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Tecnologias De Gestão

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Por:   •  25/9/2013  •  1.429 Palavras (6 Páginas)  •  279 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Há pouco tempo atrás somente às pessoas com cargos de chefia tinham todo o conhecimento.

Os gestores hoje não conseguem substituir os empregados. Os conhecimentos são muito específicos e evoluem muito rapidamente. Neste novo cenário, trabalhar de forma coletiva, compartilhando experiências, talentos, conhecimentos é uma condição fundamental para enfrentar os desafios complexos na velocidade necessária para que as organizações sejam efetivas.

Este cenário, só pode acontecer quando tanto a liderança e demais colaboradores perceberem juntos que o modelo e paradigmas antigos já não funcionam. As empresas têm muito a ganhar quando os funcionários trabalham de forma colaborativa.

O presente trabalho tem por finalidade demonstrar informações sobre este diferencial competitivo identificado nas empresas, o Capital Intelectual e a Gestão do Conhecimento.

O CONHECIMENTO COMO VANTAGEM COMPETITIVA

O conhecimento, em suas várias formas, se tornou determinante para a competitividade tanto das empresas quanto dos países.

Para Stewart (2002), dados e informações quando processados ao longo do tempo, geram conhecimento.

O conhecimento, informação e dados, juntos, surge à informação, e esta produz o conhecimento individual. O conhecimento surge da condensação de dados, informações e crenças.

Uma das questões que se tem discutido é de que forma as empresas podem conciliar os conhecimentos dos seus funcionários com as informações já existentes, transformando-os em ferramenta geradora de vantagem estratégica para o negócio.

Para o conhecimento ser “criado”, toda empresa precisa desenvolver uma cultura inovadora, ou, pelo menos, a alta direção precisa reconhecer que o grupo encarregado da inovação precisa ser inspirado, protegido, nutrido e provido com autonomia e recursos (tempo, pessoas e capital), e só será benéfica se todos participarem de forma entusiástica e sistemática.

O “conhecimento” precisa ser constantemente realimentado, renovado e reinventado, do contrário, posições e vantagens adquiridas são rapidamente perdidas.

É fato que estamos vivendo num ambiente cada vez mais competitivo, em que vantagens precisam ser permanentemente, reinventadas e setores de baixa intensidade em tecnologia e conhecimento perdem, inexoravelmente, participação econômica.

A necessidade de se criar conhecimento numa base contínua e de descentralizar e acelerar o processo de tomada de decisões tem profundas implicações para os líderes. Eles precisam, sobretudo:

● Priorizar o co-estabelecimento de visões.

● Desenvolver frameworks estratégicos que facilitem a tomada de decisões por todas as pessoas da organização.

● Inspirar, motivar e focar a organização.

● Tornar-se, cada vez mais, coachs e não distribuidores de tarefas e controladores dos subordinados.

● Livrar-se da necessidade de saber tudo (tanto do ponto de vista individual como organizacional).

● Deixar as equipes trabalharem com poucos, porém importantes, pontos de controle.

● Incentivar e, eventualmente, dar exemplos de produção e compartilhamento de conhecimento, de forma alinhada com as diretrizes estratégicas.

A era do conhecimento está exigindo novas habilidades dos executivos das organizações. Eles precisam passar a “enxergar” de maneira mais nítida e precisa seus estoques e fluxos de conhecimento. No passado, criamos e aprendemos a gerenciar almoxarifados de “coisas”. Atualmente, precisamos criar “almoxarifados e corredores” de conhecimento.

Pode-se, portanto, dizer que a gestão do conhecimento é a transformação da informação em conhecimento e do conhecimento em negócio.

CAPITAL INTELECTUAL E A PERFORMANCE ORGANIZACIONAL

A discussão sobre a importância do conhecimento no contexto sócio-econômico tornou-se freqüente no final do século XX.

O conhecimento na economia da Era da Informação e do conhecimento, não é apenas mais um recurso, ao lado dos tradicionais fatores de produção, como o trabalho, o capital e a terra, mas sim o único recurso capaz de proporcionar significativo valor as organizações ( Drucker, 1994). Com as palavras de Drucker, pode – se constatar que a fonte de poder de mais alta qualidade de uma empresa é o conhecimento, e é por isso que muitas empresas estão tentando, de alguma maneira, descobrir o verdadeiro valor deste valioso recurso.

Dentre as variadas correntes de estudos que existem sobre o conhecimento nas organizações, há uma que enfoca o capital intelectual, nome dado a toda a informação, transformada em conhecimento que se agrega àqueles que você já possui.

Segundo Correa (2004), a nova economia refere-se à economia do conhecimento, aquela economia onde são os componentes do capital intelectual ( capital humano, capital estrutural e capital de clientes) que valem mais que os ativos físicos. Logo, as empresas da nova economia são aquelas que valorizam o capital intelectual e, consequentemente se destacam como as mais lucrativas por 80% do seu desempenho competitivo.

