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Trabalho De Administração Logistica Na Pmmg

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Por:   •  24/2/2014  •  3.125 Palavras (13 Páginas)  •  719 Visualizações

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Apontamentos das Aulas da

disciplina

Gestão de Suprimentos – UD I

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NESSES 60 anos decorridos desde a Segunda Guerra Mundial, a Logística apresentou uma evolução continuada, sendo hoje considerada um dos elementos-chave na estratégia competitiva das empresas. No início era confun¬dida com o transporte e a armazenagem de produtos; hoje é o ponto nevrál¬gico da cadeia produtiva integrada, procurando atuar de acordo com o moderno conceito de SCM - Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimento). Neste capítulo, faremos um retrospecto sucinto da evolução da Logística desde a Segunda Guerra Mundial até os dias de hoje, período em que praticamente todo o processo produtivo e comercial vem sendo reestruturado dentro dos princípios do SCM. Apesar de se tratar de um assunto abordado na maioria dos livros da área, julgamos necessária essa discussão, porque muitas das questões que virão a ser discutidas neste texto, referentes à distribuição de produtos, farão referência a conceitos básicos importantes, abordados neste capítulo.

O QUE É LOGÍSTICA?

Na sua origem, o conceito de Logística estava essencialmente ligado às ope¬rações militares. Ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os generais precisavam ter, sob suas ordens, uma equipe que providenciasse o deslocamento, na hora certa, de munição, víveres, equipamentos e socorro médico para o campo de batalha. Por se tratar de um serviço de apoio, sem o glamour da estratégia bélica e sem o prestígio das batalhas ganhas, os grupos logísticos militares trabalhavam em silêncio, na retaguarda.

Foi o que também ocorreu nas empresas durante um bom período de tempo. Uma indústria precisa transportar seus produtos da fábrica para os depósitos ou para as lojas de seus clientes; precisa também providenciar e ar¬mazenar matéria-prima em quantidade suficiente para garantir os níveis de fabricação planejados. Por outro lado, em razão das descontinuidades entre o ritmo de produção e de demanda, precisa manter produtos acabados em estoque. Essas operações eram antigamente consideradas atividades de, apoio, inevitáveis. Os executivos entendiam então que, no fundo, tais opera¬ções não agregavam nenhum valor ao produto. Dentro da organização em¬presarial, esse setor era encarado como um mero centro de custo, sem maio¬res implicações estratégicas e de geração de negócios. Em linguagem de hoje, diríamos que esse setor da empresa atuava de forma reativa e não proativa.

A maioria das indústrias, por outro lado, surgiu no chão da fábrica, gi¬rando em torno do processo de fabricação de uns poucos produtos, com o restante da organização gravitando em torno da manufatura. Ainda hoje, no Brasil e mesmo no exterior, se observa o poder que o setor da manufatura desfruta em muitas indústrias. Isso pode ser observado também nos cursos de Engenharia de Produção do país, os quais, na sua maioria, focalizam predominantemente o processo de fabricação industrial. Esse contexto ainda colabora, em muitos casos, para que algumas empresas considerem as ativi¬dades logísticas algo secundário na organização empresarial.

Um elemento básico no processo produtivo é o distanciamento espacial entre a indústria e os mercados consumidores, de um lado, e as distâncias en¬tre a fábrica e os pontos de origem das matérias-primas e dos componentes necessários à fabricação dos produtos, de outro. O produto, ao sair da fábri¬ca, já tem um valor intrínseco a ele agregado, mas esse valor está ainda in¬completo para o consumidor final. Para que o consumidor possa usufruir o produto em toda sua plenitude, é necessário que a mercadoria seja colocada no lugar desejado. Por exemplo, a geladeira comprada por uma dona de casa só gera seu valor intrínseco quando for instalada na casa da compradora e passar a refrigerar os alimentos da família. O sistema logístico, mesmo o mais primitivo, agrega então um valor de lugar ao produto. Um exemplo anedótico desse importante elemento é o de um torcedor num estádio de fu¬tebol, em dia de final de campeonato e de muito sol, que reclama do preço da cerveja ao vendedor ambulante. O vendedor, irritado, pergunta ao com¬prador por que não vai procurá-la num supermercado, cujo preço com certe¬za é bem inferior. A existência da cerveja mais barata no supermercado, no caso, não agrega valor para o consumidor, pois seu alcance geográfico está fora de questão naquele momento.

O valor de lugar depende, obviamente, do transporte do produto, da fá¬brica ao depósito, deste à loja, e desta ao consumidor final. Por essa razão, as atividades logísticas nas empresas foram por muito tempo confundidas com transporte e armazenagem. No entanto, o conceito básico de transporte é simplesmente deslocar matérias-primas e produtos acabados entre pontos geográficos distintos. Com a evolução do sistema produtivo e do comércio, esse elemento, embora importante, passou a não satisfazer isoladamente às necessidades das empresas e dos consumidores. Vejamos um exemplo nega¬tivo, antilogístico por excelência, que pode nos ajudar bastante no entendi¬mento do contexto da moderna Logística.

No início da década de 1960, quando a indústria automobilística estava sendo implantada no Brasil, as rodovias eram muito precárias. Os veículos que saíam das fábricas, em São Bernardo do Campo, e eram destinados ao Nordeste tinham duas alternativas de deslocamento: ir rodando até o desti¬no pelas estradas não pavimentadas, em caravanas (as carretas especializadas ainda não existiam), ou ser transportados

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