Teorias Da Administração

O presente trabalho foi realizado com o objetivo de explorar o conceito de conhecimento voltado ao modo de gestão visando sua interação e disseminação em ambientes organizacionais, determinando o novo perfil das empresas na era do conhecimento.

Quando combinado com gerenciamento, o conhecimento resultará em gestão do conhecimento que envolve pessoas, processos e tecnologias. O gerenciamento do conhecimento pode transformar organizações em um novo nível de efetividade, eficiência e competências operacionais com a presença de profissionais qualificados, experientes e possuidores de habilidades inerentes à função de gestão.

Tendo em vista que o conhecimento é um recurso importantíssimo para as organizações no mundo contemporâneo, em decorrência da grande competitividade existente, para que seu processo de criação e desenvolvimento não se perca deve-se capturar esse conhecimento, armazená-lo e compartilhá-lo. Para elaboração de tais recomendações foram abordados meios, de acordo com as literaturas, que são utilizados como orientações acerca da gestão do conhecimento dentro das organizações.

Foi-se o tempo em que apenas equipamentos e atividades operacionais geravam lucratividade para as organizações. Dar maior importância às pessoas do que aos bens tangíveis torna-se uma tendência porque são elas que detêm os conhecimentos mais valiosos sobre como atingir melhores resultados, como diagnosticar problemas e otimizar processos internos, enquanto os equipamentos usados nas operações são meros coadjuvantes para tal fim.

Existem dois tipos básicos de conhecimento que podem ser aplicados pelo ser humano que são o tácito e o explicito e o grande desafio para as empresas atualmente é aplicar a gestão desses conhecimentos de forma alinhada aos negócios, orientando para os objetivos estratégicos da empresa.

Conhecimento é a única coisa que mais cresce quanto mais se compartilha.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Conceitos de gestão do conhecimento.

O termo gestão possui o mesmo significado de administração e gerência que sugere a ideia de dirigir e decidir. O termo conhecimento é abordado no contexto de uma revolução gerencial. O gerente é responsável por aplicar e desenvolver o conhecimento. O conhecimento é decorrente das informações que derivam de conjuntos de dados, ou seja, pode ser visto como o conjunto de informações reconhecidas e integradas pela pessoa dentro de um esquema pré-existente. Alguns autores argumentam que o conhecimento é uma relação entre sujeito e objeto onde, de um lado, o sujeito depende do objeto e, de outro, uma reversão é possível e ela ocorre na ação. Isso significa que conhecer é transformar o objeto e transformar-se a si mesmo. Essas definições buscadas por alguns autores dessa área de estudo esclarecem que a origem do conhecimento é o trabalho humano.

Segundo Bresciani Filho (1999), gestão do conhecimento pode ser entendida como o “processo pelo qual uma organização consciente e sistematicamente coleta, organiza, compartilha e analisa seu acervo de conhecimento para atingir seus objetivos”.

O tema ainda se encontra em debate e está sujeito a críticas e controvérsias. Um exemplo disso é a discussão que utiliza a metáfora dos vulcões, os quais podem estar extintos, dormentes ou em estado de erupção, para relacionar a gestão do conhecimento a muitas concepções existentes.

2.2 Respostas às perguntas sobre conceitos de GC pesquisados.

a) Como favorecer a criação de conhecimento novo na empresa?

O conhecimento novo é criado apenas pelos indivíduos, ou seja, uma organização não pode criar conhecimento sem que haja a presença dos indivíduos. Para favorecer a criação de conhecimento novo na empresa é preciso que a mesma apoie e estimule as atividades criadoras de conhecimento dos indivíduos, demonstrando capacidade de mudar tão rápido quanto o ambiente que a cerca e de lidar com as complexidades envolvidas, ou seja, de se tornar uma empresa dialética que enfrenta os paradoxos para encontrar o melhor caminho. O paradoxo precisa ser tratado como algo a ser aceito e cultivado favorecendo assim a busca pelo conhecimento que é formado pelos dois componentes dicotômicos que são o conhecimento tácito e o conhecimento explicito.

b) Como fazer com que todos os colaboradores se apropriem deste conhecimento novo?

O conhecimento explicito pode ser expresso em palavras, números ou sons e compartilhado na forma de dados, fórmulas científicas, recursos visuais e de áudio, especificações de produtos ou manuais. O conhecimento tácito não é facilmente visível e explicável, pois é altamente pessoal e difícil de formalizar, sendo de comunicação e compartilhamento dificultosos. Portanto, a conversão do conhecimento tácito em conhecimento explicito e em conhecimento tácito novamente é a maneira fundamental de fazer com que os colaboradores se apropriem do conhecimento novo. De acordo com o livro The Knowledge-Creating Company, essa conversão ocorre através do processo de construir e administrar sínteses que origina a chamada espiral do conhecimento.

c) Como reter o conhecimento do funcionário que se afasta da organização?

Uma grande armadilha para empresas que buscam maneiras de gerenciar o capital intelectual é tentar manter os colaboradores que possuem conhecimento em certos processos o maior tempo possível em seu quadro de funcionários. Quando o conhecimento está concentrado nas mãos de poucos funcionários significa que existem processos não estruturados ou aprendizagem não sistematizada. Aumentar a equipe para diminuir a dependência do conhecimento de um funcionário não resolve o problema de forma eficaz. A melhor maneira de se reter o conhecimento de um funcionário na organização é promovendo o compartilhamento desse conhecimento do funcionário através de discussões e registros dos processos de forma organizada. A partir de uma boa estratégia de gestão o conhecimento será disseminado de forma direcionada fazendo com que o afastamento de um funcionário que possui conhecimento não origine um risco para a organização

2.3 Os quatro processos de conversão do conhecimento – Modelo SECI.

De acordo com o livro The Knowledge-Creating Company, escrito por Hirotaka Takeuchi e Ikujiro Nonaka (1995), “a essência da criação do conhecimento está profundamente enraizada no processo de construir e administrar sínteses” (p.237). O ponto principal