de grades curriculares e do conteúdo de ementas das disciplinas. É importante que se possa induzir estudantes a questionamentos e a uma visão crítica do seu papel na sociedade como futuro profissional atuante no mercado de trabalho. Sem a inserção da discussão ambiental nos currículos tradicionais de uma forma efetiva, isto é, inserida em todas as disciplinas de forma transversal, as instituições ainda formam profissionais incapacitados para lidar com os problemas socioambientais. Educadores precisam se conscientizar de que o mundo não é mais o mesmo de 30 anos atrás e os futuros engenheiros necessitam de conhecimento dos “efeitos colaterais” de suas atividades profissionais, quando estes não incorporam medidas que diminuam os impactos negativos de seus projetos.

Uma da área que hoje requer maior atenção é da construção civil. A indústria da construção constitui um dos maiores e mais ativos sectoresno Brasil e principalmente na Europa, consumindo mais matérias-primas do que qualquer outra atividade económica. Da mesma forma, consome elevadas quantidades de energia e os resíduos de construção e demolição representam a grande maioria dos resíduos produzidos em toda a Europa, sendo que grande parte tem a vantagem de poder ser reciclada.

O objetivo é fabricar materiais produzidos a partir de resíduos, com elevado nível de reciclagem, mais duráveis, que incorporem menos energia ou que sejam escolhidos mediante uma análise do seu ciclo de vida, constituem soluções inequívocas de contributos para uma construção sustentável.

Para apoiar a política de reciclagem conhecemos uma técnica muito vantajosa: A desconstrução ou demolição seletiva de um edifício. É um processo que se caracteriza pelo seu desmantelamento cuidadoso, de modo a possibilitar a recuperação de materiais e componentes da construção, promovendo a sua reutilização e reciclagem. Este conceito surgiu em virtude do rápido crescimento da demolição de edifícios e da evolução das preocupações ambientais da população. A desconstrução abre caminho à valorização e reutilização de elementos e materiais de construção que de outra forma seriam tratados como resíduos sem qualquer valor, e removidos para locais de depósito por vezes não autorizados para esse fim.

Continuando a falar da área civil, nesse caso habitacional humana, os programas referentes à coleta e tratamento

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