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Teoria dos derivados financeiros

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Por:   •  6/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.017 Palavras (17 Páginas)  •  448 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este trabalho busca apresentar as teorias sobre derivativos financeiros, que são contratos cujo valor origina de um ativo referência (commodities, taxa de câmbio, taxa de juros, índices, etc.). Seu uso tem como principal finalidade minimizar o risco de volatilidade do valor dos ativos.

Os participantes no mercado de derivativos são os hedgers, especuladores e arbitradores e a importância deles está no fato de estimularem o equilíbrio e a liquidez do mercado.

Existem vários tipos de contratos derivativos, entretanto, neste trabalho, focaremos em quatro tipos: futuros, opções, a termo e swaps. De modo geral, cada um desses contratos é negociado com base na visão futura que os investidores têm sobre o valor dos ativos. Outra característica importante desses contratos é que seu preço e seu vencimento são predeterminados, estando ambos investidores de acordo com seus termos.

Os derivativos são negociados em bolsas de valores organizadas e no mercado balcão. No Brasil a BM&F é a principal bolsa de negociação desses contratos.

Para maior compreensão do assunto, serão apresentados mais detalhes sobre cada um dos mercados derivativos, suas semelhanças e particularidades.

1. DERIVATIVOS

Derivativo pode ser definido como um título financeiro cujo preço deriva do preço de mercado de outro ativo real ou financeiro. De forma mais específica, derivativos são operações financeiras que têm como base de negociação o preço ou cotação de um ativo, o chamado ativo-objeto. Sendo assim, um contrato derivativo não apresenta valor próprio, pois deriva (depende) dos preços vigentes nos mercados físicos.

No mercado de derivativos, os investidores apostam nos preços futuros dos ativos e, através de contratos, assumem compromissos de pagamentos físicos futuros. Como dito, a negociação do preço ou cotação do ativo-objeto se dá por meio de contratos; existem muitos tipos de contratos derivativos. Entretanto, nesse trabalho, focaremos em apenas quatro tipos de contratos: futuro, opções, a termo e swaps.

O objetivo desses contratos, de modo geral, é o de minimizar os impactos da volatilidade de preços sobre os ativos. Assim, as operações financeiras de derivativos podem ser usadas para alterar os riscos de fluxo de caixa de uma empresa, dadas à possibilidade de alterações no valor de determinados ativos por ela consumidos.

Os derivativos podem ser negociados em Bolsas organizadas ou no chamado mercado de balcão. O mercado de balcão é, em boa parte dos casos, espontâneo e informal e surge, geralmente, entre grandes instituições, sem local fixo de encontro, com baixa transparência na divulgação de preços e não segue regras específicas. É basicamente um mercado em que as partes negociam entre si. De forma geral, os principais contratos negociados no mercado balcão são a termo, swaps e alguns tipos de contratos de opção; já os negociados em bolsa são os contratos futuros e de opções.

No Brasil, a BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) é o mercado formalmente estabelecido para negociar contratos futuros.

Logo quando surgiram os derivativos, estes eram utilizados somente na negociação de commodities agrícolas, como: soja, café, arroz, etc. Mas com o desenvolvimento da economia e do mercado de capitais, as operações de derivativos passaram a incorporar vários outros contratos derivados de ações, índices de preços, produtos pecuários, metais preciosos, taxa de câmbio e entre outros. A tabela abaixo mostra os tipos de contratos futuro negociados no mundo.

Os derivativos costumam trazer maiores riscos do que outras operações financeiras; entretanto, o seu uso oferece algumas vantagens importantes.

Uma das principais vantagens é que as operações financeiras de derivativos gerenciam o risco, pois tais contratos minimizam a volatilidade dos preços sobre os ativos da empresa. Outra vantagem das operações de derivativos é a de fixar um preço de venda, suficiente para cobrir custos de produção e garantir margem de lucro, o que, por sua vez, acaba estimulando a liquidez do mercado físico. Por fim, no mercado de derivativos é possível realizar negócios de maior porte com um volume relativamente menor de recursos e a um nível conhecido de risco.

Em suma, as vantagens do uso de operações de derivativos é que esta assegura e trava o preço de um ativo, diminui o risco e obtém recursos financeiros a taxas menores.

Os participantes dos mercados derivativos são o hedger, o especulador e o arbitrador.

Os hedgers são investidores que estão sempre buscando minimizar o risco de seus ativos diante de flutuações nos preços de diversos ativos. O objetivo do hedger é obter proteção contra oscilação de preços; por isso, são participantes que tem alguma negociação no mercado físico cujo preço está sujeito oscilações de difícil controle.

Existem dois tipos de hedgers: de compra e de venda. O hedgers de compra procuram proteção contra uma possível alta nos preços de ativos que pretendem adquirir. Já os hedgers de venda procuram proteção contra uma eventual redução nos preços dos ativos que pretendem vender.

A atividade dos hedgers se assemelha a um seguro que permite transferir o risco para a seguradora. A transferência pode ocorrer para um outro hedger ou para um outro agente participante do mercado: os especuladores.

Os especuladores são participantes que compram e vendem contratos futuros apenas com a intenção de ganhar o diferencial entre o preço de compra e o preço de venda, não tendo nenhum interesse no ativo-objeto.

Os especuladores são os únicos tomadores de risco; já que, no mercado futuro, os hedgers não eliminam propriamente o risco das variações nos preços, mas transferem esse risco aos especuladores. Portanto, o especulador tem um papel importante de igualador de oferta e demanda, pois nem sempre o volume de hedgers procurando proteção contra queda de preços se iguala ao volume de hedgers procurando proteção contra alta de preços.

Por fim, os arbitradores operam com baixo nível de risco e têm como principal objetivo o lucro. Sua atividade consiste na busca de distorções de preços entre os mercados; sendo que, sua estratégia é comprar no mercado em que o preço está mais baixo e vender naquele em que estiver mais alto, tendo como lucro o diferencial da compra e venda.

A importância dos arbitradores para o mercado de derivativos está no fato da manutenção de certa relação entre os preços futuros e os

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