Teorias Da Comunicação
Pesquisas Acadêmicas: Teorias Da Comunicação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: amandalavorato • 3/4/2014 • 979 Palavras (4 Páginas) • 306 Visualizações
Teorias da Comunicação
Analise do texto “Os Estudos Culturais”
1- A formação do Centro e os teóricos
A formação dos estudos culturais teve início na Inglaterra do período de Pós Guerra através do Centre For Contemporary Cultural Studies (CCCS).
Fundada por Richard Hoggart em 1964 inspirado em sua pesquisa .’’The Uses of Literacy (1957)’’. O eixo de observação do CCCS são compostas por aspectos culturais e suas relações com a sociedade. No final dos anos 50 surgiram três textos que são identificados como as fontes dos Estudos Culturais, sendo seus autores Richard Hoggart com The Uses of Literacy (1957), Raymond Williams com Culture and Society (1958) e E. P. Thompson com The Making of the English Working-class (1963).
Em sua pesquisa, Hoggart direcionava sua atenção sobre matérias culturais, da cultura popular e dos meios de comunicação de massa.
Seu trabalho inaugura o olhar de que no âmbito popular não existe apenas submissão, mas também resistência, o que, mais tarde, será recuperado pelos estudos de audiência dos meios massivos.
Já o teórico Williams, com seu olhar diferenciado mostra que a cultura conecta a análise literária com a investigação social. Seu livro mostra um lado pessimista em relação a cultura popular e aos meios de comunicação. E por último, Thompson influencia o desenvolvimento da história social britânica de dentro da tradição marxista. Em relação à Thompson e Williams, ambos acreditavam que cultura era práticas e relações que formavam a vida cotidiana. Em seus textos, cada autor contribuía em relação a própria sociedade em que viviam.
Houve também uma participação importante do teórico Stuart Hall. Embora ele não tenha sido considerado membro do trio fundador os estudos culturais, teve um importante papel ao substituir Hoggart na direção do centro e incentivou o desenvolvimento de investigações de prática de resistência e análise dos meios massivos.
Um aspecto importante é que os fundadores do campo de Estudos Culturais apesar de não possuir intervenção coordenada revelam ideais em comum que abrangem as relações entre cultura, história e sociedade.
“O que os une é uma abordagem que insiste em afirmar que através da análise da cultura de uma sociedade – as formas textuais e as práticas documentadas de uma cultura – é possível reconstituir o comportamento padronizado e as constelações de idéias compartilhadas pelos homens e mulheres que produzem e consomem os textos e as práticas culturais daquela sociedade. É uma perspectiva que enfatiza a “atividade humana”, a produção ativa da cultura, ao invés de seu consumo passivo” (Storey,1997:46)
A perspectiva marxista contribuiu para os Estudos Culturais no sentido de não depender das relações econômicas, nem seu reflexo, mas tem influência e sofre consequências das relações político-econômicas. Existem várias forças determinantes - econômica, política e cultural - competindo e em conflito entre si, compondo a sociedade.
Como no próprio texto afirma, outras localidades em outros momentos podem ter sido significantes para a origem de outros estudos culturais em diferentes nacionalidades.
2- As linhas teóricas e formações culturais
A partir do momento em que os Estudos Culturais se voltam a expressões culturais não tradicionais, a cultura popular vira alvo de críticas e intervenções. Fato que inspirou nos anos 60 os teóricos a analisar as práticas que questionavam o estabelecimento de hierarquias nas culturas, estabelecidas a partir de oposições como cultura alta/baixa, superior/inferior, entre outras binariedades.
Os princípios dos estudos culturais que são base para a análise são, na concepção de um teórico:
"A identificação explícita das culturas vividas como um projeto distinto de estudo, o reconhecimento da autonomia e complexidade das formas simbólicas em si mesmas; a crença de que
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