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TINTAS E VERNIZES

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Por:   •  27/8/2013  •  7.073 Palavras (29 Páginas)  •  1.541 Visualizações

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

SENAI – PALHOÇA/SC

CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

UELLINGTON A. B. DOMINGOS

TINTAS E VERNIZES

MARÇO 2013

UELLINGTON A. B. DOMINGOS

TINTAS E VERNIZES

O presente relatório apresentado ao Curso Técnico de Edificações do SENAI/Palhoça e tem como objetivo, mostrar os tipos de tintas e vernizes, sua composição química, história, propriedades e meios de fabricação.

Trabalho orientado pelo prof.: José Junior.

MARÇO 2013

RESUMO

Para protegermos e embelezamos casas e edifícios, carros, eletrodomésticos, além de uma variedade imensa de produtos industriais. Sob o binômio custo-benefício, as tintas constituem provavelmente o produto industrial mais efetivo no nosso mundo. Por exemplo, uma tinta com espessura de 75 µ m representa somente 0,8% do valor total de um carro médio e ainda assim o protege da corrosão, provê cor e aspecto ‘glamuroso’. Uma tinta com espessura de um décimo de um fio de cabelo humano protege a lata contra corrosão e mantém a beleza. Isso tudo a custo não superior a 0,4% do custo total de venda ao consumidor da lata com seu conteúdo. (1)

É difícil estabelecer uma data para o surgimento da tinta. O homem não estava procurando criar ou inventar algo que embelezasse ou protegesse sua casa quando a tinta surgiu, mesmo porque, naquela época, ele ainda morava em cavernas. Graças à incessante necessidade do homem expressar os seus pensamentos, emoções e a cultura de seu povo que ela foi descoberta. Primeiramente, as tintas tiveram um papel puramente estético. Somente mais tarde, quando introduzidas em países do norte da América e da Europa, onde as condições climáticas eram mais severas, o aspecto "proteção" ganharia maior importância. Já os fenômenos físico-químicos relacionados às tintas podem transformar o texto proposto em algo maçante e de difícil interpretação. Um dos motivos é o elevado número de matérias-primas que conferem as características desejadas ao produto final.

Entretanto, a tecnologia de tintas e vernizes tem sido altamente subestimada em todos os sentidos; a grande maioria das pessoas que não esteja de alguma forma relacionada com tintas e correlatos, seguramente não se dá conta de que esta tecnologia envolve muitas ciências como: química orgânica e inorgânica, química dos polímeros, eletroquímica, química de superfícies, físico-química, química dos colóides, etc. (2)

1. INTRODUÇÃO

A tinta é formada de pigmentos sólidos suspensos num veículo que, quando aplicada sobre uma superfície, forma um filme que oferece beleza, proteção, higiene entre outras características específicas. No decorrer da evolução, as tintas têm sido empregadas nas mais diversas ocasiões. A humanidade, em suas diferentes etnias, usou tintas para registrar a história, expressar espiritualidade ou produzir arte, dentre outros fins. Exemplares diversos destas manifestações são encontrados em toda parte do mundo: pinturas rupestres, tatuagens, escrita, arte, ornamentação e estética. O histórico a seguir foi baseado em Fazenda, 2005. Existem registros da utilização de óxidos de ferro naturais ou ocres vermelho em desenhos monocromáticos que datam de antes da última era glacial. Obviamente frágeis estes desenhos só conseguiram chegar aos dias de hoje por se encontrarem em condições favoráveis como em cavernas. No período de 8000 a 5800 a.C, os egípcios desenvolveram uma grande variedade de pigmentos a partir do solo natural. Utilizavam tintas para pintar e decorar as paredes, os sarcófagos. Os primeiro pigmento sintético foi desenvolvido neste período. O que hoje, é conhecido como azul do aex foi preparado segundo metodologia criada pelo arquiteto e engenheiro romano Vitruvius. Composto por óxido de cálcio, alumina, sílica, resíduos de soda e óxidos de cobre, sintetizado pela calcinação de uma mistura de areia, soda e cobre. Neste período não há indícios do uso de vernizes, exceto um material à base de betume.

No oriente, os persas utilizavam goma arábica como ligante e os chineses uma cola fraca com o mesmo propósito. Os japoneses também usavam uma série de pigmentos que consistia desde pó de ouro a plantas da região, elaborando cores que seriam usadas em pinturas sobre porcelanas.

O carvão vegetal era utilizado pelos índios americanos como pigmento preto para canoas, enquanto outro tipo de carvão era utilizado em pinturas faciais. Os maias, na América Central, possuíam pinceis feitos de plumagem e às pinturas eram adicionados ovos de faisão, que proporcionavam excelente durabilidade. Foi na Europa medieval onde iniciou o uso de óleos em vernizes. Nesta mesma época foi descrita a preparação de um verniz resinoso a base de óleo de linhaça. Durante o renascimento os artistas fabricavam suas tintas e detinham técnicas de manipulação de óleos e vernizes, além de materiais com propriedades secativas. Somente a partir da revolução industrial a produção de pigmentos, tintas e vernizes foi descrita tecnicamente nos formatos como hoje são conhecidas, ganhando maior difusão popular. Assim, durante o século XX a evolução do conhecimento acerca dos pigmentos, tintas e vernizes foram ininterruptos, chegando aos dias atuais à utilização de tintas a base de água.

As tintas utilizadas hoje em dia são constituídas basicamente de resina, pigmento e carga, solventes e aditivos. As características do acabamento (pintura) desejado irão depender intimamente das propriedades físico-químicas de cada um destes componentes.(3)

RESUMO

Para protegermos e embelezamos casas e edifícios, carros, eletrodomésticos, além de uma variedade imensa de produtos industriais. Sob o binômio custo-benefício, as tintas constituem provavelmente o produto industrial

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