Tecnologia De Aplicação E Agroquímicos
Tese: Tecnologia De Aplicação E Agroquímicos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AndreFSilva79 • 10/5/2014 • Tese • 3.148 Palavras (13 Páginas) • 267 Visualizações
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE AGROQUÍMICOS
A utilização de agroquímicos é um fator importante na manutenção de altas produtividades agrícolas, sendo assim, o desenvolvimento e a aplicação desses produtos vêm aumentando rapidamente a nível mundial, desde meados da década de 40. Entretanto, devem ser considerados os efeitos da produção, formulação, transporte, manuseio, armazenamento e aplicação dos defensivos agrícolas sobre o meio ambiente, visto serem a maioria deles poluidores ou contaminantes ambientais.
O emprego de agroquímicos apresenta dois pontos cruciais para o ambiente: eles são biocidas e alguns muitos persistentes, podendo ser transportados para outros locais por água e vento, por exemplo, e também acumular em cadeias alimentares.
As ciências diretamente relacionadas, Entomologia, Fitopatologia, Matologia, Acarologia, Nematologia, etc., fornecer as informações necessárias para se lançar mão das diferentes formas de controle do problema fitossanitário. Uma vez optado pelo controle químico, e a época correta de seu uso, cabe o processo de aplicação garantir que o controle seja efetuado com eficiência, economia e segurança.
A aplicação eficiente tem como finalidade à colocação do produto no alvo para que o mesmo atue com a esperada eficácia. A determinação da dosagem e os procedimentos operacionais estão diretamente relacionados com a economia. Finalmente a proteção dos aplicadores, dos consumidores dos produtos produzidos na área tratada e do próprio ambiente, estão Intrinsecamente ligados à segurança.
O objetivo da aplicação de produtos químicos para o controle de pragas e doenças, é cobrir o alvo com a máxima eficiência e o mínimo esforço. A primeira fase e a essencial de todo o processo é a identificação do alvo biológico, sendo este um dos aspectos mais negligenciados das operações de aplicações de agroquímicos. Isto não significa dizer que seja preciso um filme contínuo de fungicida, porém, se torna necessário uma cobertura tão tensa que nenhum esporo de fungo se depositará, sem fazer contato com uma partícula próxima de fungicida.
Além da indefinição do “alvo biológico”, ou seja, do exato local onde deverá ser aplicado o produto químico, os agricultores em geral se defrontam, diuturnamente, com vários problemas que dizem respeito à tecnologia de aplicação de agroquímicos. Embora haja uma diferenciação para os diversos controles, os agricultores utilizam os mesmos equipamentos de aplicação, sejam eles: costais manuais (de pressão contínua ou de pressão retida), sistema mangueira e lanças, polvilhadeiras e outros.
1 – Pesquisadores CEPLAC-CEPEC-SEFIT
2 – Pesquisador - EBDA
O ALVO BIOLÓGICO
A tecnologia da aplicação de defensivos agrícolas apresenta limites bastante definidos, de um lado, o equipamento responsável pela pulverização propriamente dita: formação e impulsão de gotas de uma calda (mistura, suspensão ou diluição) e do outro, a superfície ou local onde as mesmas serão depositadas chamado de “alvo biológico”.
Os parâmetros ambientais (temperatura, ventos, correntes de convecção, umidade relativa do ar, etc.) a máquina ou equipamento utilizado (tipo, regulagens, velocidade, etc.) e a superfície a ser tratada (folhas, caule, frutos, solo, insetos em vôo, etc..), são os principais elementos que determinam, em cada caso um comportamento ideal do defensivo até o “alvo biológico”.
A partir dessa informação, chegaremos a um componente de pulverização (bico ou turbina do pulverizador) e finalmente a máquina, seja ela manual, tratorizada ou mesmo equipamento aéreo.
PARÂMETROS PRINCIPAIS DA MECÂNICA DE APLICAÇÃO
1- Espectro de gota. É a classificação das gotas, em percentagem de volume ou de número de gotas, o qual é homogêneo quando todas as gotas são do mesmo tamanho, e heterogêneo, quando o tamanho das gotas é diferente. Uma pulverização heterogênea com espectro de gotas resultará por um lado, em gotas grandes que escorrerão pelos alvos, representando perda de produto químico e poluição ambiental e por outro lado, gotas pequenas que serão levadas pelos ventos (deriva) e finalmente uma quantidade pequena de gotas que será aproveitada.
A vantagem de operar com gotas pequenas é evidenciada pela densidade teórica, obtida com um litro de calda sobre uma superfície plana, conforme apresentada no quadro 1.
Quadro 1 - Densidade teórica de gotas de diversos diâmetros obtida na aplicação de um litro de calda por hectare.
Diâmetro de Gotas Área Coberta Número de Gotas
micra por mm² por cm²
10 1,500 19.099
20 0,750 2.387
40 0,375 298
50 0,249 88
80 0,188 37
100 0,149 19
120 0,124 11
140 0,108 7
200 0,075 2,4
400 0,038 0,3
1.000 0,015 0,02
Os equipamentos pulverizadores normalmente utilizados na agricultura, que utilizem bicos, discos, cilindros rotativos, ou se baseiem no princípio da pulverização pneumática, geram gotas com diâmetros variados. A amplitude deste espectro depende da qualidade do equipamento e de diversas características operacionais.
O comportamento, à distribuição e a deposição das gotas é consideravelmente afetada pelo seu tamanho. Desse modo, ao selecionar um equipamento para dado tratamento, é essencial o conhecimento do tamanho das gotas produzidas e quando elas atingem o alvo.
2. Faixa de deposição. Define a quantidade de princípio ativo ou de gotas aplicadas por unidade de área, ao longo de uma faixa tratada longitudinal e transversalmente. Essa distribuição de gotas na faixa é de grande importância na análise de um tratamento.
A melhor distribuição é aquela que acompanha o mais próximo possível a localização da praga ou doença a ser controlada e o faz de maneira contínua. Dizemos que uma faixa de deposição é descontínua quando numa mesma área tratada, encontramos pontos em que a dosagem do princípio ativo ou a quantidade de gotas depositadas é diferente.
3. Tamanho de gota. A nuvem de gotas pode ser formada ou composta de gotas grandes e/ou pequenas, homogêneas
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