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Trabalho Molde

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Por:   •  11/10/2013  •  376 Palavras (2 Páginas)  •  501 Visualizações

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O que você acharia se estivesse fazendo um Cruzeiro de navio, e por um pequeno desvio de rota passasse perto de uma pequena ilha. Ao visualizar com seu binóculos você observaria pessoas neste lugar, centenas delas, cercadas por 8 fogueiras, fazendo danças e algum tipo de ‘ritual’. Não se preocupe você não saiu do Brasil e nem encontrou uma civilização perdida, apenas acabou de conhecer a ilha de Marawi, pertencente ao estado da Bahia.

O povo da ilha, considerado hospitaleiro e divertido pelos curiosos (e poucos) visitantes da cidade, possuem um estilo de vida isolado e incomum. Sem contar os quatro fundadores da ilha, Tar, Malr, Maltes e Alot, o restante da população não conhece carro, smartphones, estádio de futebol e nenhum aparelho relacionado à tecnologia, fora o que observam em alguns navios que passam na região, como conta Alens, primo de Tar. “Vivemos com o que plantamos e fabricamos, criamos a nossa tecnologia” descreve ele. “Cansados de viver num país de regras, julgamentos, os fundadores decidiram se isolar nesta ilha para poder viver tranquilamente e sem nenhum medo de preconceito”, conta Paulo Dias, Historiador e Antropólogo das ilhas de Bahia.

“Mas não é isso que torna a cidade incomum, é a chama”, diz ele. Marawi acredita no princípio de Aché, do Filósofo Heráclito, onde todas as coisas originam-se do Fogo. Isso mesmo. “O fogo é considerado uma troca de coisas, a cada nascimento as pessoas ascendem uma chama, comemoram, e em troca ofertam algo que não está mais vivo, como queimar uma planta, ou cremar algum ente que partiu. O mesmo ocorre quando precisam que nasça algo, que a terra dê frutos, o ritual acontece e algo sempre é ofertado, uma crença que segundo os moradores sempre dá certo.

Outra curiosidade é que todos os moradores da ilha tem o cabelo raspado. Segundo eles, isso impede que o fogo se revolte com algum pensamento ruim do habitante e provoque faíscas em seu cabelo enquanto dormem. Nenhum visitante pode aparecer com o cabelo exposto, deve usar uma toca ou um lenço. Assim, com sua cultura, a unida Marawa não se importa com ‘o resto da humanidade’. A população vive com suas crenças e cria as crianças, sempre transferindo de geração a geração os seus costumes.

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