Um exemplo de uma empresa eco-eficiente em Anápolis

Ecoeficiência

A partir da década de 80, houve uma difusão da preocupação com o meio ambiente e da necessidade de redução da poluição. Nesse período a Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNIDO) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) criaram o Programa Produção Mais Limpa (PmaisL), o qual tinha como objetivo promover a ideia de diminuição dos resíduos da produção nas empresas, além dos impactos causados por eles. A questão que preocupava os países e empresários, no entanto, era como reduzir a poluição sem reduzir o crescimento da economia.

O termo ecoeficiência foi criado na ECO-92 pelo World Business Council for Sustainable Developement (WBCSD) e procurava integrar a eficiência econômica e ecológica à lógica de produção. Segundo o WBCSD, ecoeficiência é “uma filosofia de gestão que encoraja as empresas a procurar por melhorias no meio ambiente que integram benefícios econômicos”. O modelo de ecoeficiência é pensado para captar interesse, informar e engajar as pessoas nos assuntos referentes a ecoeficiência em diversos níveis da organização. A ecoeficiência é atingida pela entrega de produtos e serviços com preço competitivo que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida, enquanto, progressivamente reduzem os impactos ecológicos e os recursos a um nível compatível com a capacidade da Terra (WBCDS, 2000).

Segundo Sisinno et al (2011, p. 11), os parâmetros utilizados para avaliar a preocupação com a ecoeficiência de fornecedores são:

- o total de passivo ambiental existente;

- a quantidade de insumos utilizados e sua periculosidade;

- a quantidade anual de resíduos gerados;

- a quantidade anual de efluentes gerados;

- o volume médio anual de CO2 e outros gases do efeito estufa emitidos;

- o consumo anual de energia;

- o consumo anual de combustíveis fósseis;

- o consumo anual de água.

Sisinno et al (2011) defendem que a ecoeficiência permite que as empresas contabilizem as metas de qualidade dos produtos e dos procedimentos de forma que descubram a melhor maneira de aliar qualidade a eficiência. Dessa forma, procura-se monitorar todo o processo produtivo, desde o uso da água e energia, até a forma com que os insumos são processados a fim de evitar desperdício e aumento no consumo e na emissão dos poluentes. Esse tipo de monitoramento é chamado de gerenciamento de recursos, o qual tem como objetivo:

- reduzir a geração de resíduos sólidos, através da identificação e monitoração das fontes de geração;

- reduzir a geração de resíduos sólidos perigosos, através da substituição de matérias-primas ou insumos tóxicos;

- reduzir os custos relacionados ao gerenciamento/tratamento dos resíduos inevitavelmente gerados;

- reduzir a ocorrência de áreas impactadas e/ou comprometidas pela disposição inadequada de resíduos sólidos;

- reduzir os riscos ambientais e ocupacionais relacionados às atividades de gerenciamento de resíduos/áreas impactadas.

A implantação do gerenciamento de recursos é composta por fases. São elas: Planejamento e organização; Diagnóstico e sensibilização; Construção de fluxogramas; Avaliações quantitativas; Construção de indicadores; Seleção do foco e priorização de processos; Determinação dos custos das perdas e identificação das causas da geração de resíduos; Elaboração das propostas de melhorias (estudos de casos) e estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental; e Implantação de modificações, plano de monitoramento e plano de continuidade.

Exemplo de empresa ecoeficiente em Anápolis

A Granol é uma indústria nacional que produz grãos, farelos, óleos vegetais e biodiesel para o mercado interno e externo. Ela possui duas usinas de biodiesel, em Anápolis/GO (com 176.402 m2) e em Cachoeira do Sul/RS (com 158.940 m2), com capacidade instalada para produção de mais de 600 milhões de litros/ano de biodiesel. O biodiesel pode servir como substituto do diesel ou integrar a composição do mesmo. É uma alternativa renovável e mais barata de combustível. Entre as vantagens do biodiesel estão a matéria-prima renovável; a diminuição da emissão de poluentes por motores movidos a biodiesel; aumento da vida