TRAJETÓRIA HISTÓRICA BRASILEIRA: FACES DO PERÍODO DE 1960 A 1980 SOB O ENFOQUE DAS POLÍTICAS SOCIAIS E DO DESENVOLVIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL.
Por: sianeorikasa • 22/9/2015 • Trabalho acadêmico • 2.328 Palavras (10 Páginas) • 225 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
SIANE DE CÁSSEA OLIVEIRA ORIKASA
TRAJETÓRIA HISTÓRICA BRASILEIRA: FACES DO PERÍODO DE 1960 A 1980 SOB O ENFOQUE DAS POLÍTICAS SOCIAIS E DO DESENVOLVIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL.
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Capanema-PA
2014
SIANE DE CÁSSEA DE OLIVEIRA ORIKASA
TRAJETÓRIA HISTÓRICA BRASILEIRA: FACES DO PERÍODO DE 1960 A 1980 SOB O ENFOQUE DAS POLÍTICAS SOCIAIS E DO DESENVOLVIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL.
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Estatística e indicadores sociais; Economia política; Pisicoclogia social; Fundamentos históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II.
Professores. Clarice da Luz Kernkamp; Marilucia Ricieri; Paulo Sérgio Aragão; Sérgio Goes.
Capanema-PA
2014
SUMÁRIO
1. | INTRODUÇÃO ..................................................................................................... | 3 |
2. | CARACTERÍSTICAS DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS NO PERÍODO DE 1960 A 1980. .................................................................................................. | 4 |
3. | AS POSTURAS DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE ÀS POLÍTICAS SOCIAIS DO PERÍODO ............................................................................................................ | 5 |
4. | O COMPORTAMENTO DO GRUPO NO PERÍODO DE 1960 A 1980? ............. | 7 |
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. | 8 | |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... | 9 |
1. INTRODUÇÃO
Para entender o serviço social no Brasil no período compreendido entre as décadas de 60 e 80 é necessário compreender todo um conjunto de transformações sociais, políticas e econômicas ocorridas no mundo e que antecedem esse período recortado para análise.
O século XIX é um momento em que o mundo experimenta uma forte crença na ciência e tecnologia, essa corrente faz emergir um conjunto de ideologias chamado de positivismo que vai influencias todas as áreas de conhecimento que até então haviam se estabelecido. Durante esse período os esforços dos países desenvolvidos se concentravam em produção de tecnologia em todas as áreas, mas principalmente na indústria bélica.
Outras indústrias também se desenvolveram e isso abriu espaço para uma ocupação em massa da população que ficava submetida aos interesses dos grandes industriais do período. Nesse período, em nome do crescimento, os governos adotaram um conjunto de medidas que visavam desvincular a economia do domínio e administração do Estado, passando essa responsabilidade para a iniciativa privada e capitalista, esse processo ficou conhecido como Liberalismo.
Ao passo que a economia crescia e desenvolvia os países, os direitos dos trabalhadores e suas mínimas condições de qualidade de vida ficavam alijados e secundarizados, ofuscados pela necessidade latente do aumento da produção e abertura de mais postos de trabalho que, teoricamente ajudariam a melhorar a qualidade de vida de grande parcela da população.
Mas essa aparente melhoria veio acompanhada de forte exploração da força de trabalho de mulheres, idosos e crianças, ambientes de produção insalubres, extensas cargas horárias de trabalho e baixo salários. Além disso, como a preocupação do governo e da iniciativa privada era o crescimento econômico, os serviços básicos de assistência social foram esquecidos ou pouco desenvolvidos, uma vez que o capital e o lucro são os objetos do sistema vigente nesse período e mantido até os dias atuais.
As políticas dessa, época por um lado, garantiram o crescimento econômico, mas por outro, provocaram uma história de assistência focalizada na redução da pobreza, quando deveria ser na diminuição da concentração de riquezas centrando a solução no incentivo do trabalho dos mais pobres para garantia de sua própria assistência social.
2. CARACTERÍSTICAS DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS NO PERÍODO DE 1960 A 1980.
As políticas sociais no Brasil seguiram o mesmo paradigma de progresso pregado pelo positivismo, ao ponto do país passar por uma transformação na produção, modificando seu potencial estritamente agrícola para incorporar a atividade industrial.
Nesse ínterim surgem as classes trabalhadoras assalariadas que migram das zonas rurais para as recém criadas cidades industriais. Esse fenômeno provocou um grande inchaço populacional que se verifica até os dias de hoje, aliado a exploração da força de trabalho dessa nova classe que já nasce marcada pela desigualdade social.
O ambicioso sonho de desenvolvimento do país abriu espaço para um capitalismo opressor que pressionava muito a classe trabalhadora com o objetivo de produzir sempre mais, estimulado por políticas, agora, neoliberais que deixavam sob a responsabilidade das empresas o crescimento econômico nacional. Isso tudo ocorre em pleno governo ditatorial do presidente Getúlio Vargas. Mas é nesse palco que contraditoriamente surgem as políticas sociais
Foi em meio a essa reorganização econômica, social e política que a política social no Brasil se instituiu, nos anos 1930, associada formalmente a direitos sociais reivindicados por trabalhadores organizados, mas ironicamente submetida a práticas populistas nacional‑desenvolvimentistas do governo ditatorial de Vargas. Digo ironicamente porque, enquanto nos países capitalistas centrais as políticas sociais conquistadas pela classe trabalhadora floresceram sob a égide das chamadas democracias burguesas, no Brasil tais políticas floresceram e se adensaram nas ditaduras, sob as bênçãos da burguesia. (PEREIRA, 2012, p. 732-733)
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