Trabalho sobre Bohemia

1.  INTRODUÇÃO

O mercado cervejeiro brasileiro, apesar de já ser um dos maiores mercados do mundo, está em franca expansão e a cada dia apresenta novidades em termos de produtos. Diretamente ligado a fatores como variedade do produto, aumento de disponibilidade e o crescimento do poder aquisitivo do consumidor, o mercado tem se tornado cada vez mais competitivo. 

A estrutura da população brasileira vem mudando ao longo dos anos, assim como em qualquer país. Esta estrutura assemelha-se mais a países desenvolvidos, onde a possibilidade de consumo é maior.  A busca por componentes que diferenciem a marca entre seus concorrentes tem se mostrado fundamental para conquistar novos consumidores.

Com toda essa concorrência, algumas marcas se destacam e entre tantas outras, a Bohemia vem se consolidando através dos anos, ocupa uma posição de destaque no mercado de cervejas brasileiro e é uma das marcas mais valiosa em várias pesquisas realizadas.

Este trabalho tem como objetivo examinar a cerveja Bohemia e sua relação com o consumidor, buscando entender o mercado e as qualidades que atraem o consumidor para esta marca e através desse entendimento entrar no mundo da Bohemia, analisar como a marca se encaixa neste contexto em relação a sua posição frente aos concorrentes, a comunicação com seu público alvo e se a percepção do consumidor é compatível com a estratégia de mercado proposta pela companhia.

1. O SETOR DE CERVEJAS NO BRASIL

O Brasil ocupa a terceira posição mundial em produção de cerveja, atrás apenas da China e Estados Unidos, superando a Rússia e a Alemanha. O consumo oscila em torno dos 60 litros per- capita /ano. Apesar de o mercado cervejeiro ser o terceiro mercado mundial no consumo médio per - capita desta bebida ainda é baixo comparado a países como Alemanha e Estados Unidos. Devido a esse baixo consumo e ao seu clima predominantemente tropical o mercado de cervejas no Brasil desponta como um dos mais promissores do mundo.

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          Fig.1 Participação de Indústrias no Mercado Cervejeiro

Atualmente este setor é altamente competitivo, com participação e influência de cervejarias nacionais e estrangeiras. As batalhas travadas pelas companhias cervejeiras vão desde a propaganda nos principais meios de comunicação até a disputa por espaço de merchandising dentro do ponto de venda. O setor cervejeiro apresenta alguns destaques como novas linhas de produtos, fusões e incorporações de marcas famosas, criação de novas embalagens e mudança no paladar dos consumidores.  Durante o ano de 2008 podemos destacar as fusões e aquisições dos cinco maiores grupos cervejeiros: AB InBev, SAB Miller, Heineken, a Carlsberg e a China Resource Brewey Ltd. Dentre os grupos atuantes no Brasil podemos destacar a Ambev que detém 68,9%, a Schincariol com 12,5%, a Cervejaria Petrópolis com 9,4%, a Femsa com 7,2% e as demais com 2% de participação no mercado.

O setor tende para a concentração, as cervejas tornaram-se intercambiáveis e de qualidade equivalente, a maioria das cervejas são encontradas nos supermercados por um preço baixo e apresentam qualidade assegurada, onde o consumidor não corre grandes riscos quando compra a sua cerveja baseado no preço. Por outro lado, a cerveja é um produto associado à experiência e que pode ser apreciada tal qual como se aprecia um vinho.

1. O CONSUMO DE CERVEJA NO BRASIL

O perfil sensorial da cerveja no Brasil tem sido gradualmente modificado. O resultado é uma cerveja mais leve, mais refrescante, menos encorpada, menos amarga e com menor teor alcoólico. Essa medida foi adotada como tendência pelas principais cervejarias no Brasil, fazendo uma combinação entre o tipo de cerveja europeu e o tipo de cerveja americano. A idéia do padrão de cerveja deve ser mantida uma vez que esse perfil representa 94% do mercado nacional.

Geralmente, cervejas premium são mais consumidas nas regiões Sul e Sudeste. Já a cerveja em barril (chope), tem 50% do consumo concentrado nessas duas regiões devido à distribuição e aos investimentos nos pontos de venda. É previsto que as cervejas especiais no Brasil tendam a uma taxa de crescimento mais alta se comparada às taxas previstas para o mercado geral (cervejas especiais cresceram 12% enquanto cervejas em geral, 6,7%).         

As cervejarias já promovem planos relacionados à sofisticação do consumo de cerveja. O foco é a promoção da cultura cervejeira e a apresentação de diferentes estilos com a finalidade de atrair novos nichos de mercado. muito importante da produção anual total.

1. O SETOR POR EMBALAGENS 

                

O preço do produto é reduzido em aproximadamente 25% dependendo do tipo de embalagem. As garrafas de vidro com um volume de 600 mL são usadas em média quatro vezes ao ano. O Brasil tem a maior quantidade de garrafas retornáveis do mundo (mais de cinco milhões de unidades em circulação no mercado).  O Brasil também é líder em reciclagem de latas de alumínio para bebidas.

1. O SETOR POR PONTO DE VENDA

As vendas em supermercados e lojas de conveniência correspondem a 35%, em bares e restaurantes 50% e finalmente 15% ao mercado tradicional que corresponde a padarias, mini mercados e mercearias. No Brasil há uma forte cultura de consumo de cerveja principalmente em bares. Entretanto, o mercado informal deve ser considerado 5% dos 35% em comercialização das vendas de supermercados.

 

1. AS PERSPECTIVAS E OS RISCOS

As projeções de mercado são sempre incertas. Mercados emergentes são naturalmente instáveis, entretanto, ninguém sabe dizer se o crescimento demonstrado pelo Brasil será sustentado ou não, pois há muitos problemas econômicos, sociais e políticos a serem resolvidos. O Brasil é considerado uma incógnita por analistas econômicos, em relação a gerar pesadas políticas fiscais e a burocracia que prejudica o ambiente de negócios. Outros problemas importantes a serem enfrentados são restrições legais (álcool e saúde), altos valores de investimento em publicidade, comercialização com sistemas de distribuição