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Teoria Da Integração

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Por:   •  26/6/2013  •  2.397 Palavras (10 Páginas)  •  424 Visualizações

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Teoria da Integração

Desenvolvimento da Teoria da Integração (Joseph Nye)

Integração pode ser definida como um ato de cooperação entre Estados no nível regional e/ou mundial, podendo ou não se permanente. A integração é observada no campo econômico, político e componentes legais. Segundo Nye, para tornar a teoria mais qualitativa dever-se-ia fazer uso da cláusula cetéris paribus, ou seja, analisar um ponto primeiramente tomando os outros como fixos.

O que no início se observara era um esforço para incorporar as proposições da literatura neofuncionalista, algo que provasse a importância da coação e o impacto no Sistema Internacional causado pela integração.

Na década de 1970, são ressaltados movimentos para provar que a integração é um fenômeno multidimensional, enquanto na década de 1980, há uma maior ênfase no estudo da integração regional, através do estudo de casos específicos. Especialmente após o fim da II Guerra Mundial e com a consolidação da Comunidade Européia, o interesse neste assunto sofreu um grande aumento.

Ainda segundo o autor, a questão central é a identificação e análise das forças que contribuem para a formação e integração das comunidades políticas. Através deste premissa, Nye nos oferece duas alternativas em relação à Política de Integração:

a) Sistemas políticos ganham e mantêm a coesão através da distribuição dos valores a todos os membros e um acordo geral sobre a estrutura do sistema;

b) O sistema político se torna ou continua coeso por causa da presença de um tratado de força.

Geralmente, Realistas dão maior enfoque a segunda alternativas, pois parte da premissa de que a cooperação só ocorre através da coerção e não coação. Entretanto neste texto se dará maior importância a primeira alternativa, pois se baseia na premissa de que a Aldeia Global é a chave para a redução da violência, quando o monopólio de poder se encontra ao nível internacional.

Teoria Funcionalista

Possui como principal autor, David Mitrany, o qual escreveu durante o período entre guerras, sugerindo que o crescimento da complexidade do sistema governamental aumentou consideravelmente a essenciabilidade técnica (assuntos não políticos frente ao governo). O crescimento da importância de tais questões no século XX fez necessário a criação da estrutura de cooperação internacional.

O ponto principal para a Teoria Funcionalista é a integração política acerca de um centro decisório, no qual os atores políticos dirigem suas legislações e atividades políticas. (Amitai Etzion e Ernest Haas). Ou seja, nas palavras de Leon N. Lindeberg, os atores renegam seus desejos e habilidades em conduzir sua política externa independentes para delega-los a um novo centro, iniciando o processo de integração internacional, além dos benefícios e seus conseqüentes danos devem ser divididos igualmente, o atores devem ter a noção da perda de status no Sistema Internacional e as decisões devem ser tomadas por consenso.

Todavia nem todos os autores concordam com esta visão de um centro no comando da unidade integrada, Donald J. Puchala, analisa a integração como um conjunto de processos que produz e mantêm a concordância do sistema ao nível internacional, ou seja, os atores descobriram a consistência exata para harmonizar seus interesses, ajustar suas diferenças e receber as recompensas pela cooperação. Também o autor Karl W. Deutsch concorda com esta posição.

Alguns teóricos de cunho Realista, como Charles Pentland, vêem a integração política como um processo que inibi ou abole o poder soberano do Estado-nação moderno. A população (ou melhor as elites) do Estado é parte muito importante deste processo de integração, pois podem constranger a entrada de seu país em uma organização caso os custos desta entrada sejam maiores que os benefícios prováveis desta união, ou se o risco de uma punição for pequeno.

Intrinsecamente a esta teoria, há a microteoria da ramificação ou spill over, escrita por Ernest Hass, acredita que o desenvolvimento da colaboração em um campo técnico gera um comportamento comparável em outros campos técnicos, ou seja, colaboração funcional em um setor gera a necessidade de colaboração em um outro, contribuindo para a manutenção da paz, pois os atores ficam inibidos de tomarem ações unilaterais que prejudique os seus parceiros.

Em relação a segurança, a integração econômica no nível nacional está dividida em duas (Karl Deutsch):

a) Centralizada (amalgama): uma única unidade com um governo comum, onde se encontra compatibilidade de valores, expectativas, multiplicidade dos meios de comunicação e transação, além da mobilidade de pessoas;

b) Pluralista: governos separados que retêm sua independência legal. Também observa-se compatibilidade dos valores entre os decisores, receptividade mútua e a velocidade dos governos ao responder aos estímulos sem recorrer a violência.

Outra observação de caráter funcionalista é a visão de Karl Deutsch. Se os acordos de cooperação forem de caráter militar, ou houve um crescimento das diferenças lingüísticas e étnicas, estagnação, falha na formação de um grupo, demora excessiva nas reformas políticas, sociais e econômicas, facilmente este acordo ou bloco será desintegrado, por exemplo o Império Austro-Húngaro.

Teoria Neofuncionalista

Possui como principal base os estudos de casos concretos e os testes de hipóteses sobre o processo de integração política.

Ernest Haas possui uma participação significativa nesta teoria, foi este teórico que analisou a hipótese de custo X benefício, quando um Estado opta por inserir-se em um processo de integração caso os benefícios forem maiores que os custos, além de haver concluído que as decisões sobre esta finalidade partirem das elites do governo e dos setores produtivos, não diretamente dos Estados. Todavia como na Teoria Funcionalista, os atores percebem, que, através de uma grande organização e da cooperação, seus interesses nacionais são melhores e mais facilmente alcançados.

Acredita-se que arranjos regionais estão mais propensos a alcançar a integração que uma organização de representantes do mundo inteiro, já que, com menos membros a probabilidade destes concordarem sobre os assuntos da agenda é maior.

Intrinsecamente a esta teoria,

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