Teoria Da Moda: Sociedade, Imagem E Consumo.
Monografias: Teoria Da Moda: Sociedade, Imagem E Consumo.. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: camilaschaly • 25/8/2014 • 419 Palavras (2 Páginas) • 676 Visualizações
A aparência é o exercício da distinção social e mais do que isso ela reflete a nossa identidade para nós mesmo e para os outros, nos traz a possibilidade se ser e existir numa sociedade regida pelo mito da imagem, ou seja, a sociedade é alimentada e regulada pelo prazer de ver e ser visto.
Tudo o que é belo e bom, esta associada a idéia de ordem e poder, como diz Balandier “todo poder requer uma representação, um cerimonial e suas pompas, uma distancia em relação ao súditos” e essa distancia nada mais é do que a aparência que traz um julgamento de valor positivo, uma capacidade de influenciar pessoas. Ter poder é dominar a tecnologia, a possibilidade de inovação, é ter competência de lidar com o novo, assim sendo a aparência e o poder se relacionam, e sucessivamente o poder se relaciona com o novo, que por sua vez se relaciona com o moderno.
O moderno é transitório e efêmero, igual a nossa aparência que não é fixa, mas extremamente móvel, estamos sempre em busca do novo, identificando-o, reconhecendo suas diferenças, desejando-o, acreditando nele e por fim o adotando. Não seguimos tendência para deixarmos de ser quem somos, mas buscamos no novo, no moderno o nosso eu, a nossa individualização. E o consumo exagerado é o resultado disso.
As pesquisas mostram que a produção e o consumo do século XIX, para a maior parte da população, era um ato de necessidade, fosse tanto para comer, vestir, morar e ate mesmo se exibir, justificado como uma necessidade social, era muito diferente na sociedade moderna do século XX que explora o impulso consumidor para o desejo. Como desejo, o consumo se retém pela emoção, dispensando justificativas casuais, assim os consumidores submetidos por seus desejos são cooptados pelo marketing, que reveste a mercadoria por mensagens que a separa se sua realidade palpável ligada à qualidade ou funcionalidade.
Muitos entendedores disseram que diante da moda a sociedade não pode senão “se adaptar”, e outros recomendavam “segui-la”, que a recusa da moda é ao mesmo tempo a recusa da vida social e a auto exclusão da comunidade dos homens, pois “se a roupa distingue o animal, a moda o define como cidadão”. A roupa associada a um corpo ganha vitalidade e ganha expressão constante. Mais do que uma nuança da sociedade global, a moda é entendida como a própria dinâmica da construção da sociedade moderna, como tal, a aparência é a própria essência desse universo. Portanto a modernidade e a moda são consideradas inseparáveis.
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