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Via Expressa

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Por:   •  15/10/2013  •  2.214 Palavras (9 Páginas)  •  832 Visualizações

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FACULDADE PITÁGORAS

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

RELATÓRIO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO DA VIA EXPRESSA

SÃO LUIS

2013

RELATÓRIO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO DA VIA EXPRESSA

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Introdução a Engenharia, curso de Engenharia Ambiental para obtenção de nota parcial.

SÃO LUIS

2013

1. INTRODUÇÃO

São luís, como as grandes cidades brasileiras encontram-se em situações caóticas no sistema tráfego viário, tanto no sentido de carecer de novos projetos, quanto de necessitar reparos em sua atual infraestrutura.

As avenidas, assim como outros empreendimentos viários, afetam o meio ambiente ocasionando impactos ambientais. Impactos estes positivos e negativos dependendo de cada situação especifica e, no caso da Via Expressa, ocorrem em três meios: sociais, biótica e física.

No meio social os principais impactos encontrados estão relacionados a comunidade do Vinhais Velho, as alterações na atividades rotineiras eno estilo de vida da comunidade. Mas,também, estão presentes os relacionados às emissões de poluentes que afetam diretamente os animais e os seres humanos. No meio biótico, os impactos mais comuns estão ligados a redução da cobertura vegetal e dos manguezais presente na faixa de domínio da Via Expressa. Já no meio físico, os principais problemas encontram-se os alagamentos devido aos à má execução ou obstrução do sistema de drenagem da via.

Para identificar e preveresses tipos de impactos, são desenvolvidos os Estudos de Impactos Ambientais. O objetivo é de mitigar aqueles que são negativos e maximizar os que trazem benefícios. Sabemos que construção de grandes vias influenciam diretamente no meio ambiente.

2. CARACTERIZAÇÃO

Para que qualquer obra de grande porte seja realizada, são necessárias grandes modificações ao meio que receberá o empreendimento. Diante dessa problemática é necessário um acompanhamento sobre as mudanças ocorridas nos sistemas ambientais associados ao Empreendimento “Via Expressa”. Para tanto, é importante um estudo detalhado das perturbações socioambientais, socioeconômicas e socioculturais em curso.

Devido às ações humanas no meio ambiente, visando à melhoria da qualidade de vida, a paisagem e os espaços urbanos sofrem contínua evolução em ritmos distintos, estabelecendo contornos e redefinindo os elementos ambientais herdados da natureza física, ecológica e histórico-social. Interesses políticos e sociais se misturam e nascem a todo o momento dúvidas sobre qual o caminho a se seguir na escolha de alternativas para os problemas do crescimento populacional.

2.1 A Via Expressa

A obra da Via Expressa, que ligará a Avenida Carlos Cunha às avenidas Jerônimo de Albuquerque e Daniel de La Touche (Maranhão Novo) receberá a implantação de 7.370,96m de malha pavimentada e terá um total de 9.795,96m de extensão. Foi apresentada, como solução para os atuais problemas de trânsito na região, e também como presente do Governo do Estado do Maranhão ao aniversário de 400 anos de São Luís.

Conforme projeto apresentado, a obra receberá cinco pontes sobre áreas de mangue, ao longo de sua extensão. Terá o objetivo de desafogar as avenidas Jerônimo de Albuquerque e a dos Franceses, principal via de acesso ao bairro Alemanha. Iniciando-se no bairro Renascença, passando pela Avenida Jornalista Ribamar Bogéa, Monções e Avenida III, Sousa Rangel, sobrepondo-se a Avenida Darci Ribeiro, cruzando a Avenida Carlos Cunha e seguindo em seção plena até a Avenida Daniel de La Touche. A Via Expressa terá uma largura total de 32,75m. Cada via (mão e contramão) com 2x10,50m será construída com três faixas de fluxo contínuo. O canteiro central terá 1x4 m, a via de passeio 2m e a ciclovia 2,70m de largura. Haverá, para o empreendimento, a restauração de vias urbanas de 2.425m.

Atualmente a primeira de três etapas já foi entregue, e compreende o trecho que inicia ao lado do Shopping Jaracati e finda-se no Bairro do Cohafuma. A Segunda etapa estende-se do Cohafuma até o Bairro do Maranhão Novo, passando pelo Bairro dos Vinhais Velho, onde é necessária, conforme estudo de impacto ambiental, a realização de desapropriação de moradias, salvamentos arqueológicos locais na localidade Vinhais Velho, recomposição da vegetação da AID do Empreendimento, criação de uma unidade de conservação (UC) estadual no espaço total do Sítio Santa Eulália, permitir a permanência de estoques de biodiversidade ameaçada de extinção local e regional, bem como propor a inserção de atividades de controle e monitoramento da ocupação de entorno.

2.2 O Bairro Vinhais Velho

Criado em 20 de outubro de 1612, 42 dias após a fundação de São Luís, o Vinhais Velho localiza-se próximo ao Recanto dos Vinhais, em São Luís. Lá habitam cerca de 600 famílias, num contingente populacional de aproximadamente 3 mil pessoas, em área remanescente de aldeamento indígena. Parte das famílias complementa sua renda com atividades como pesca, extrativismo de caranguejo e coleta de frutas. Lá encontra-se a secular Igreja de São João Batista (com quase 4 séculos de existência), o Cemitério do Vinhais Velho (datado do século XVIII), um porto (construído no Governo Newton Belo, 1961-1966), a Escola Municipal Oliveira Roma, diversas fontes naturais que abastecem a comunidade e reservas naturais com mangues, juçarais e ipês entre outras.

A primeira igrejinha erguida no local onde hoje está a Igreja de São João Batista foi construída pela Missão Francesa, em 1612. Depois de fundar o forte São Luís (que deu origem à capital maranhense) e as primeiras construções civis, os franceses saíram em visita pela Ilha, quando então conheceram Eussauap, que em diversos relatos o padre Claude d'Abeville relata ser a segunda comunidade indígena em população na Upaon-Açu - Ilha de São Luís. Segundo o capuchinho, neste lugar foi erguida pelos índios uma capela, com

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