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Tecnologia Da Gestão

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Por:   •  18/9/2013  •  4.151 Palavras (17 Páginas)  •  253 Visualizações

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O termo “gestão da tecnologia” teve origem na segunda metade da década de 1980 nos

Estados Unidos da América - EUA, envolvendo governo, empresas e universidades,

visando o desenvolvimento, estudo e pesquisas de todos os aspectos correlacionados às

tecnologias de produto e processo das organizações, dentro da abordagem da teoria

organizacional das empresas. Durante a década de 1990 muitos trabalhos foram

implementados nesse campo com apoio da National Science Fondation-NSF e

universidades americanas como Harvard, MIT, Stanford, e University of Cambridge na

Inglaterra, as quais continuam desenvolvendo, em conjunto, programas de pesquisas nesse

campo. Esse esforço aconteceu depois da equalização dos níveis de qualidade entre as

empresas americanas e japonesas, no contexto das “empresas de classe mundial” segundo a

caracterização de Merli (1994), tendo início uma nova dimensão dentro do contexto de

competitividade no mercado globalizado. Dentro dessa nova abordagem, Dodgson (2000)

discute alguns conceitos de gestão da tecnologia, de gestão da inovação e de inovação

tecnológica, onde argumenta que “a inovação tecnológica é uma atividade de importância

crítica, que se tornou estratégia principal para a competição no Século 21”. A partir do ano

2000 constata-se segmentação de conceitos da gestão da tecnologia para alguns setores da

economia, como equipamentos médicos, equipamentos de telefonia e comunicação etc,

embora seja ainda tímida essa movimentação. Somente com essa segmentação será

possível implementar ganhos consideráveis nos diferentes setores da economia, com

tecnologias competitivas direcionadas para produtos e processos específicos de um setor

industrial. Essa abordagem direciona o conhecimento existente para o uso de tecnologias

existentes em outros setores, ou geração de novas tecnologias. O setor de Bens de Capital,

por exemplo, merece nossa atenção porque ele é o fornecedor de equipamentos para o

processo de produção de empresas de vários setores da economia, ou seja, a base

tecnológica para outras industrias. Desta forma, o conteúdo das tecnologias embutidas em

cada “bem de capital” torna-se importante para os processos de outras empresas, sendo

muitas vezes definidor de parâmetros de competitividade, embora temporários, para quem

adquirir esses equipamentos.

Nos últimos anos temos desenvolvido vários estudos no campo da gestão da tecnologia,

envolvendo o setor de manufaturados, como pode ser constatado em Silva; Plonski (1996),

Silva (1999a), Silva (1999b), Silva (2001), Silva (2002a), Silva (2002b), e Silva (2003).

Nesse contexto foram abordados vários aspectos das tecnologias de produto e processo, 5

como as implicações de desenvolvimento ou não dessas tecnologias no âmbito das

organizações, influenciando dessa forma o campo de desenvolvimento de produtos e

processos, como final de um modelo não linear que poderá conduzir ou não para inovações

tecnológicas. Uma das conclusões importantes, decorrentes da continuidade da pesquisa,

constante em Silva (2003), foi o desenvolvimento de novos conceitos e dimensões da

palavra “tecnologia”, incluindo a “microtecnologia” para produtos e processos, e a

“macrotecnologia” para a organização como um todo. Enquanto que essa ultima envolve o

contexto da “formulação e gestão do conhecimento das tecnologias”, a primeira está

relacionada ao resultado da operacionalização desse conhecimento em produtos e

processos como resultado final para o mercado.

Essa nova abordagem do conceito de “tecnologia” permite uma avaliação com maior

detalhamento da capacitação tecnológica de uma organização, devido ao desdobramento da

“microtecnologia” em “tecnologia principal” e “tecnologias complementares”, aplicáveis

tanto para os produtos como para os processos de produção. Desta forma podemos

visualizar o potencial de competitividade da organização no contexto tecnológico dentro

de um determinado mercado de segmentação em um determinado momento. Por outro

lado, esse desdobramento também permite analisar, com maior precisão, os aspectos de

meio ambiente decorrentes das atividades da empresa, incluindo as necessidades e uso de

energia. Qualquer alteração no contexto tecnológico de uma organização influencia todo o

meio ambiente interno e externo à organização, como assinala Wolstenholme (2003).

Como consequência dessa alteração temos reflexos diretos no desenvolvimento de

produtos, de acordo com Hillebrand; Biemans (2004), onde a cooperação interna e externa

é essencial. Também nesse contexto a medição da produtividade em P&D implica em

diferenciar “pesquisa” de “desenvolvimento”, como assinalam corretamente Karlsson at all

(2004) na busca de medição

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