Universidade que lê
Por: Ariadne Garcia • 13/6/2015 • Trabalho acadêmico • 548 Palavras (3 Páginas) • 275 Visualizações
UNIVERSIDADE QUE LÊ – AS MULHERES FRANCESAS NÃO ENGORDAM
O livro “As mulheres francesas não engordam” expõe a cultura francesa em relação à alimentação, contrastando com a dos americanos. Essa cultura preza por um ritual, que vai desde a seleção dos alimentos até a degustação do prato.
“Tomates em dezembro? Tente a América do Sul. A industrialização e a distribuição global dos alimentos nos condicionaram a esperar encontrar todas as comidas o ano inteiro. Eu mesma já fui enganada pela linda aparência de um produto fora de estação, mas o gosto de papelão era o bastante para que eu procurasse o guardanapo para expelir o agressor falsificado. Nada tem menos gosto do que um tomate de supermercado no inverno, mas um verdadeiro espécime amadurecido no ponto no verão é a coisa mais divina. Há uma razão para comermos torta de abóbora com o peru de Ação de Graças e não com os cachorros-quentes de 4 de Julho. Pensar na estação significa adaptar sua refeição ao que está disponível nos mercados por pouco tempo durante meses específicos do ano. O ritmo da estação é parte vital do ajuste dos nossos corpos ao seu equilíbrio, cultivando o bem-estar”.
Os produtos são escolhidos de acordo com a safra proporcionando uma alimentação de melhor qualidade com relação ao sabor, preço e valor nutricional, o que é muito importante. A compra desses produtos é feita de acordo com o planejamento do cardápio e a cada dois dias para mantê – los frescos e isso contribui também na variedade de pratos ao decorrer dos dias. Escolher os ingredientes certos e de acordo com a estação do ano adequada, para suprir as nossas necessidades físicas e metabólicas, é uma arte com a qual as francesas se divertem.
Outro conceito enraizado desde a infância (o que faz com que não deixem que o costume se perca com o tempo ou com a influência de outras culturas) e que agrega qualidade às refeições é uso de diferentes especiarias, substituindo o uso desmedido de sal.
A refeição é composta por vários pratos pequenos, utilizando a diversificação como um fator favorável para o aproveitamento de diversos nutrientes de uma vez. Ao realizá – la, as francesas saboreiam e apreciam a comida com calma, não apenas para suprir a necessidade do corpo, mas também da mente, o que torna o ato de se alimentar um momento prazeroso.
Diferente destas práticas, os americanos não “perdem tempo” apreciando a refeição e têm seus hábitos alimentares baseados em junkie food. Além de comerem apenas um prato ou lanche rápido, o que limita o desfrute da comida e diminui seu valor nutricional, comem andando pelas ruas ou corredores dos prédios em que trabalham, vendo TV e falando ao telefone, por exemplo, pouco se importando em satisfazer seus paladares, deixando de contemplar o momento da refeição, o que para as francesas, é essencial e não apenas uma prática, mas um estilo de vida.
No Brasil, é possível melhorar e adaptar as refeições de modo com que sejam semelhantes às das francesas, tendo em vista que temos as estações do ano bem marcadas apenas durante o inverno e verão e isso contribui para que tenhamos ótimos produtos o ano inteiro, além de uma grande quantidade de opções, tornando uma alimentação balanceada e saudável mais acessível e, preservando assim, maior bem – estar.
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