Vasconcellos, Celso Dos S. Coordenação Do Trabalho Pedagógico: Do Projeto Político- Pedagógico Ao Cotidiano Da Sala De Aula, 7ª Edição, Editora Libertad, São Paulo, 2006
Ensaios: Vasconcellos, Celso Dos S. Coordenação Do Trabalho Pedagógico: Do Projeto Político- Pedagógico Ao Cotidiano Da Sala De Aula, 7ª Edição, Editora Libertad, São Paulo, 2006. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 270485 • 23/4/2013 • 9.619 Palavras (39 Páginas) • 7.307 Visualizações
Vasconcellos, Celso dos S. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político- pedagógico ao cotidiano da sala de aula, 7ª edição, editora libertad, São Paulo, 2006
Prefácio
Pag 11 implica tanto a atividade docente como a discente, já que a aprendizagem, embora se dando em um contexto social, depende, antes de tudo, da ação do aluno; além disto, o reconhecimento da atividade discente é decorrente e assumirmos uma linha de desenvolvimento de autonomia, de construção do projeto de vida.
Pag 15
PPP considerações sobre a elaboração e concretização
É praticamente impossível mudar a prática de sala de aula sem vincula-la a uma proposta conjunta da escola, a uma leitura da realidade, à filosofia educacional, às concepções de pessoa, sociedade, currículo, planejamento, disciplina, a um leque de ações e intervenções e interações
Pag 16 Emergência da necessidade do PPP
A partir dos anos 80, do século XX, a escola vai sendo identificada como um importante espaço na concretização das políticas educativas, deixando de ser mero prolongamento da administração central.
Um pouco antes disto(anos 70), as instituições de ensino são submetidas a uma virulenta crítica sociológica. Passam a ser identificadas como aparelhos ideológicos de Estado, como reprodutoras da desigualdade social.
Pág 17 ...entendemos que não é por omissão, frouxidão ou imprecisão teórico- metodológica que podemos eventualmente ajudar a avançar a prática educativa; pelo contrário, esta contribuição pode se dar pela apresentação de uma posição bem definida, que favoreça o debate e as necessárias superações.
Em termos de abordagem da temática, pode-se dar ênfase mais ao que seria conteúdo do projeto ou ao seu método também é conteúdo, é fruto de uma dada concepção de mundo, de epistemologia, de educação, etc.,
Resgatando o conceito e a finalidade do projeto
Pág 17 Pode ser entendido como sistematização, nunca definitiva, de um processo de planejamento participativo, que se aperfeiçoa e se objetiva na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar, a partir de um posicionamento quanto a sua intencionalidade e de uma leitura da realidade.
Pág 18 e 19 Enquanto processo, implica a expressão das opções da instituição, do conhecimento e julgamento da realidade, bem como das propostas de ação para concretizar o que se propõe a partir do que vem sendo; e vai além: supõe a colocação em prática daquilo que foi projetado, acompanhado da análise dos resultados.
• dados; conhecimento, diagnóstico; necessidade; problema; justificativa; situação; contexto; realidade
• objetivo; meta; missão; princípio; visão de futuro; utopia; sonho; horizonte; finalidade
• orientação para ação; diretriz; política; estratégia;”como”, programação, plano de ação.
• Prática; aplicação; operacionalização; execução; implantação; realização;mediação; ação.
• Análise dos resultados; controle; retro-alimentação; monitoramento dos resultados; acompanhamento;avaliação.
Pág 19 e 20 Poderíamos nos remeter aqui a algumas das precisas e duras palavras de B. Brecht (1898-1956) em seu poema o Analfabeto Político: o pior analfabeto é o analfabeto político...o analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito, dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto, lacaio das empresas nacionais e multinacionais. Ele não ouve, não fala nem participa dos acontecimentos políticos.
Pág 21 O projeto te uma importante contribuição no sentido de ajudar a conquistar e consolidar a autonomia da escola, criar um clima, um ethos onde professores e equipe se sintam responsáveis por aquilo que lá acontece, inclusive em relação ao desenvolvimento dos alunos. De certa forma é o projeto que vai articular, no interior da escola, a tensa vivência da descentralização, e através disto permitir o diálogo consistente e fecundo com a comunidade, e mesmo com órgãos diferentes. É sempre bom lembrar que toda autonomia é relativa; o discurso da autonomia não pode ser usado para justificar fechamento, isolamento, auto- suficiência.
Pág 22 A estrutura básica da elaboração do PPP na linha do planejamento participativo é composta de três grandes elementos, a saber: Marco referencial, diagnóstico e programação, que correspondem, respectivamente, àquelas três dimensões do processo de planejamento que apontamos acima: projeção de finalidades, análise da realidade e elaboração das formas de mediação. Apresentamos no quadro da página seguinte as três partes constituintes da elaboração do PPP.
No processo de mudança da realidade, apesar de haver maior solicitação do “como”, uma pressa a se chegar logo ao ”o que” fazer, não podemos perder de vista a necessária articulação entre a finalidade do trabalho (Marco referencial), a análise da realidade( diagnóstico ), e as mediações propostas (programação), pois uma mediação pode ser totalmente equivocada se não conhecermos bem a realidade em que iremos atuar ou se não tivermos clareza dos objetivos; o desejo, a boa vontade, a utopia, o ideal é fundamental, mas não pode deixar de ser confrontado com os condicionantes, os limites históricos da realidade, bem como articulado co práticas objetivas que o concretizem. Deve-se fazer essa articulação entre todas as dimensões do projeto.
Pág 26 participação
A participação aumenta o grau de consciência política, reforça o controle sobre a autoridade e também revigora o grau de legitimidade do poder- serviço. Sabemos que quanto maior a participação na elaboração, maior a probabilidade de que as coisas planejadas venham de fato a acontecer.
Pág 29 Há, como vimos há pouco, um movimento dado no real, uma inércia; o mundo não está parado esperando nossa decisão para ver que rumo toma... Portanto, a ação não pode ser automática, mecânica ( baseada na tradição, repetição) ou aleatória (improviso). Impõe o rompimento da alienação.
O
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