Teorias Sobre Enfermagem

FLORENCE E A TEORIA AMBIENTALISTA

Florence foi uma visionária, muito aquém do seu tempo, sua teoria foi a responsável

por muitas curas. Florence atuou na guerra da Criméia, em um tempo em que as más condições

sanitárias e a promiscuidade reinavam nos hospitais, havia mais risco de se morrer por uma

complicação hospitalar, do que pelos males causados pela doença.

A teoria dela enfatizava o ambiente, como sendo o responsável pela cura ou

adoecimento, com destaque à: ventilação, iluminação, calor, limpeza, ruídos, odores e

alimentação. Apesar de reconhecer que situações estressantes atenuam a doença, ela ainda

atribui ao ambiente à força maior do processo saúde e doença.

Florence valorizou muito, a observação do enfermeiro direcionado ao paciente, e a

coleta de dados tinha duas vertentes de enfermagem, e curativa, que é realizada por

profissionais, e a preventiva, que segundo ela, exigia alguma prática e podia ser realizada por

qualquer um.

Apesar de apresentar conceitos relativamente simples, a teoria de Florence era muito

prática e objetiva, sanava o que no momento em que surgiu, era o maior problema, hoje muitos

conceitos desta teoria, ainda são observáveis na enfermagem moderna.

HILDEGARD E. PEPLAU E A TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Esta teoria surge na década de 50, e reflete a preocupação com a compreensão da

enfermagem na época, sendo importante para a prática profissional, Peplau define homem como

um organismo que luta para reduzir a tensão gerada pelas necessidades.

Peplau se utilizou muito da psicologia, do modelo psicológico comportamental, para

fundamentar a sua teoria que é focada no crescimento e desenvolvimento humano pessoal. A

partir de então a enfermagem deixou de focar a doença, eventos psicológicos, sentimentos,

começaram a ter importância e inclusive fazer parte dos diagnósticos de enfermagem, pôs

ênfase nas relações interpessoais, baseadas na comunicação efetiva e numa verdadeira relação

de ajuda, é uma teoria criada para o ambiente hospitalar.

O processo de enfermagem segundo Peplau é composto por quatro fases que se

relacionam entre si e são indissociáveis:

ORIENTAÇÃO: Orientar um paciente sobre o seu problema é uma tarefa bastante

complexa. É necessário que o paciente compreenda as suas próprias dificuldades e a magnitude

da sua necessidade de ajuda. Então este processo depende tanto da postura do profissional

quanto do próprio paciente. O enfermeiro entra então como apoio e instrutor.

IDENTIFICAÇÃO: É quando o paciente identifica seu estado e se identifica com

seus cuidadores, nesta fase Peplau ressalta a importância de permitir que o cliente exteriorize

todos os seus sentimentos e opiniões.

EXPLORAÇÃO: Aqui o paciente já conhece sua posição e de seus cuidadores e

usufrui dos benefícios da mesma, se estiver confortável, Peplau afirma que já será capaz de

tomar partido e cuidar da própria condição.

RESOLUÇÃO: é a fase da libertação dos laços, quando o paciente já alcançou as

metas propostas, cura, melhora, e começa a estabelecer novas metas, volta para casa, mudanças

de hábitos.

Segundo Peplau os papéis da enfermagem são: o de estranho, pessoa de recurso,

professor, líder, substituto e o de conselheiro.

É uma importante teoria que confere novos rumos à enfermagem, se complementa a

teoria de Florence e estabelece um novo patamar ao enfermeiro, que deixa de ser simplesmente

um cuidador.

IMOGENE KINGIMOGENE

King criou sua teoria na década de 70, em um momento bem propício da enfermagem,

momento este em que a enfermagem buscava bases científicas para seu estabelecimento, sua

teoria realizou algo inédito até então, que foi a sistematização da enfermagem é uma teoria

complexa, que requer muita interação entre o cuidador e o paciente, com o alcance de objetivos

de saúde para o cliente, isso é realizado em três sistemas interativos: o pessoal, que é o indivíduo

consigo mesmo, como se estabelece, sua psiquê autopercepção, etc. O interpessoal, que é como

ele se estabelece no meio social, aí entra inclusive o enfermeiro. E o sistema social, que é um

sistema de limite organizado de papéis sociais, comportamentos e práticas desenvolvidas para

manter valores e mecanismos de regulação dessas reações.

Na prática, a teoria de Imogene King é muito funcional, e estabelece níveis de

prioridades, primeiramente vem, a interação do enfermeiro-cliente, e ela enfatiza bem a

importância dessa relação ser boa, e de haver uma boa comunicação nesta díade, depois vem o

diagnóstico, que é a detecção dos cuidados e necessidades que deverão ser direcionados ao

cliente. O estabelecimento de metas vem a seguir, e então a verificação