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Por:   •  30/11/2015  •  Resenha  •  1.426 Palavras (6 Páginas)  •  150 Visualizações

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Custos logísticos são todas as despesas referentes ao custeio de armazenagem, estoques, transportes e processamento de pedidos, seja de matérias primas, produtos semiacabados ou ainda de produtos finais.

É comum até mesmo alguns profissionais restringir o assunto “custos logísticos” ao transporte de cargas, talvez porque esta fração da logística represente a maior porcentagem dos custos.

O correto é que devemos considerar todos os custos logísticos como aqueles que incorrem durante todo o fluxo de materiais e bens, o que engloba desde o ponto de fabricação até a entrega no Cliente.

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  1. Custos com Armazenagem: O galpão, depósito ou qualquer edificação adequada destinada ao armazenamento de estoques compõe uma parte dos custos logísticos totais.  Entre as principais despesas estão gastos com aluguéis do prédio (em caso de ser alugado e não próprio), energia elétrica, água, seguros e impostos, conservação, equipamentos de movimentação, segurança, salários e encargos. Quanto maior a produção e volume armazenado (não venda), maior será o custo com a armazenagem. Volume alto armazenado gera excesso de movimentação, maior demanda operacional dentro do armazém, por consequência maiores quebras e avarias.
  2. Custos com Estoques: São todos os custos gerados a partir da decisão de manter estoques dos materiais. São muito comum em estoques elevados, as perdas por roubo, desvios, depreciação dos materiais e ou produtos e obsolescência. Grandes volumes de estoque, também sugerem grande volume de capital parado. Quanto maior for o valor imobilizado nos estoques, menor é o investimento em aplicações financeiras que possam render juros e outros e outras receitas.
  3. Custos com Processamento de Pedidos: custos que por definição são os que menos impactam nos custos logísticos totais. É considerado custos com processamento de pedidos o fluxo de processo de produtos a serem comprados, preparação e colocação de cotações e pedidos, workflow de aprovação e registros e controles nos sistemas de gestão. Ainda temos que citar todo o esforço de analises de propostas, fechamento de concorrências, acompanhamento de entregas e realização de pagamentos como fazem parte destes custos.

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  1. Custos com Transportes: Estes custos são em geral considerados os mais relevantes da cadeia logística, que podem inclusive interferir no preço final de um determinado produto. Custos com transporte são todas as despesas realizadas em virtude da movimentação dos materiais e ou produto, desde a sua origem até o destino final.

No transporte de produtos muito densos e com baixo valor por peso (areia, carvão) os custos com o transporte são elevados, ao contrario de produtos de alto valor por peso (joias, obras de arte) o custo do transporte fica bem mais reduzido.

Em particular, o Brasil tem sua demanda por transporte basicamente atendida via modal rodoviário. Por conta disso nossos custos, em visão macro, com transportes é um ponto da cadeia logística sempre em grande evidencia.

Custos Logísticos Total

Existem ainda outras particularidades quando falamos de custos logísticos. Outras divisões, outras classificações que em cálculos mais técnicos e aprofundados devem ser subdivididos. Resumidamente, o custo logístico total é o resultado dos custos acima esboçados e mais algumas outras divisões. Segue abaixo equação para melhor compreensão:

CLT= CAM + CTRAN + CSC + CE + CME + CTI + CTRIB + CAD + CR

Legenda:

CAM= custo de armazenagem e movimentação

CTRAN = Custo de Transporte

CSC = Custo dos serviços aos clientes

CE= Custo de Embalagem

CME = Custo de Manutenção do Estoque

CTI = Custo da Informação

CTRIB = Custos Tributários

CAD = Custo da Administração Logística

CR = Custo de riscos

Modelos de determinação de custos logísticos

A concepção dos modelos existentes não possui uma visão sistêmica do processo logístico. Alguns autores consideram esses modelos como modelos de custos logísticos, outros apenas fazem referência às formas de determinação de custos operacionais em partes do sistema logístico, porém nenhum autor pesquisado contempla os custos a partir do processo logístico e que possa ser utilizado em todo o sistema logístico. A síntese cronológica, a seguir, é de Borba (2003):

Modelo de Uelze (1974): o custo logístico é resultado da soma dos custos de transporte, mais o custo de armazenagem, mais o custo de manuseio, mais o custo de obsolescência durante o tempo em que o produto estiver em armazenagem e no transporte, mais o custo do dinheiro durante o tempo em que o produto estiver em armazenagem e no transporte.

L = T + A + M + O + D

 Na formulação, L é o resultado do custo logístico, T é o custo de transporte, A é o custo de armazenagem, M é o custo de manuseio, O é o custo de obsolescência e D é o custo do dinheiro. Assim, este modelo abrange partes do sistema logístico, pois trata de custos de transporte e armazenagem, que são intrínsecos ao suprimento e à distribuição.

Modelo de Goldratt (1986, citado em GOLDRATT; COX, 1997): o custo de produção é a soma dos custos de estoque (custos de aquisição das matérias-primas que estão ao longo do fluxo de produção) e dos custos de operação (custos que a empresa empregou para a transformação das matérias-primas em produtos acabados).

P = E + O

 Na formulação, P é o custo da produção, E é o custo de estoques e O é o custo das operações. Assim, este modelo, por não ter foco na logística empresarial, pode gerar uma distorção, uma vez que trabalha com a maximização do resultado das operações industriais de uma empresa, segundo as restrições de capacidades, sem contemplar o impacto mercadológico das vendas perdidas por falta de oferta.

Modelo de Dias (1993): os custos totais são a soma dos custos de armazenagem (resultado do custo financeiro pelo tempo que os materiais permanecem em estoque) acrescidos dos custos de pedido (resultado do rateio das despesas de confecção dos pedidos).

CT = CA + CP

Na formulação, CT é o custo total, CA é o custo de aquisição de estoques e CP é o custo de posse dos estoques. Assim, este modelo, como os anteriormente citados, captura somente os custos de uma parte do sistema logístico. O autor considera que a falta de estoques pode ser medida, porém não insere esse custo no seu modelo; considera também que podem ser inclusos os custos de distribuição, que apresentam os custos com o grande número de vendedores, com as entregas, com os riscos dos créditos concedidos aos clientes e com a necessidade de capital circulante apropriado para suportar tal risco, e com a supervisão das vendas como integrantes do custo do esforço feito para que o produto chegue até o consumidor, cumprindo o objetivo de produção.

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