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Tratamento Fisioterapêutico Na Disfunção Femoropatelar: Revisão De Literatura

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Por:   •  25/10/2014  •  3.447 Palavras (14 Páginas)  •  511 Visualizações

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RESUMO

Atualmente são encontrados vários trabalhos publicados com o intuito de demonstrar a importância da articulação femoropatelar, pois ela recebe metade do peso de todo o corpo,e para isso dispõe de mecanismos estáticos e dinâmicos que melhoram a absorção e distribuição dessa sobrecarga. Variações anatômicas da estrutura do joelho associado à fraqueza da musculatura dessa articulação são as principais causas da disfunção femoropatelar (DFP). Portanto se torna fundamental a discussão sobre as melhores práticas fisioterapêuticas no tratamento dessa disfunção. O presente estudo teve por objetivo apontar quais as principais técnicas fisioterapêuticas no tratamento da disfunção femoropatelar (DFP). Trata-se de uma revisão de literatura, onde foram utilizados artigos eletrônicos nos bancos de dados, Scielo,bireme,pubmed. Desse modo, foi feito um levantamento bibliográfico dos últimos 14 anos (2000 a 2014) nos bancos de dados supracitados, enfocando a disfunção femoropatelar, a Fisioterapia, bem como os protocolos de tratamento. Atualmente o tratamento de primeira linha é o tratamento conservador, que inclui um programa intensivo de reabilitação, que deve abordar todos os aspectos biomecânicos do membro inferior, focando no fortalecimento de diversos grupos musculares, podendo ser associada à estimulação elétrica neuromuscular (EENM) e serem realizados tanto em cadeia cinética aberta (CCA), como em cadeia cinética fechada (CCF), respeitando os ângulos de proteção do joelho. Também se mostraram eficazes a utilização de taping e órteses e o treino de propriocepção em pacientes com disfunção femoropatelar (DFP).

ABSTRACT

Currently are found many works published in order to demonstrate the importance of the patellofemoral joint, because it receives half the weight of the whole body, and it has static and dynamic mechanisms that improve the absorption and distribution of this overhead. Anatomical variations of the structure of the knee associated with muscle weakness of this joint are the main causes of patellofemoral dysfunction (CRD). Therefore becomes critical discussion on best practices physical therapy in the treatment of this disorder. The present study aimed to point out what the major physical therapy techniques in the treatment of patellofemoral dysfunction (CRD). This is a literature where electronic items were used in databases, SciELO , bireme , pubmed .

Thus, we made a literature of the last 14 years (2000-2014 ) on the banks of above data, focusing on the patellofemoral dysfunction , physical therapy as well as treatment protocols. Currently the treatment of choice is conservative treatment, which includes an intensive rehabilitation program , which should address all aspects of lower limb biomechanics , focusing on strengthening various muscle groups and may be associated with neuromuscular electrical stimulation ( NMES ) and be performed both in open kinetic chain (OKC ) and in closed kinetic chain (CKC ) , respecting the angles of knee protection . The use of taping and orthotics training and proprioception in patients with patellofemoral dysfunction ( DFP ) were also effective .

PALAVRAS CHAVES:

Fisioterapia, disfunção femoropatelar, protocolos de cinesioterapia, exercícios na disfunção femoropatelar, Síndrome da Dor Patelofemoral, patellofemoral dysfunction, Patellofemoral Pain Syndrome.

INTRODUÇÃO

A articulação patelofemoral ou femoropatelar, em geral recebe metade do peso do corpo durante todas as fases da marcha humana, exceto no balanço, por isso para manter o movimento harmonioso durante as atividades funcionais a articulação femoropatelar dispõe de mecanismos de distribuição das cargas por ela absorvida.(DUTTON.M, 2006)

Tais mecanismos envolvem estabilização tanto dinâmica quanto estática, fornecidas pelas estruturas dessa articulação. Os estabilizadores estáticos ou passivos são formados principalmente pelos ligamentos, enquanto que os estabilizadores dinâmicos ou ativos são formados pelos músculos vasto medial e lateral oblíquo. (KISNER, C; COLBY, LA, 2009)

A disfunção femoropatelar (DFP) é uma patologia caracterizada por dor na região patelofemoral resultante de alterações físicas e biomecânicas dessa articulação. (GROSSI DB, PEDRO VM, BERZIN F, 2004; FEHR GL et al;2006). Seus sintomas consistem em dor difusa na face anterior do joelho, normalmente ao longo do aspecto medial da patela, podendo, também, serem diagnosticadas as dores retropatelar e na face lateral (FAGAN V, DELAHUNT E, 2008) Esses sintomas são decorrentes de alterações estruturais ou biomecânicas da articulação, a qual se torna exacerbada por atividades como descer e subir escadas, sentar por um período prolongado, agachar ou ajoelhar (O’SULLIVAN SP, POPELAS CA 2005; GROSSI DB et al,2005 ) resultando no aumento das forças compressivas na articulação femoropatelar (FAGAN V, DELAHUNT E. 2008; CABRAL CMN et al 2008). Além disso, inflamação e dor podem gerar inibição muscular artrogênica agravando o processo de irritação na articulação, com consequente aumento das limitações funcionais. (HOPKINS JT, INGERSOLL CD, et al, 2000) Outros sinais também estão presentes como a crepitação patelar, o edema e o bloqueio articular (CABRAL CMN et al 2008).

Freire et al.2006, relatam que a incidência da disfunção patelofemoral aumenta conforme a faixa etária, com maior frequência em pacientes do sexo feminino com obesidade associada. Essa patologia acomete atletas e não atletas e representa um problema comum no joelho de adolescentes e adultos jovens fisicamente ativos (GROSSI DB et al,2005; WITVROUW E et al,2004). Seu índice de incidência é alto, representando uma queixa comum em cerca de 20% da população, sua etiologia ainda não está claramente estabelecida (O’SULLIVAN SP, POPELAS CA 2005; FEHR GL et al;2006; CABRAL CMN et al 2008),

Apesar de não estar claramente estabelecida, a etilogia pode ser relacionada a vários fatores que levam o mau alinhamento patelar, como o aumento do ângulo Q, patela alta ou baixa, pronação subtalar excessiva, rotação lateral da tíbia, anteversão femoral, joelhos valgos ou varos, desequilíbrios musculares, encurtamento do retinaculo lateral dos músculos isquitiobiais e do tracto iliotibial, a hiperelasticidade apresentada por alguns indivíduos além de genum recurvatum, (CABRAL E MONTEIRO-PEDRO, 2003). Além dos fatores determinados geneticamente indivíduos com desequilíbrio muscular ou que tiveram algum trauma no joelho ou foram submetidos

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