Trabalho De Tutoria

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARANÁ

A região teve como primeiros habitantes os índios Guarani, daí a origem do nome Paraná que significa “semelhante ao mar”.

A partir da década de 50, intensificaram-se o plantio do café, algodão e cana-de-açúcar. Em abril de 1973, baseada em um acordo internacional sobre o aproveitamento dos recursos hídricos do rio Paraná, foi criada a usina hidrelétrica ITAIPU BINACIONAL (Itaipu, do Tupy – “pedra que canta”).

A Região Hidrográfica do Paraná possui uma área de 879.873 km² (10% do território nacional), contendo o segundo maior rio em extensão na América do Sul (rio Paraná) e o 10º maior do mundo em vazão. A bacia do rio Paraná abrange as seguintes unidades federativas: São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal.

 

LABORATÓRIO DE SOLOS E HIDROSSEDIMENTOLOGIA

As margens do rio Paraná passaram por intensas alterações após a inundação que originou o Lago de Itaipu, adaptações que afetaram o meio físico, biológico e social.

A Bacia do Paraná é ocupada com pequenas áreas de agricultura intensiva. Ela mantém uma faixa de uso misto com culturas anuais (soja, milho, trigo), que segue da parte sul até a parte central da bacia.

Também são encontradas áreas de cobertura florestal, pastagem artificial, pastagens para criatórios bovinos de leite e de corte e concentrações urbanas e industriais, com destaque para Foz do Iguaçu e Cascavel.

LABORATÓRIO DE LIMNOLOGIA

• Qualidade da água - IQA

Foram obtidos bons resultados com relação ao Índice de Qualidade das Águas, com predominância das qualidades boa e razoável. Os resultados obtidos de IQA foram predominantemente de qualidade boa e razoável. De uma maneira geral, os parâmetros se situam dentro das respectivas classes. A exceção fica por conta dos coliformes e do fósforo, que frequentemente excedem estes limites. Com relação aos metais pesados, tais como mercúrio, cádmio e chumbo, estes não foram detectados ou estiveram abaixo dos limites permissíveis.

Os melhores resultados são nos pontos de Foz do Iguaçu e no Iate Club, o que indica um efeito benéfico do reservatório de Itaipu na qualidade da água. Os resultados demonstram que não há restrições quanto ao uso dessas águas para abastecimento público e industrial, irrigação e dessedentação de animais.

• Qualidade da Água – Potencial Contaminante

Em usos rurais, a bacia apresenta potencial de contaminação por run-off agrícola, apresenta-se como um núcleo com alto volume de agrotóxicos comercializados e vulnerabilidade à contaminação do aquífero Caiuá. Já em usos urbanos apresenta baixa infraestrutura de esgotos e drenagem.

LABORATÓRIO DE HIDROQUÍMICA

• Disponibilidade Hídrica Superficial

A disponibilidade hídrica superficial da parte sul da bacia é de 9 mil L/s, na parte central é de 16 mil L/s e na parte norte é de 58 mil L/s. O valor demandado é de 0,7 mil L/s na parte sul, 58 L/s na parte central e 2 mil L/s na parte norte.

• Disponibilidade Hídrica Subterrânea

A disponibilidade hídrica subterrânea da parte sul da Bacia do Paraná é estimada em 1 mil L/s, provida pelas unidades aquíferas: Guarani, Serra Geral Norte e Caiuá. Na parte central é estimada em 2 mil L/s, provida pelas unidades aquíferas: Guarani e Caiuá. Já na parte norte é estimada em 14 mil L/s, provida pelas unidades aquíferas: Guarani, Serra Geral Norte.

LABORATÓRIO DE HIDROMETRIA

Segundo dados do INMET (2007), a precipitação média anual na região do Paraná é de 1.543 mm, abaixo da média nacional que é de 1.761 mm.

A vazão média da região hidrográfica do Paraná, segundo levantamento de dezembro de 2007, é de 11.414 m3/s, correspondendo a 6,4% da vazão média no país. A sua disponibilidade hídrica é igual a 5.792 m³/s. A vazão específica na região é de 13,0 L/s/km2, sendo a média brasileira igual a 20,9 L/s/km².

LABORATÓRIO DE IRRIGAÇÃO

Toda água utilizada para irrigação provida pela bacia é drenada do reservatório de Itaipu. A área irrigada da região do Paraná, tomando-se como referência