TRABALHO DE INTOLERÂNCIA A LACTOSE
Por: Joao Paulo Antunes Santos • 8/3/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.555 Palavras (7 Páginas) • 630 Visualizações
TRABALHO DE INTOLERÂNCIA A LACTOSE
1- Introdução
A lactose é um tipo de glicídio que tem ligação glicosídica. É o principal carboidrato do leite e de produtos lacteos, que está presente no leite de mamíferos. É o açúcar que existe no leite e seus derivados. Para entender a intolerância a Lactose, precisamos saber o que é lactose. Lactose é um dissacarídeo formado por 02 monossacarídeos, que são a glicose e a galactose. A lactose é hidrolisada (quebrada) pela ação da lactase, que é uma enzina.
A Intolerância a Lactose então, é a falta desta enzina ou não se tem a quantidade suficiente no organismo, por isso não é considerada uma doença e sim uma deficiência do organismo, que pode ser controlada com certa facilidade.
A Intolerância à Lactose é diferente da alergia ao leite, que é a resposta do sistema imunológico a algum componente do alimento, por exemplo, a reação à proteína do leite, a caseína. Seus sintomas mais comuns são do trato intestinal, pele e respiratório.
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- Definição
A intolerância à lactose ou hipolactasia é a incapacidade de digerir a lactose (açúcar do leite) devido à ausência ou quantidade insuficiente de enzimas digestivas, lactase. Sem a lactase presente no organismo, o açúcar do leite passa pelo estomago sem ser digerido, encontrando bactérias no intestino. Essas bactérias causam o incomodo às pessoas que são intolerantes ao leite e seus derivados.
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2- Epidemiologia:
A intolerancia à Lactose do adulto varia no mundo. No nordeste da Europa, perto do Mar do Norte, tem o menor índice, sendo a Dinamarca destaque com algo em torno de 4%. E em contra partida, na Ásia e Oriente Médio chega próximo dos 100%. No Japão, por exemplo, 90 % da população tem a Intolerância a Lactose. Estudos epidemiológicos nos mostram que as populações mundiais que dependiam mais da pecuária e eram grandes consumidores de leite e laticínios tinham menos intolerância à lactose em relação àqueles dependiam mais da agricultura. Observa-se nos quadros a seguir:
Quadro 1
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Quadro 2
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No Brasil a porcentagem varia de bibliografia para bibliografia, algumas falam de 40% da população tem Intolerância a Lactose, em outras falam até em 70%.
O Senado brasileiro por meio de um projeto de lei, do Senador Paulo Bauer, o “PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 260, DE 2013”, altera do Decreto-Lei nº 986, de 21 de Outubro de 1969, que institui normas básicas sobre alimentos, neste decreto fala que nos rótulos dos alimentos que contenham lactose deverão trazer a indicação do teor da substância, legível, como indica o regulamento, inclusive nas embalagens de leite.
- Causas:
Existem 3 principais causas para a Intolerância a Lactose. São elas as genéticas, as congênitas e doença secundária.
- Congênita: é muito rara, impedindo o aleitamento, e é necessário que se use fórmulas que substituam a alimentação do bebê. É herdada.
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- Genética ou primária: é a mais comum, atingindo a maioria dos adultos do mundo, sendo na África e no extremo oriente, a maior incidência. A produção de lactase diminue progressivamente entre os 2 anos e a idade adulta.
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- Doença Secundária: é bastante comum em crianças até 1 ano de idade, causada por lesão na mucosa do intestino delgado por algum tipo de infecção. Pode persistir a diarréia até que a cicatrização da lesão seja totalmento concluida.
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A Intolerância à Lactose também pode ser adquirida. Se uma criança para de tomar leite por muito tempo, o organismo entende que não é necessário produzir mais a lactase. E em bebês prematuros por serem incapazes de produzir lactase. A prevalencia da Intolerância à Lactose entre adultos é mais comum dos que em crianças.
- Outros:
* Estudos aleatórios em populações variadas o sexo não tem nehum efeito na prevalecência da Intolerância à Lactose, mas existem estudos (muito poucos) que fazem esse comparativo e dentre eles alguns mostram que as mulheres têm sintomas gastrointestinais mais fortes do que em homens. De 504 pacientes de um hospital, as mulheres mostraram sintomas gastrointestinias e náuseas, quando ingeriram leite, mais frequentemente que os homens. O mesmo resultado foi obtido em outro estudo.
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* O Dr. Guido Basilisco, pesquisador da Unidade de Gastroenterologia do IRCCS-Ca, Granda em Milão (Fundação para estudos de várias doenças), em seus estudos relataa que pessoas que acreditam ser intolerantes à lactose, na verdade podem sofrer da condição psicológica conhecida como “transtornos somatoformes”, que são um conjunto de condições que um indivíduo tem, como dores e sintomas físicos, mas que estão relacionados a fatores psicológicos.
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* Exames:
Alguns exames podem ser feitos para o diagnóstico da Intolerância a Lactose, para que não se confunda, por exemplo, com a Síndrome do Intestino irritável, que podem ter os mesmos sintomas.
Esses exames são:
- Enteroscopia (exame do trato intestinal, especialmente do intestino delgado com um enteroscópio).
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- Teste do hidrogênio no ar expirado com lactose (medir o hidrogênio no ar expirado, através do sopro, antes e depois da ingestão da lactose, contida no leite).
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- Teste da Tolerância a Lactose (exame de sangue de glicemia; material coletado em jejum, após ingestão de lactose, 30 minutos e 1 hora após; confirma-se a Intolerância a Lactose com há aumento da glicemia).
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