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Trabalho De Psicanalise

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Por:   •  29/5/2014  •  1.946 Palavras (8 Páginas)  •  820 Visualizações

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Trabalho referente a nota de AV1

Disciplina: Teorias e Sistemas Psicologicos II - Psicanalise

1- Faça uma descrição de comportamentos histéricos e fóbicos na perspectiva da psicanálise. Destaque três sintomas presentes na histeria e em casos de fobia que podem se manifestar através da transferência no setting psicanalítico. Justifique a resposta.

Os comportamentos histéricos apresentam sintomas sensoriais e motores da histeria são denominados conversão, pois geralmente não seguem as costumeiras inervações do sistema nervoso. Os distúrbios sensoriais podem: abranger os sentidos da visão, audição, paladar e olfato; variar desde sensações peculiares até a hipersensibilidade ou anestesia total; causar grande sofrimento com dores agudas, para as quais nenhuma causa orgânica pode ser determinada. Os distúrbios motores podem incluir uma gama de manifestações, como : paralisia total, tremores, tiques, contrações ou convulsões. Afonia, tosse, náusea, vômito, soluços são muitas vezes de origem histérica. Episódios de amnésia e sonambulismo são considerados reações de histéria.

Já com relação aos comportamentos fóbicos, fobia manifesta-se no medo, na inquietação diante de um perigo real, ou imaginário. Mostra uma dor que ameaça a desintegração do eu, que demonstra a falta de garantia, o vazio do simbólico.

Segundo Freud, a dinâmica da transferência tem a ver com a junção dos acidentes da historia individual, a qual é repetida constantemente na sua vida, numa fixação nesses protótipos afetivos. Concomitantemente ao aparecimento da noção de transferência, firma-se a psicanálise. Na qual Freud fala da sua dinâmica, do jogo de seduções e dos embaraços que ela desencadeia no tratamento, para isso o psicanalista precisa estar emocionalmente preparado.

Dora trazia para Freud seus sintomas; “produzia” em seu corpo falas intermináveis a partir de sua histeria, e assim pela via da conversão histérica, essas marcas narravam sobre a insatisfação do seu desejo. Seu movimento histérico sustentava o desejo afastado e concomitantemente marcava o quanto desejava. Seus sintomas, em nada aleatórios em relação ao local afetado, foram estabelecendo como se operacionalizava a conversão histérica e permitindo também para Freud a compreensão do destacamento necessário do sintoma em si e assim inserir uma maneira de ir além da inscrição corporal. Este desatar-se do sintoma foi o movimento necessário para conduzir o paciente ao livre associar e junto disso abriu-se a possibilidade de repetição. Nessa relação o analista trabalha proporcionando a transição do paciente, até que este possa compor a partir de um outro patamar. Está presente um investimento mútuo, a vivência do conflito com o analista e a circulação deste analista ao redor do conteúdo latente. A grande aposta é tornar hábil o sujeito a um dizer que lhe cause o menos dano possível.

Exemplos que podem se manifestar da histeria no setting psiconalitico : tosse, soluços, afonia. O sentimento transferencial encontra-se pronto, aguardando a oportunidade para se dirigir à figura do psicanalista, o qual por sua vez ocupa o lugar de algum personagem importante na história do paciente.

Com relação a fobia, alguns exemplos que podemos citar é : inquietude, quando um perigo real ou imaginario se apresenta, dor ameaçadora, sentimento de vazio. Isso pode-se observar no setting psicanalitico quando por exemplo, através da associação live o paciente relata momentos em que os sintomas citados podem ser lembrados.

2- Relacione os sintomas descritos na questão de nº. 1, com o “Caso Dora” e o pequeno Hans. Justifique a resposta.

* Caso Dora

Dentre as questões principais do caso, estão a idealização que Dora faz da Sra. K., e o fato de Dora estar apaixonada pelo Sr. K. Dora apresentava muitos sintomas, relacionados com a complexa relação que ela e o pai mantinham com o casal K. : ligação amorosa platônica dissimulada entre seu pai e a Sra. K, corte algumas vezes intensa, mas secreta do Sr. K. á ela. Freud dirigiu a análise de Dora no sentido do reconhecimento de seu desejo recalcado pelo Sr. K., o que lhe permitiu mostrar a importância, na instalação da histeria, do amor pelo pai impotente, seqüela edípica, interpretada aqui como defesa atual contra o desejo. Dora queixava-se para Freud de sintomas como dores de estômago dilacerantes e tosse. A doença também estava presente na Sra. K.: O Sr. K. passava parte do ano viajando; sempre que voltava, encontrava sua mulher adoentada, embora, como Dora sabia, ela tivesse gozado de boa saúde até o dia anterior. O interessante é que a Sra. K. e Dora apresentavam comportamentos contrastantes: enquanto a primeira adoentava-se quando o esposo chegava, Dora “curava-se” de sintomas como a tosse, ocorrida no período em que o Sr. K. estivera ausente.

* Pequeno Hans

O sintoma fóbico surge para diminuir a angústia de castração. O pequeno Hans tem o desejo de ficar com a mãe e de afastar o seu pai, mas pelo medo ( manisfestação do sintoma 'medo' diante do imaginario de Hans) da castração ele recalca os impulsos hostis contra o pai, o que dá início à formação do sintoma. Por ter esses impulsos a criança teme que o pai vá castigá-la, ameaçá-la. O medo que Hans tinha do pai foi deslocado para o cavalo, por quem ele temia ser mordido (dor que ameaça a desintegração do eu).

Assim, ele restringe a situação de angústia ao encontro com o cavalo (e com aquilo que se associa ao cavalo), que pode ser evitado, em contraste com o contato com o pai, do qual ele não poderia fugir. Além da fobia permitir que o sujeito contorne a castração e possa evitar o confronto com ela, é uma defesa porque na escolha de um objeto (cavalo) dá-se uma significação para a irrupção de angústia (afeto sem representação), transformando-a em medo, o que é mais bem tolerado pelo sujeito.

3- Aponte uma descrição do perfil comportamental dos familiares de “Dora” e o pequeno Hans, e destaque possíveis interferências na construção dos seus sintomas. Justifique a resposta.

Caso do Pequeno Hans: Relacionando a interferência dos pais com relações aos seus sintomas: Fobia.

Freud considerou a espontaneidade de Hans, que se aproximou dos temas sexuais e do parto pelas vias excretórias.As fantasias do complexo de castração, como a do bombeiro no final do caso, também não estariam atreladas à sugestão. A leitura e as releituras permitem pensar que Freud estava certo nesse ponto. De fato, o pai podia encharcar o filho com perguntas. Mas

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