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TRANSFORMAÇÃO EM EMPRESA DE EMPREENDIMENTO EM NEGÓCIOS

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Por:   •  30/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  8.613 Palavras (35 Páginas)  •  363 Visualizações

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EMPREENDEDORISMO TRANSFORMANDO IDÉIAS EM NEGÓCIOS.

AUTOR: JOSÉ CARLOS ASSIS DORNELAS

EDITORA CAMPUS 2ª EDIÇÃO.

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INTRODUÇÃO

O empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se

antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização.

JOSÉ DORNELAS, 2001

O conceito de empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, nos últimos

anos, intensificando-se no final da década de 1990. Existem vários fatores que

talvez expliquem esse repentino interesse pelo assunto, já que, principalmente nos

Estados Unidos, país onde o capitalismo tem sua principal caracterização, o termo

entrepreneurship é conhecido e referenciado há muitos anos, não sendo, portanto,

algo novo ou desconhecido. No caso brasileiro, a preocupação com a criação de

pequenas empresas duradouras e a necessidade da diminuição das altas taxas de

mortalidade desses empreendimentos são, sem dúvida, motivos para a

popularidade do termo empreendedorismo, que tem recebido especial atenção por

parte do governo e de entidades de classe. Isso porque nos últimos anos, após

várias tentativas de estabilização da economia e da imposição advinda do

fenómeno da globalização, muitas grandes empresas brasileiras tiveram de procurar

alternativas para aumentar a competitividade, reduzir os custos e manter-se no

mercado.

Uma das consequências imediatas foi o aumento do índice de desemprego,

principalmente nas grandes cidades, onde a concentração de empresas é maior.

Sem alternativas, os ex-funcionários dessas empresas começaram a criar novos

negócios, às vezes mesmo sem experiência no ramo, utilizando o pouco que

ainda lhes restou de economias pessoais, fundo de garantia etc. Quando percebem,

esses profissionais já estão do outro lado. Agora são patrões e não mais empregados.

Muitos ficam na economia informal, motivados pela falta de crédito, pelo

excesso de impostos e pelas altas taxas de juros. Houve ainda recentemente

aqueles motivados pela nova economia, a Internet, que teve seu ápice de criação de

negócios pontocom entre os anos de 1999 e 2000. Nessa época, muitos tentaram

se tornar os novos jovens milionários, independentes, donos do próprio nariz.

Devem ser considerados também os que herdam os negócios dos pais ou parentes

e que dão continuidade a empresas criadas há décadas.

Essa conjunção de fatores somados despertou discussões a respeito do tema

empreendedorismo no país, com crescente ênfase para pesquisas relacionadas ao

assunto no meio académico, e também com a criação de programas específicos

voltados ao público empreendedor, como foi o caso do programa Brasil

Empreendedor do Governo Federal, instituído em 1999, que teve como meta

inicial a capacitacão de mais de um milhão de empreendedores brasileiros na elaboração

de planos de negócios, visando à captação de recursos junto aos agentes

financeiros do programa. Dados do Sebrae mostram ainda que no período de

1990 a 1999 foram constituídas no Brasil 4,9 milhões de empresas, dentre as

quais 2,7 milhões são microempresas. Ou seja, mais de 55% das empresas criadas

nesse período são microempresas. Pesquisas realizadas pelo IBGE e citadas no

site do Sebrae (wtinv.sebrae.com.br) mostram também que em 2001 o total de

empresas formais em atividade no Brasil era de 4,63 milhões, contemplando os

setores da indústria, comércio e serviços. As microempresas representavam

93,9% do total de empresas. O conjunto das micro e pequenas empresas alcançava

99,2% do total. Apenas 0,3% das empresas do país é de grande porte (empregando

mais de 500 pessoas na indústria ou mais de 100 pessoas nos setores

do comércio e serviços).

EMPREENDEDORISMO TRANSFORMANDO IDÉIAS EM NEGÓCIOS.

AUTOR: JOSÉ CARLOS ASSIS DORNELAS

EDITORA CAMPUS 2ª EDIÇÃO.

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E oportuno, portanto, um estudo mais profundo a respeito do conceito de

empreendedorismo, tendo em vista que a maior parte dos negócios criados no

país é concebida por pequenos empresários. Esses nem sempre possuem conceitos

de gestão de negócios, atuando geralmente de forma empírica e sem planejamento.

Isso se reflete diretamente no alto índice de mortalidade dessas pequenas

empresas que, em alguns casos, chega a 73% no terceiro ano de existência

(Pesquisa Sebrae, 1999). Dados mais recentes do Sebrae-SP mostram que esses

números melhoraram sensivelmente nos últimos anos, porém o índice de mortalidade

dessas empresas continua alto, como se observa no gráfico da página 19,

referente a uma pesquisa de campo realizada no período de 1997 a 2001 e publicada

no

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