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Trabalho Sobre A Indisciplina

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Por:   •  8/11/2014  •  1.553 Palavras (7 Páginas)  •  238 Visualizações

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Centro de Formação de Professores de Cascais

Formação de Professores

Acção de Formação nº 16/A – “ Indisciplina Escolar e Estratégias de Resolução de Conflitos”

Reflexão sobre o Bulling

Formadora: Isabel Castro Lopes

Trabalho realizado por: Helena Maria Lima França

S. João do Estoril, 20 de Outubro de 2010

“A não-violência absoluta é a ausência absoluta de danos provocados a todo o ser vivo. A não-violência, na sua forma activa, é uma boa disposição para tudo o que vive. É o amor na sua perfeição.”

Mahatma Gandhi

A violência escolar não é fácil de entender. Aparentemente não há nenhuma razão para que os alunos se tornam violentos. Alguns estão apenas seguindo o comportamento que eles viram em casa, nas ruas, ou em jogos de vídeo, filmes ou televisão. A violência surge muitas vezes de factores exteriores como causa primordial, no entanto, há excepções pois certos alunos possuem um historial de problemas psíquicos ou seja intrínsecos à sua personalidade. Mas, o que interessa reflectir é que foi devido a uma “ revolução” do modelo escolar depois do período histórico do vinte e cinco de Abril de 1974, em que se procurou atingir metas de uma escola inclusiva, democrática e massificada. Há que referir que essa mesma escola não se encontrava preparada quer ao nível da sua estrutura física, quer ao nível dos seus docentes que não trabalhavam em parceria, pois o paradigma da realidade tinha mudado e a família já não era uma mas sim múltipla com modificações diversas, assim como a sociedade. No entanto, na procura de tudo fazer de tudo incluir, sem uma estrutura organizada de parcerias com técnicos especializados, no sentido de sinalizar problemas diversos que alguns alunos transportam para o ambiente escola, ficou um vazio e então surge o procurar de uma polivalência escolar sem que os seus agentes consigam, porque não possuem formação adequada para responder a todos os problemas. Assim, a violência da Sociedade atinge como um furacão a Escola. Muitos negam, sabe-se também que os docentes interessados tudo fazem e conseguem por vezes verdadeiros milagres no seu quotidiano. Mas a profissão de um docente não é ser um “ Santo milagreiro”, mas sim conseguir sentir um clima de trabalho organizado e confortável não tendo medo de assistir a Bulling ou de ser vítima deste, ou seja, que o docente esteja já fornecido de estratégias e assim saiba como agir nesses casos. Às vezes, as pessoas que se tornam violentas são vítimas de provocações que já atingiram um limite e por isso se tornam Bullies, mas por vezes nem sequer possuem qualquer historial para produzirem acções atentando contra a vida dos outros. Existem alguns sinais característicos para detecção do problema: o stress de desordem pós traumática, ansiedade, problemas gástricos, perda de auto – estima, dores não especificadas, medo de expressões e emoções, problemas de relacionamento, abuso de drogas e álcool, auto – mutilação, suicídio também conhecido como bullycídio. Na escola os docentes deverão estar atentos a níveis elevados de absentismo e ao desrespeito pelos professores. Os Docentes deverão procurar antes de mais trabalhar em parceria com todos os agentes que possam intervir e ajudar, ou seja, devem promover parcerias internas no sentido de conhecer, identificar e interagir para a resolução deste e outros problemas. Como sugestão pessoal: prioritariamente deverão ser efectuadas várias acções de sensibilização tanto ao nível da escola, como na turma assim como com os Encarregados de Educação que deverão ser chamados e responsabilizados pela conduta dos seus educandos. Essas acções servirão como alertas e consciencialização para o problema, assim como, deverão apontar pistas de resolução para os casos de Bullying (1). Deverão existir Mediadores cuja figura será promotora de diálogo conducente a boas práticas sociais e educativas e cuja função seria também de identificação de alguns problemas que possam surgir. O Mediador procuraria um acordo justo e mutuamente satisfatório sem que os intervenientes não tivessem que ser retirados da turma caso fossem os agressores ou os agredidos. Essa função de Mediação teria que ser desempenhada por um técnico imparcial e penso que a figura de um Psicólogo Educacional seria talvez a mais adequada. Poderia existir ainda na escola uma linha telefónica anónima ou uma caixa de ocorrências / reclamações ou sugestões à qual só o Mediador teria acesso para que os alunos pudessem partilhar as suas preocupações ou pudessem relatar o bullying ou algum aspecto relevante de forma anónima. Outro aspecto que considerava útil, era a promoção de Colóquios / Escola / Turma com testemunhos quer de vítimas quer de agressores no sentido de promover uma prevenção contra o Bullying e melhorar a qualidade relacional positiva na Comunidade Educativa. Perante casos de Bullying o que é necessário efectuar a priori, promover o diálogo, não ignorar a situação, procurar manter a calma, mostrar que sabe o que está a acontecer, não agredir ou intimidar, tentar demonstrar que o acto de violência não resolve o problema do aluno, contactar com a hierarquia da escola ( Director de Turma, Auxiliares, Director, Psicólogo, Tutores, Mediador de Conflitos, etc…), comunicar ao Encarregado de Educação, promover o diálogo entre o agressor e o agredido no sentido de o consciencializar sobre os erros cometidos e ainda reforçar a auto estima de ambos. Seria importante ainda, nas aulas de Formação Cívica abordar esta temática através da visualização de filmes e ainda de casos que surgem na imprensa e procurar efectuar reflexões e trabalhos para que os alunos possam ter conhecimento e sejam agentes na consciencialização do problema, estes até poderiam ir a outras turmas entregar panfletos e explicar essa problemática, poderiam ainda efectuar cartazes, assim como, se a Escola possuir um jornal escreverem artigos sobre o Bullying como factor de prevenção. Pode-se dizer assim, que a palavra contra o Bullying está na Prevenção e na Discussão do problema, então seria importante efectuar inquéritos para se conhecer melhor essa problemática.

Sugiro assim um tipo de inquérito que poderia ser aplicado à escola ou à turma.

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