TRABALHO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Por: Lorena Dornelas • 14/9/2020 • Trabalho acadêmico • 3.139 Palavras (13 Páginas) • 198 Visualizações
PROVA D2 - RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Nomes: Lorena Dornelas Ferreira / Patrick Junior Sampaio
RA: 115222727 / 11622109
Turma: EAM6AN-ESA
Data: 09/06/2020
INSTRUÇÕES - LEIA COM ATENÇÃO
Olá alunos e alunas! Aqui começa nossa Prova D2.
- Leiam atentamente as instruções e o Estudo de Caso.
- A PROVA SERÁ EM DUPLA E SOMENTE UM DOS COMPONENTES DEVERÁ POSTAR NO ULIFE.
- Não se esqueçam que é importante você escrever com suas próprias palavras as respostas, sem plágios de qualquer espécie. Fique atento ao que foi perguntado e se trouxer algum conceito é importante referenciar a fonte. A prova consta de 1 única questão, no valor de 20 pontos.
- Você terá até sábado, 13/06/20 para fazer a prova, salvar no formato PDF e postá-la em seu acesso no Ulife, na aba aulas, da disciplina. Não serão aceitas entregas em atraso.
ESTUDO DE CASO
Um estudo para efeitos de se propor um Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas foi realizado em uma propriedade particular na bacia hidrográfica do rio fictício de São Bento, na Serra Bonita, no município de Mirandé, norte do Estado do Rio de Janeiro. Esta bacia possui diversos sinais do alto estágio de degradação de suas terras, que pertencem ao nosso bioma Cerrado, com a presença de 50% de voçorocas em um universo de mais de 150 feições erosivas mapeadas.
Uma parte da área foi extensivamente usada pela agricultura, no cultivo de milho, que sabidamente exaure o solo. Isso ocorre em uma área de cerca de 10 hectares, com uso constante de agrotóxicos. Em uma outra área da propriedade, observa-se que em um passado não muito distante, ali se fazia a extração de areia do leito do rio, com supressão da vegetação de mata ciliar de uma das margens, em uma área com mais de 50 metros ao longo da margem, que tem uma declividade de cerca de 45 graus. Após análise laboratorial do solo, verificou-se que o solo exposto e agredido possui alta acidez e baixo nível de nitrogênio e de outros minerais importantes para a sua qualidade. Os problemas não acabaram.
Ainda existe uma imensa voçoroca, com cerca de mais de 20 metros de altura, com alta declividade, de cerca de 70 graus. Para agravar o problema, quando chove, a água desce por dentro da voçoroca e seria muito complicado e caro propor o desvio dessa
drenagem para fora dessa imensa erosão. Na parte mais baixa da propriedade, onde há criação de cerca de 100 cabeças de gado, existe uma importante nascente, que vem sendo degradada pela supressão da vegetação e pisoteio do gado.
Com base em todo o conteúdo visto e discutido ao longo desse semestre, e levando-se em consideração as informações fictícias dadas acima, peço que proponham intervenções mesclando o uso de bioengenharia e de técnicas naturais, que tenham como objetivo a recuperação dessa área degradada.
Peço ainda, que sejam o mais minuciosos possível na proposta desse plano, relatando com detalhes as intervenções propostas e justificando cada tomada de decisão de vocês.
Boa prova!
RESPOSTAS
De acordo com as análises realizadas no estudo de caso, será proposto algumas propostas de recuperação para as áreas em questão: A voçoroca de grande porte, a plantação de milho e a nascente. Serão divididos em tópicos os processos de recuperação para estas áreas degradadas.
- RECUPERAÇÃO DA ÁREA ONDE HAVIA UMA PLANTAÇÃO DE MILHO
De acordo com o estudado na matéria de RAD, o uso intensivo de agrotóxicos em plantações entre outras coisas agride em altas porcentagem a qualidade do solo o tornando infértil e fazendo com que ele perca todos os seus nutrientes e minerais presentes naquele local onde foi exposto a agrotóxicos. Hoje em dia já existem métodos de plantação e cultivos de hortaliças e leguminosas com fertilizantes 100% orgânicos trazendo ao solo vida e aumentando seus minerais e nutrientes presentes. Para a recuperação desta área uma das técnicas que a dupla acha relevante é:
Plantio por Sementes nativas do cerrado: pode ser utilizado quando há disponibilidade de sementes precocemente e em grande quantidade e quando existe algum impedimento ao plantio de mudas, tal como dificuldade de acesso e inexistência de viveiros. Este método pode ser usado tanto para a introdução de espécies pioneiras em áreas sem cobertura florestal, bem como para a introdução de espécies não pioneiras no enriquecimento de florestas secundárias. A dupla acha essa técnica relevante pelo fato que a variação de espécies herbáceas e arbóreas que no caso serão plantadas neste local, enriquecerá a sucessão ecológica nessa área e traz a biodiversidade de plantas que formarão núcleos introduzindo minerais e nutrientes ao solo degradado.
Outra técnica importante que a dupla acha que pode dar certo nesta área é:
- Restauração em Ilhas: opção que acima de tudo busca baratear o projeto de restauração do ambiente. Surgiu através de pesquisas em pequenos fragmentos ou até mesmo uma árvore isolada, capaz de exercer o papel de dispersor de sementes por meio de fauna dispersora, contribuindo com a aceleração na sucessão ao seu redor. Assim, através da implantação de “ilhas” de espécies vegetais, este ambiente pode ser recriado, possibilitando sua restauração. Este modelo pode ocorrer através do plantio de espécies pioneiras e não pioneiras em forma de ilhas, ou através do plantio de não pioneiras em ilhas e espécies pioneiras em área total. A diferença entre os dois métodos está no custo e no tempo de desenvolvimento. No caso do primeiro método, apresenta um custo mais reduzido e um processo mais lento, enquanto o contrário acontece com o segundo método.
- ÁREA DE MATA CILIAR / LEITO DE RIO COM SOLO EXPOSTO
A área de estudo em análise agora é de Mata Ciliar próxima de um leito de rio onde ocorreu um processo extrativo mineral onde fez com que o solo perdesse qualidade de nutrientes e minerais ocasionando na supressão das espécies da mata. De acordo com o estudado no livro Recuperação de Áreas Degradadas de Sebastião Venâncio, 2 possíveis técnicas de recuperação podem ser utilizadas nessa área de Mata Ciliar, técnicas estas que fazem com que o solo reponha seus nutrientes e minerais que antes foram extinguidos, sendo elas:
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