Tópicos em Demografia Base de Dados
Por: Larissa Tudeia • 15/2/2021 • Trabalho acadêmico • 1.017 Palavras (5 Páginas) • 135 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Faculdade de ciências econômicas
Departamento de demografia
Gestão de Serviços de Saúde
Disciplina: POP004 – Base de Dados
Discente: Larissa Stephanie Soares Tudeia 2017090837
ATIVIDADE AVALIADA II
DATASUS
O exercício a seguir deve ser realizado utilizando a Plataforma TABNET no Datasus (http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02). Para a análise descritiva, faça uso de tabelas e/ou gráficos, aqueles que considerar mais esclarecedores e apropriados. Os dados utilizados neste exercício, e processados e disponibilizados pelo DATASUS, têm origem nas bases do Censo Demográfico de 1991, 2000 e 2010.
O exercício deve ser entregue pelo Moodle, até 08/02/2021.
Parte 1 – Brasil
- Um pesquisador deseja analisar a evolução da pobreza na infância no Brasil. Para tanto, ele escolheu como indicador a proporção de crianças vivendo em domicílios com renda domiciliar per capita inferior à ¼ de salário mínimo. Ajude-o, elaborando uma análise descritiva comparando este indicador no Brasil em 1991, 2000 e 2010.
PROPORÇÃO DE CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DOMICILIAR DE BAIXA RENDA - BRASIL | ||||||
Crianças renda domic. < 1/4 SM por Região e Ano | ||||||
Região | 1991 | 1991 (%) | 2000 | 2000 (%) | 2010 | 2010 (%) |
Região Norte | 2.724.009 | 9,9 | 2.558.703 | 12,9 | 1.956.906 | 16,6 |
Região Nordeste | 12.828.363 | 46,8 | 9.976.595 | 50,2 | 6.075.490 | 51,5 |
Região Sudeste | 7.248.863 | 26,5 | 4.704.769 | 23,7 | 2.580.644 | 21,9 |
Região Sul | 3.052.522 | 11,1 | 1.688.868 | 8,5 | 684.508 | 5,8 |
Região Centro-Oeste | 1.538.978 | 5,6 | 963.940 | 4,8 | 509.511 | 4,3 |
Total | 27.392.735 | 100 | 19.892.875 | 100 | 11.807.059 | 100 |
Fonte: IBGE – Censo Demográfico
Período: 1991, 2000, 2010
Notas: O salário mínimo do último ano para o qual a série está sendo calculada torna-se a referência para toda a série. Esse valor é corrigido para todos com base no INPC de julho de 2010, alterando o valor da linha de pobreza e consequentemente a proporção de pobres. Nesta tabela, o valor de referência, salário mínimo de 2010, é de R$ 510,00.
Analisando a tabela é possível verificar que o índice de pobreza infantil maior está concentrado na região Nordeste em todo o período analisado, representando 46,8% da população de crianças com menos de ¼ salários mínimos em 1991, 50,2% em 2000 e 51,5% em 2010. A região Centro-Oeste é a que representa menor percentagem em todo o período observado, representando 5,6%, 4,8% e 4,3% em 1991, 2000 e 2010, respectivamente. As regiões Norte e Nordeste obtiveram aumento nos dados saindo de 9,9% e 46,8% no ano de 1991 para 16,6% e 51,5%, representando aumento de 6,7% e 4,7%, respectivamente. Percebe-se que a população estudada diminuiu ao passar dos anos, indicando que o índice de pobreza infantil teve queda no Brasil. A região Sul obteve a maior queda percentual no decorrer do período, uma queda de 5,3%.
- Agora, o pesquisador deseja compreender melhor as diferenças por raça na pobreza infantil ao longo do tempo. Refaça a análise anterior tendo como objetivo descrever a evolução do analfabetismo no Brasil entre 1991 e 2010 por sexo e, em seguida, por raça/cor.
TAXA DE ANALFABETISMO - BRASIL | |||
Taxa de analfabetismo por Sexo e Ano | |||
Sexo | 1991 | 2000 | 2010 |
Masculino | 19,1 | 12,8 | 9,7 |
Feminino | 19,6 | 12,8 | 9,1 |
Total | 19,3 | 12,8 | 9,4 |
Fonte: IBGE – Censo Demográfico
Período: 1991, 2000, 2010
Os dados apontam que a taxa de analfabetismo no Brasil é semelhante para homens e mulheres no período analisado. No ano de 1991 as mulheres tem uma elevação de apenas 0,5 da taxa comparado aos homens, no ano de 2000 a taxa se manteve igual para homens e mulheres, já no ano de 2010, as mulheres representaram uma queda, também pequena, de 0,6.
TAXA DE ANALFABETISMO - BRASIL | |||||||
Taxa de analfabetismo por Cor/Raça segundo Ano | |||||||
Ano | Branca | Preta | Amarela | Parda | Indígena | Sem declaração | Total |
1991 | 11,8 | 31,3 | 5,3 | 27,8 | 50,1 | 18,5 | 19,3 |
2000 | 8,2 | 21,4 | 4,8 | 18,1 | 25,3 | 16,0 | 12,8 |
2010 | 5,7 | 14,0 | 8,2 | 12,6 | 23,3 | 62,2 | 9,4 |
Total | 8,3 | 20,0 | 6,9 | 18,4 | 27,9 | 17,6 | 13,2 |
Fonte: IBGE – Censo Demográfico
Período: 1991, 2000, 2010
Em 1991 a maior população analfabeta foi a indígena com uma taxa de 50,1, mantendo-se a maior em 2000, mas já em 2010 o cenário muda e a maior população foi a sem declaração com a taxa de 62,2. É possível observar que a taxa de analfabetismo no Brasil diminui ao decorrer do período analisado. No ano de 2010, todas as cores/raças obtiveram queda na taxa de analfabetismo, exceto a sem declaração que obteve aumento discrepante comparada com os anos de 1991 e 2000 e a raça/cor amarela que obteve um pequeno aumento. Ainda em 2010, a menor taxa apresentada é a da população branca com 5,7.
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