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Trabalho Pedagogico

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Por:   •  1/5/2014  •  5.747 Palavras (23 Páginas)  •  513 Visualizações

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O TRABALHO PEDAGÓGICO-EDUCACIONAL EM CLASSE HOSPITALAR: UM ESTUDO DE CASO

Mariluce Maria Oliveira dos Santos

Thais Silva Pereira

Maribel Barreto

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo entender como acontece o trabalho pedagógico-educacional e as atribuições dos Pedagogos nas Classes hospitalares. Percebe-se que apesar de se ter pouca produção sobre o assunto, a Pedagogia Hospitalar já existe a mais de sessenta anos, sendo de fundamental importância para as crianças hospitalizadas tanto para não perder o vínculo escolar quando para sua recuperação, pois o convívio com professores e outras crianças diminui a ansiedade e a recuperação se torna mais rápida ou até mesmo menos dolorosa. As metodologias escolhidas para o desenvolvimento desse trabalho foram à pesquisa bibliográfica e o estudo de caso. Constata-se que o professor da classe hospitalar tem um planejamento que pode ser flexibilizado para acolher toda e qualquer criança no ambiente hospitalar, seja ela diretamente na classe hospitalar, no leito, ou até mesmo no isolamento. O embasamento teórico perpassa pelas contribuições de vários autores, tais como: Matos e Mugiatti (2011), Fonseca (2008), Porto (2010), entre outros. Conclui-se que a pedagogia hospitalar parte de uma abordagem sócio-construtivista contemplando o lúdico para desenvolver o lado psicológico do aluno-paciente, dando continuidade ao desenvolvimento pedagógico educacional das crianças, adolescentes ou até mesmo do familiar acompanhante, onde o pedagogo promove uma pratica permeada por valores humanos visando à construção do conhecimento.

Palavras-chave: Pedagogos. Classes hospitalares. Flexibilizado. Isolamento.

ABSTRACT

This article aims to understand how does the educational and pedagogical work-assignments of instructional classes in hospital. It is observed that although there was little production on the subject, Pedagogy Hospital has been around for over sixty years, being of fundamental importance for children hospitalized so as not to lose the link to school when his recovery, because the interaction with teachers and other children the anxiety and reduces recovery becomes even faster and less painful. The methods chosen for the development of this work were the literature and case study. It appears that the class teacher hospital has a plan that can be made more flexible to accommodate each and every child in the hospital environment, either directly in the class hospital, in bed, or even in isolation. The theoretical background permeates the contributions of several authors, such as: Mugiatti and Matos (2011), Fonseca (2008), Porto (2010), among others. It is concluded that the teaching hospital part of a socio-constructivist approach looking at the play to develop the psychological side of the student-patient, continuing to develop pedagogical education of children, teenagers or even the family companion, where the teacher promotes a practice permeated by human values in order to build knowledge.

Keywords: Educators. Classes hospital. More flexible. Isolation

1 INTRODUÇÃO

A Pedagogia Hospitalar é um tema pouco versado em sua essência, por isso surgiu inquietações sobre entender as atribuições do pedagogo em classe hospitalar, devido saber que a rotina é diferente de uma classe escolar regular.

Segundo Fonseca (1999) a pedagogia hospitalar iniciou-se no Brasil na década de 1950, no Rio de Janeiro, no Hospital Escola Municipal Menino Jesus. Isso ocorreu, pois, durante a Segunda Guerra Mundial a presença da escola dentro dos hospitais foi de grande importância, visto que neste período um número muito grande de crianças e adolescentes atingidos e mutilados estava proibido de ir à escola.

O contexto da Pedagogia Hospitalar aborda um breve histórico contando quando surgiu a primeira classe hospitalar no Brasil, suas principais características e necessidades do aluno paciente, o foco de atuação do atendimento educacional hospitalar e seus principais desafios diante do acompanhamento pedagógico hospitalar.

A prática educacional no hospital retrata o olhar diante das observações em uma classe hospitalar onde a professora lida com uma realidade escolar diversificada, por isso ter um planejamento flexível é imprescindível diante da necessidade momentânea, precisando assim de uma escuta pedagógica levando em conta a realidade individual naquele espaço, onde cada um tem uma enfermidade, uma limitação diversificada e que tem que ser compreendida pela professora a todo o momento.

Para tanto acredita-se que frequentando a escola hospitalar os alunos-pacientes despertam e reagem de acordo com seus desejos e anseios, pois as atividades trabalhadas pelo pedagogo além de ter fundamentos pedagógico-educacionais perpassa pelo lúdico onde desperta emocionalmente e psicologicamente o eu da criança que deve ser estimulado continuamente devido a sua hospitalização desgastante.

2 O CONTEXTO DA PEDAGOGIA HOSPITALAR

A Pedagogia Hospitalar surgiu no ano de 1935 em Paris, quando Henri Sellier inaugurou a primeira escola para crianças inadaptadas, devido ao grande número de crianças tuberculosas. Logo depois, a Alemanha, a França e os Estados Unidos utilizaram essa proposta. De acordo com Fonseca (1999), esta prática iniciou-se no Brasil na década de 1950, no Rio de Janeiro, no Hospital Escola Municipal Menino Jesus.

Segundo Vieira (2011), a Pedagogia Hospitalar é resultado de alguns estudos acadêmicos que se realizam desde o início do século XXI. Estudos esses que se preocupavam em direcionar atenção às crianças hospitalizadas. Isso ocorreu, pois, durante a Segunda Guerra Mundial a presença da escola dentro dos hospitais foi de grande importância, visto que neste período um número muito grande de crianças e adolescentes atingidos e mutilados estava proibido de ir à escola. Diante desse fato alguns médicos se engajaram incentivando o atendimento dessas crianças através de classes hospitalares.

O atendimento escolar hospitalar serve como resgate da criança para a escola, as atividades pedagógico-educacionais tem imenso valor para a criança e sua família, ao se envolver com as atividades escolares a criança esquece a dor e através delas o aluno-paciente tem a oportunidade de exercer seu direito de aprender, sentindo-se produtivo e participante, sendo assim capaz de construir sua vida com novas ênfases e sem ressentimentos reduzindo até mesmo

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