Para as empresas se manterem competitivas, o mercado hoje exige agilidade, altos índices de eficiência e de eficácia, o que as leva a modificarem processos que não agregam valor e redesenhar produtos para se manterem competitivas. A informação e o conhecimento gerado em sua decorrência são as principais características da nova era, são fontes de vantagens competitivas da atualidade.

Dentro dessa perspectiva, é essencial conceituar a performance sobre o ponto de vista das organizações. Entende-se por performance organizacional ( palavra inglesa que pode ser traduzida por desempenho) como um conjunto de medidas que analisam como as organizações tiram proveito dos recursos que dispõem como reagem as oportunidades e ameaças e quando os objetivos são alcançados. Através de mecanismos de controle avaliam a eficiência, a eficácia e a afetividade de suas ações.

Portanto, destacar o valor do capital intelectual para a performance significa destacar a importância das pessoas, considerando suas características, capacidades e competências de maneira a solucionar problemas e tomar decisões para contribuir ao bom desempenho da organização.

Quando as empresas implementam estratégias que atendem as oportunidades do mercado, explorando, os seus recursos e suas capacidades internas, elas obtêm bom desempenho organizacional, além de criação de riqueza.

Segundo Ferraz (1997), para avaliar a capacidade de formular e implementar estratégias, as empresas precisam, no entanto, identificar os fatores para o seu sucesso competitivo, de acordo com o padrão de concorrência vigente, como os fatores empresariais, estruturais e sistêmicos. Nesse sentido as empresas devem se preocupar em controlar estas forças, porque representam uma fonte de vantagem e ainda, influenciam diretamente os custos e os investimentos das empresas.

Além disso, percebe-se que a atenção dirigida aos ativos intelectuais é amplamente merecida, visto que as organizações e os negócios estão se redefinindo em termos de formatos e meios de transações comerciais. Fatores como imagem, reputação, tecnologias de informação, carteira de clientes, flexibilidade operacional, canais de distribuição, domínio de conhecimentos, marcas, patentes, entre outros, passam a ser importantes.

Segundo Silvi (2002), os ativos intelectuais, cujo principal componente é o conhecimento, são essenciais para um bom desempenho competitivo. De nada adiantaria ativos materiais de alta tecnologia se as pessoas não tiverem a base necessária para fazê-los funcionar adequadamente, porque são as pessoas da organização que possuem a capacidade de renovar e inovar o negocia em busca de vantagem competitiva.

Faz-se necessário que as empresas visualizam a importância dos investimentos em educação, senão se encontrarão em desvantagens em relação às demais. Mas, para isso, as empresas precisam compreender essa importância.

A função dos trabalhadores de hoje deixa de ser o esforço físico e passa a ser a capacidade de criar, aprender e desenvolver novos conceitos, produtos e serviços baseados no conhecimento.

Percebe-se então que, atualmente o principal desafio para as grandes empresas é consolidar e renovar competências de modo a capacitar-se, a disputar posições nos mercados.

Se as empresas não souberem dominar a equação informação, conhecimento e aplicá-la nas resoluções dos problemas organizacionais, dificilmente poderão obter vantagens estratégicas no crescimento econômico e financeiro.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O conhecimento passou a ter uma importância fundamental em todas as atividades econômicas, e hoje se faz necessário que os gestores explorem o conhecimento, capacidade de seus colaboradores. Eles devem dar à devida atenção à gestão do capital intelectual da empresa focalizando sua atenção da identificação de seus elementos mais importantes para a sua performance organizacional.

O capital humano influencia positivamente na performance organizacional. Quanto mais à empresa investir em seus colaboradores, melhor será a performance da empresa.

A relação entre o capital de clientes e o capital estrutural aumenta quando a empresa e seus clientes aprendem uns com os outros,

Contudo, para uma gestão eficaz, torna-se fundamental não somente sua identificação, mas também sua mensuração, procurando identificar mais objetivamente sua relação com o desempenho dentro das organizações.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Capital Intelectual. Disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_intelectual

Acesso em: 18/ 01/ 2013

CORREA, Marcelo. O empresário. Revista de Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Nova Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha. ACI/A Casa do Empresário. Ano 8, janeiro/ fevereiro, n.36, 2004.

Conhecimento: ativo compartilhado entre empresa e colaboradores. Disponível em: http://www.terraforum.com.br/blog/Lists/Postagens/Post.aspx?ID=264

Acesso em: 15/01/2013

DRUCKER, Peter F. Sociedade Pós- Capitalista. São Paulo. Pioneira, 1994.

FERRAZ, João C. et al. Made in Brazil. Desafios Competitivos para a Indústria. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

Gestão do Conhecimento: O Grande Desafio Empresarial. Disponível em:

http://biblioteca.terraforum.com.br/Paginas/OGrandeDesafioEmpresarial!.aspx

Acesso em: 28/01/2013

STEWART, Thomas A. A riqueza do conhecimento: O capital intelectual e a nova organização. Rio de Janeiro: Campus, 2002

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