TORNO MECÂNICO
Dissertações: TORNO MECÂNICO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: emanoelesilva • 14/9/2014 • 2.218 Palavras (9 Páginas) • 387 Visualizações
TORNO MECÂNICO
Dados históricos
Parece que os antigos egípicios faziam uso de tornos para o fabrico dos vasos. Os hindus e os persas empregavam tornos muito primitivos para a elaboração de colunas de madeira; o sistema era formado por dois paus curtos que eram fixados na terrae tinham a função de sustentar os pinos de rotação do eixo, disposto horizontalmente, a pequena distância do terreno. O movimento do eixo era dado por uma corda enrolada no próprio eixo: os dois extremos da corda eram seguros pelo “escravo” agregado ao funcionamento de rotação do eixo. Estes, puxando alternativamente as duas pontas da corda, imprimiam um rudimentar movimento rotatório ao eixo.
O sistema era em seguida completado mediante uma travezinha que, disposta paralelamente ao eixo que estava sendo trabalhado e unida à extremidade com cordas, ou fixada com estacas, formava o espaço para as ferramentas de trabalho.
Noutros tornos, sempre primitivos, coloca-se em seguida a peça a ser trabalhada a uma certa altura do solo, sustendo-se com estacas aplicadas a um rústico banco. Com esses tornos de tipo “elevado” conseguiram-se resultados naturalmente melhores, porém somente quando a mente do homem conseguiu explorar a força motriz da água e, a seguir, a do vapor, realizando um movimento rotatório contínuo, teve início a própria e verdadeira era dos tornos e das máquinas-ferramentas.
Em seguida, contruiram-se tornos cada vez mais aperfeiçoados nas suas partes, graças justamente à indústria metalúrgica em geral, e à siderúrgica em particular, as quais tornaram possível alcançar um relativo grau de perfeição, mediante a construção das várias partesde órgãos metálicos.
Somente pela metade do século passado se começaram a construir na Alemanha (pátria dos tornos e das fresas) tornos com dispositivos mecânicos, em particular o carro de torno mecânico.
Atualmente com o aumento das exigências de mercado e da concorrência para a produção em série, já se deixaram de lado “os velhos” e tradicionais tornos, substituindo-os, mesmo com sacrifício, por tornos “a revólver” e automáticos.
O torno
É uma das máquinas-ferramentas mais importante pela multiplicidade de trabalhos que pode executar, com uma adaptação prévia de aparelhagem.
No campo específico do seu trabalho, podem-se obter superfícies de andamento curvilíneo, helicoidais, cônicas, e de qualquer perfil (isso com tornos predispostos a copiar um dado modelo e metido numa parte adequada do torno. O andamento do trabalho, com esse sistema, é fácil e quase automático).
O torno paralelo – o tipo de máquina que nós estudaremos, enquanto mais complicado e de maior precisão em relação a outros de igual categoria, e enquanto um bom torneiro sobre o torno paralelo pode trabalhar em qualquer outro torno – comunica à peça o movimento de trabalho em sentido rotatório alternado, e sempre no sentido axial, e um movimento de alimentação ou de avanço à ferramenta que executa o torneamento da peça.
Na prática acontece o seguinte: uma ferramenta, fixa num suporte, e com o gume dirigido em direção ao movimento, é transportada numa direção, com velocidade constante e uniforme. Ao mesmo tempo uma peça a tornear se faz girar em sentido anti-horário, com determinada velocidade, cuidadosamente predisposta segundo a dureza do material de que é feita: da máxima para o alumínio e da mínima para o ferro fundido.
Num certo ponto o gume da ferramenta encontra a peça em elaboração, por exemplo, um cilindro de aço: começa a primeira “passagem”, e “retira” a primeira apara. Prosseguindo no trabalho, isto é, no movimento de rotação transmitido ao cilindro de aço e de translação à ferramenta, a cada “passagem” diminui, por extração de aparas, a mesma peça até o final da operação, até alcançar uma determinada medida.
O torno é formado por diversas partes postas juntas por muitos órgãos de ligação. No torno de produção moderna quase todos os orgãos em movimento não estão “à vista”, mas são envoltos ou protegidos por caixas, para preservar o operador de acidentes, segundo as normas contra acidentes e para dar à maquina um perfil estético-funcional.
É óbvio, portanto, que para conhecer pelo menos as partes principais, estas se enumerem com a sua exata nomenclatura mesmo porque o progenitor da nova máquina, isto é, o torno velho, era formado dos mesmos elementos, menos adequados, menos no alcance da mão, mais embaraçantes. E mesmo porque a máquina velha é usada até a usura e não é raro que a primeira aprendizagem tenha surgido exatamente de um torno muito velho.
O torno modelo é composto de:
1. Uma bancada
2. Um trilho de barramento
3. Um cabeçote fixo
4. Um carro longitudinal
5. Um carro
6. Um parafuso sem-fim
7. Um varão
8. Uma base
9. Engrenagens
10. Várias peças de comando.
Trabalhos no torno
O aprendiz que pela primeira vez se acerca do torno, ou o trabalhador que está trabalhando num torno que nunca usou, deve ter o cuidado de executar, antes de tudo, algumas verificações na máquina.
Estes controles têm por finalidade revelar os principais defeitos e corrigi-los da melhor forma ou atenuá-los.
As verificações indicadas abaixo devem ser seguidas periodicamente, especialmente depois de um trabalho difícil. São consideradas manutenções preventivas.
Verificações nos comandos
Antes de tudo aconselha-se por em movimento a máquina a vácuo, isto é, sem obrigação de torneamento. Com a máquina em movimento, ou seja, com o mandril rodante em sentido da esquerda para direita, desloque-se o carro manual quase totalmente para a direita, isto é, em direção a extremidade oposta ao cabeçote. Observe-se que o varão e a rosca sem-fim tenham o sentido da direita para a esquerda. O deslocamento do carro transversal deve chegar a cerca de 20cm do final das guias da bancada. O movimento do varão e da rosca sem-fim observado (sinistrogiro) é o movimento genericamente adotado pelas casas construtoras. Se esse movimento fosse contrário ao que acima foi descrito,
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