TEMPOS MODERNOS (Filme De Charlie Chaplin) Administração Científica X Teoria Das Relações Humanas
Trabalho Universitário: TEMPOS MODERNOS (Filme De Charlie Chaplin) Administração Científica X Teoria Das Relações Humanas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marirsc • 18/11/2013 • 403 Palavras (2 Páginas) • 5.905 Visualizações
TEMPOS MODERNOS
O filme clássico “Tempos Modernos”, de Charlie Chaplin, retrata perfeitamente a oposição de ideias entre a teoria das Relações Humanas, criada por Elton Mayo, e a Administração Científica de Taylor.
Nas cenas do filme são apresentados com humor crítico elementos da administração científica, como a divisão de trabalho, a especialização dos operários e a padronização. Observam-se as consequências desses ideais no comportamento dos trabalhadores, insatisfeitos, e nas inúmeras greves que marcaram o período ilustrado no filme.
O personagem principal é operário de uma fábrica, na qual são perceptíveis as extensas jornadas de trabalho e a falta de incentivos para os trabalhadores. Os funcionários são contratados e especializados para a execução de uma única tarefa, simples e repetitiva, obedecendo a ordens sem poder analisar seu trabalho ou, ao menos, saber o produto final confeccionado.
O dono da empresa busca otimizar e aumentar sua produção com a implantação de uma máquina alimentadora para os operários, que permite aos mesmos a execução ininterrupta de suas atividades mesmo durante as refeições. Mais uma vez percebe-se a desvalorização da opinião do funcionário, no qual é realizado um teste com a máquina e o mesmo é tratado como parte do maquinário da fábrica.
A teoria humanística aborda o trabalho em grupo e a comunicação como fatores essenciais para um bom desempenho na produção, o que pode ser evidenciado no filme. Em uma das cenas, os operários discutem durante o trabalho, o que atrasa a produção, já que suas funções eram dependentes e cada um só sabia executar a sua. O dono da empresa, por sua vez, só se comunicava através de vídeo com apenas um funcionário, não aparecia na fábrica para observar as condições de trabalho impostas e queria sempre aumentar o ritmo da produção.
Devido às condições de trabalho, o personagem de Charlie Chaplin apresenta distúrbios físicos e emocionais, sendo afastado do emprego. Segundo a teoria das relações humanas, as reações emocionais e desorganização comportamental são atribuídas à frustração do trabalhador no emprego.
As consequências de um trabalho automático, que inibia seu raciocínio lógico, e a falta de qualificações, dificultaram o personagem a obter um novo emprego. Com tentativas falhas e falta de opções, ele chega a preferir a segurança e comodidade da prisão.
Deve-se destacar que a melhor analogia do filme às criticas à administração cientifica de Taylor está no trecho em que Charlie Chaplin é engolido pela máquina da fábrica, associando o papel do operário à meras peças na máquina da empresa.
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