Tragédias Ambientais Fukushima
Por: 131584 • 2/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.237 Palavras (5 Páginas) • 167 Visualizações
1. Resumo
O desastre de Fukushima tem modificado a opinião de parte da população japonesa com relação à utilização de energia nuclear, isto por ter demonstrado vulnerabilidade com relação a grandes impactos. Além disto, as autoridades, cientistas e outros órgãos do mundo todo, mantem-se em alerta com relação a contaminação, devido a grande dificuldade de conter o vazamento do material radioativo, isto porque o oceano pacifico foi contaminado, podendo então contaminar outros países/continentes.
2. Contexto Histórico
Fukushima é uma cidade que fica no nordeste do Japão a cerca de 250 quilômetros de Tókio. Nesta cidade fica localizada a Central Nuclear de Fukushima I, construída em 1971 pela The Tokyo Eletric Power, empresa de fornecimento de energia no Japão.
O desastre que proporcionou o vazamento de Césio 134 e Césio 137 ocorreu em março de 2011, logo após um terremoto de magnitude 8,9 seguido de um tsunami que atingiu a central nuclear e danificou a parte elétrica de dois reatores, causando o desligamento destes, levando a explosões e vazamentos radioativos.
3. Setores Envolvidos na Causa do Acidente
Avaliando todo cenário, é possível identificar alguns setores que foram negligentes com relação ao desastre de Fukushima.
A Agência de Segurança Nuclear e Industrial que é o órgão regulador nuclear japonês, não analisou criteriosamente os riscos de tsunami realizados pela administradora da usina, além de permitir que ela ficasse fora dos padrões exigidos mundialmente.
A Tepco (administradora de Fukushima), também foi negligente, pois sabia de toda a condição geológica da região, que periodicamente sofria inundações.
Em 2008, ela realizou por computadores, simulações de terremotos que poderiam ocasionar tsunamis e assim atingir a usina, porém ela não adotou nenhuma medida preventiva baseada nestes resultados.
O maior risco que um tsunami pode gerar para uma usina nuclear é justamente interromper o abastecimento de energia, prejudicando o resfriamento dos reatores gerando então uma fusão, ocasionando em explosões. E foi exatamente o que aconteceu em Fukushima.
Em 1999 uma usina na França foi inundada, e ao reconhecer estes riscos, a França juntamente com outros países da Europa reavaliaram os projetos de segurança e identificaram a necessidade de equipar a usina com fonte de eletricidade de emergência, deixando-a extremamente protegida para que pudesse suportar riscos extremos e difíceis de prever.
Se Fukushima I, tivesse seguido os padrões e também o exemplo europeu, poderia ter se não evitado, ao menos minimizado o desastre.
4. Impactos Econômicos, Sociais, Culturas e Ambientais Ocasionados pelo Desastre e Medidas Preventivas para o Futuro.
Um desastre como este marca tragicamente o mundo todo, gerando impactos em cadeia, que neste caso precisam ser acompanhados, analisados e controlados até os dias de hoje, o que se torna um grande desafio.
As águas que invadiram a central foram contaminadas e retornaram para o oceano pacifico deixando-o também contaminado. A movimentação do mar fez com que a propagação da contaminação evoluísse rapidamente. Em 2012 foram registrados baixos níveis de radiação no mar na América do norte, e é previsto que o mesmo ocorra em águas Canadenses ainda este ano (2015).
Com a contaminação do mar, animais também foram contaminados. Próximo a Fukushima, quarenta e duas (42) espécies de peixes foram analisadas e constatadas à contaminação. Além disto, na Califórnia, o atum também apresentou a presença de elementos radioativos.
Considerando a cadeia alimentar, o contagio atingi plantas, que alimentarão pequenos peixes, que alimentarão peixes maiores, tornando esta situação fora de controle, e assim, atingindo a população do mundo todo.
Os impactos políticos ocasionados pelo desastre também foram bastante significativos. A politica nuclear japonesa sofreu algumas alterações após o desastre. Antes do desastre, o governo japonês pretendia tornar 60% de toda energia consumida no país proveniente de energia nuclear até 2100. Entretanto, a gravidade do acidente fez com que o governo desligasse algumas usinas nucleares, embora estas não apresentassem nenhum problema relacionado ao que ocorreu em Fukushima.
Esta tomada de decisão reposicionou a economia mundial, pois levou o Japão ao segundo lugar no ranking mundial de importação de combustíveis fósseis, ficando atrás da China.
Outros países também alteraram os planos com relação a instalam de usinas nucleares, exemplo disto é a Alemanha, que sofreu forte pressão da população logo após o desastre de Fukushima, fazendo com que o governo cedesse para o fechamento de usinas nucleares no país. Na ocasião, a chanceler Angela Merkel garantiu que até 2022 as 17 usinas do país estariam fechadas definitivamente.
Outros países como Jordânia, China, Vietnã, Reino Unido, Coréia do Sul, França e Suécia implantaram e planejaram melhorias na segurança mesmo antes do desastre.
Vale ressaltar que a França é dependente deste tipo de energia e que não abre mão deste consumo, pois isto considera que isto comprometeria o crescimento do país.
No Brasil, temos duas usinas nucleares, e mesmo elas não correndo riscos de tsunami ou terremotos, o país implantou novas politicas de segurança. Uma delas foi realizada ainda em 2011, onde o governo em parceria com a Eletrobrás reavaliou a possibilidade de catástrofes ambientais que pudessem atingir as usinas. A segunda foi realizar testes de capacidade de resfriamento dos reatores e a terceira esta focada em soluções para impedir vazamentos.
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