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Por:   •  28/5/2013  •  2.667 Palavras (11 Páginas)  •  402 Visualizações

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TITULO: O ESPAÇO FÍSICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E O DISCIPLINAMENTO DA CRIANÇA.

Introdução: Esse texto busca compreender a organização do espaço e a sua influência no disciplinamento da criança. Entende – se que as categorias de “disciplinamento” e “poder disciplinar” estão presentes no meio social e, principalmente, nas escolas e centros de educação infantil atuando sobre as crianças de modo imperceptível. Para tanto, objetivou-se investigar as características e a organização do espaço educativo. A prática docente ocorre de forma de estágio supervisionado.

Desenvolvimento:

É a vulnerabilidade infantil que autoriza nossas práticas e ações sobre as crianças. Não é difícil associar o nosso poder e o nosso saber às ações empreendidas sobre elas, pois por sua fragilidade e dependência, não encontram qualquer obstáculo e oposição. Por que algo mais trivial do que o nascimento de uma criança¿ É algo extremamente habitual. Portanto, o “(...) nascimento nada mais é (...) do que o princípio de um processo no qual a criança começa a estar no mundo e começa a ser um de nós” ( Larrossa, 1998,p.71-72).

As crianças esses seres estranhos dos quais nada se sabe, esses seres

Selvagens qe não entendem nossa língua. No entanto, podemos abrir um

livro de psicologia infantil e saberemos de suas satisfações, de seus medos

de suas peculiaridades maneiras de sentir e de pensar. Podemos ler um estudo

sociológico e saberemos de seu desamparo, da violência que se exerce

sobre elas, de seu abandono, de sua miséria.(LARROSA, 1998, P.67).

Sentir-se segura e acolhida no ambiente escolar, utilizando este novo espaço para ampliar suas relações sociais e afetivas, estabelecendo vínculos com as crianças e adultos ali presentes, a fim de construir uma imagem positiva sobre si mesma e sobre os outros, respeitando a diversidade e valorizando sua riqueza.

Ø Ø Tornar-se, cada vez mais, capaz de desenvolver as atividades nas quais se engaja de maneira autônoma, e em cooperação com outras pessoas, crianças e adultos. Desta forma, desenvolver a capacidade de começar a coordenar pontos de vista e necessidades diferentes dos seus, socializando-se.

Ø Ø Interagir com o seu meio ambiente (social, cultural, natural, histórico e geográfico) de maneira independente, alerta e curiosa. Isto é, estabelecendo relações e questionamentos sobre o meio ambiente, os conhecimentos prévios de que dispõe, suas idéias originais e as novas informações que recebe.

Ø Ø Apropriar-se dos mais diferentes tipos de linguagem construídos pela humanidade (oral, escrita, matemática, corporal, plástica e musical), de acordo com as suas capacidade e necessidades, utilizando-as para expressar o seu pensamento e as suas emoções, a fim de compreender e comunicar-se com as outras crianças e os adultos.

Assim sendo, o educador precisa ter em mente estes objetivos, a fim de avaliar as atividades que ele planeja e as suas próprias atitudes, observado se elas proporcionam às crianças meios de alcançar estes objetivos. Deve também, atuar de maneira extremamente próxima às crianças, sendo um mediador para que elas alcancem os objetivos propostos. E, também, deve avaliar o desenvolvimento do grupo onde atua e de cada criança, em particular, sem, porém, jamais compará-las umas às outras, compreendendo que cada uma delas carrega histórias de vida e ritmos de desenvolvimento próprios.

Toda instituição de educação possui um currículo, e desenvolve a organização do trabalho pedagógico baseando-se nele. Por vezes, este currículo pode estar registrado num documento formal, mas, na realidade, a maior expressão do currículo encontra-se na prática pedagógica diária, realizada em cada sala de aula (ou fora dela, em outros espaços pedagógicos oferecidos pela escola).

Acreditamos que o currículo da Educação Infantil manifesta-se concretamente através das atividades planejadas pelos educadores e oferecidas às crianças. Por esta razão, consideramos essencial analisar as modalidades de planejamento presentes na Educação Infantil. No planejamento, o educador expressa os objetivos de sua prática educativa, os métodos utilizados e a modalidade de avaliação adotada. Segundo Ostetto (2000, p. 175-200), os modelos mais comuns de planejamento adotados nas instituições de Educação Infantil brasileiras são:

Þ Þ Listagem de Atividades: consiste em listar as atividades a serem cumpridas durante os vários momentos da rotina, o que geralmente proporciona longos momentos de espera, pela criança, entre uma atividade e outra, sendo que estas são planejadas pelo adulto que a atende, sem que exista muita expectativa deste em atender às necessidades da criança. Por isto a concepção de avaliação restringe-se às expectativas do adulto referentes ao “bom comportamento” das crianças. Afinal, este não espera que as atividades oferecidas proporcionem algum tipo de desenvolvimento às crianças; espera apenas que a criança cumpra as tarefas propostas, preenchendo o tempo durante o qual ela permanece na instituição, sem causar distúrbios, como brigas, bagunça, sujeira, barulho, etc.

No cotidiano da Educação Infantil, todos esses modelos de planejamento coexistem: em maior ou menor grau; com maior ou menor, harmonia; sendo quase impossível distingui-los. Entretanto, uma das modalidades de planejamento acaba sendo a principal, e, ao optar por adotá-la, o educador expressa a sua escolha por um modelo pedagógico.

Como já afirmamos anteriormente, o nosso modelo pedagógico de Educação Infantil visa o desenvolvimento integral e a construção da autonomia infantil. Por esta razão, optamos pela Pedagogia de Projetos (projetos de trabalho), por consideramos que ela possibilita, ao professor e às crianças, um papel ativo na construção do planejamento e do projeto político-pedagógico que ele possibilita.

Isto ocorre porque os temas abordados nos projetos não são determinados pela coordenação pedagógica, direção do estabelecimento de ensino ou documentos oficiais – o que tornaria o educador, que está na sala de aula, um passivo executor de planejamentos alheios a ele e à sua turma de crianças. Nem são definidos somente pelo educador/adulto, o que tornaria as crinças/alunos passivos diante do professor. Mas são definidos pelas crianças e adultos/educadores em conjunto, atendendo à suas expectativas, curiosidades

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