Técnicas De Negociação 'familiar'

Familiar “O carro e a bota”

Há quatro anos atrás estava em uma condição muito difícil onde não tinha

ninguém para deixar minha filha, ela tinha apenas um ano e meio, para poder

trabalhar tive que optar em deixar minha filha com uma moça que morava

muito longe, não conseguia chegar lá nem de ônibus pois ela morava num sitio

só pegava ela na sexta feira e entregava novamente no domingo a noite, essa

foi minha única opção que encontrei, porém essa situação estava me deixando

maluca, então resolvi buscar uma solução para o problema, eu e o meu esposo

tentamos fazer empréstimos para comprar um carro assim ficaria mais fácil vêla

durante a semana, mas não conseguimos devido a renda. Meu pai foi a

única saída que encontramos, expliquei a situação que estamos passando e

pedi a ele uma certa quantia emprestada para poder comprar o carro ele ficou

de pensar e nos dar uma resposta após uma semana, depois desse prazo ele

me ligou e disse que emprestaria, ficamos felizes, começou dois meses de

busca pelo carro certo, os dois meses se passaram e ele achou o carro ideal

para nós e com um preço bom, ele pediu que nos encontrássemos, no outro

dia estávamos eu e meu esposo no horário marcado, e lá estava o carro

perfeito , essa era a única coisa que eu precisava para poder ir ver minha filha

mais vezes. Meu pai me perguntou se nós havíamos gostado da surpresa e a

resposta foi imediata, “sim com certeza”. Então ele me disse, agora vamos

tratar da parte mais difícil, que é a forma de pagamento, e nós rimos. Primeiro

quero que compre para mim uma bota, achamos estranho mesmo sabendo que

ele gostava muito de usar botas. Tentamos investigar qual o motivo dele ter

pedido isso para nós, mas ele não quis falar. Depois de mais ou menos uma

semana compramos o que ele havia nos pedido e fomos entregar

pessoalmente, quando chegamos lá entregamos à ele o presente, ele me deu

um forte abraço e tirou do bolso a chave do carro e falou: Esse carro é seu

minha filha querida não precisa me pagar, naquele momento senti uma forte

euforia e chorei de emoção. Nunca havia pensado que um dia ganharia de

presente um carro do meu pai em troca de um par de botas.